segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O GUACHO

Krretta hcarretta@yahoo.com.br No Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes, tanto poder ser guacho quanto guaxo, que quer dizer: animal ou pessoa criado sem mãe ou sem leite materno. Pois bem, a narrativa que vem a seguir conta um conto e, também aumenta um ponto, mas, com toda a certeza, lá para Nova Bréscia vale bastante. O nosso Cantão do Abranjo também tem seus fatos. Um deles, e, que está registrado em fotografias, dia desses foi relembrado e dá conta de um carneiro muito sabido que viveu por lá. Pois um grande amigo, depois de ter construído a sua residência, houve por bem, para que os animais não entrassem na sua propriedade, também construir um mata-burro. Passado um tempo, notou que o referido carneiro, muito embora o mata-burro, passava de um lado para outro, sem nenhuma cerimônia. Como o carneiro passava de um lado para outro, se existia o mata-burro? Nunca ninguém, até então, tinha visto a artimanha do carneiro, até que um dia, para surpresa geral, puderam presenciar a astúcia do animal. Acontece que o carneiro, em sua brilhante sabedoria, para ultrapassar o mata-burro, ajoelhava-se, e, com as patas dianteiras dobradas, arrastava-se em cima do dito cujo, e, ultrapassava-o com muita facilidade. Por isso, nunca ninguém tinha entendido por que as suas patas dianteiras eram desprovidas de lã nas dobras (cotovelos), digamos assim. Ou seja, o carneiro rastejava em cima do mata-burro a cada vez que queria ultrapassá-lo. É verdade! Dizem que tem até fotografia. E, por conta deste carneiro, outras histórias surgiram deste mata-burro, inclusive que alguns cavalos também cruzavam no mata-burro, pisando com as quatro patas, de madeira em madeira. Inclusive, que as ovelhas, principalmente as de raça para abate, são tão espertas que deitam-se para ultrapassarem por baixo do último fio de arame, no entanto, destas não se tem nenhum fato registrado em foto, mas, que também é verdade, isto é, e, afirmado por outro amigo presente ao relato do carneiro rastejador. E o guacho? Pois a prosa ia se desenvolvendo alto do chão, e ninguém deixava a “bola” quicar que já enfiava o pé, quando surgiu a história do guacho. Inspirado no relato do carneiro rastejador, dos cavalos equilibristas, das ovelhas que deitavam-se no chão para ultrapassarem os arames, que outro grande amigo apareceu com o “seu” guacho. Conta ele que uma das ovelhas morreu ao parir o cordeiro, e, como é de costume, o capataz do Cantão do Abranjo passou a tratá-lo com leite na mamadeira, para que se fortalecesse e se criasse. Pois o guacho foi se criando e, mantendo uma grande harmonia com os cachorros lá do Cantão. Quando chegava gente e os cachorros saiam latindo e correndo, lá ia o guacho junto, corriam nos carros e o guacho junto. Era os cachorros sair latindo numa capivara pelas barrancas do Camaquã e lá ia o guacho junto, corria uma lebre e o guacho junto, se jogavam no açude para se refrescarem e o guacho junto, tornando-se parceiro e amigo dos cães. E foi num belo dia que, numa churrascada ao ar livre, este nosso amigo jogou um osso com carne para os cachorros e, para a sua surpresa, o guacho num pulo cinematográfico abocanhou o osso e se mandou “a la cria”, para degustá-lo. Que tal te parece, vivente?

terça-feira, 25 de setembro de 2012

DEPOIS DA FORMATURA

Krretta hcarretta@yahoo.com.br O título tomei emprestado de um artigo lido na revista PUC-RS, edição nr. 154, maio/junho 2011. Também o assunto que aqui vamos conversar está nesta reportagem, que fala das dificuldades que os formandos, nas mais diversas áreas, encontram após as suas formaturas: trabalhar. A vida de estudante é um eterno desafio. Começa na idade tenra em que a primeira missão é ter que, na porta da escola, suportar a primeira separação dos pais. Depois, a alfabetização, que, se não for bem feita, com toda a certeza irá prejudicar o aluno durante toda a sua vida escolar. Provas, exames, médias, aprovação. Tudo se refere aos obstáculos que a carreira escolar coloca a frente daqueles que, obrigatoriamente, tem que se sujeitar, ao menos que não queiram crescer como pessoas, na vida. Depois, o vestibular. Cursinhos, estudos, estresses, a prova, a frustração ou a vitória de ter conseguido o ingresso em uma universidade. Quem foi aprovado, agora vêm os bancos universitários, e, aqueles que não galgaram mais este obstáculo, ficam marcando passo mais um ano na luta pelo ingresso, e, com toda a certeza, a tristeza clara e evidente de não ter sido aprovado. Não é fácil. Todavia, as dificuldades não ficam por aí. “A formatura é um rito de passagem, o coroamento de uma fase, de diferentes superações. Nesse momento, não só as expectativas dos formandos estão envolvidas com relação ao futuro, mas também as da família, dos seus pares e da Universidade. No ano da conclusão do curso, o aluno se envolve com a monografia, estágios e projetos. É um ano geralmente muito estressante, de superpressão. Pode ser uma mescla de emoções: por um lado, a contagem regressiva para se formar, a alegria, a vontade de comemorar; por outro lado, o receio principalmente...” ...de conseguir se colocar no mercado de trabalho. Agora, é cada um por si. Começa a luta para conseguir um lugar ao sol, e, é quando as decisões começam a ter que serem feitas por si só, a definição do rumo que cada um vai tomar. Tudo fica confuso. É preciso muita calma nesta hora, principalmente aqueles que não se sentem absolutos quanto as suas formações, não se sentem preparados para a vida profissional, o que é muito corriqueiro, saibam disso. Chegam as seleções, as residências, concursos públicos, entrevistas, testes, e, se pensavam que o vestibular era o mais difícil, a vida moderna logo em seguida desfaz este mal entendido, pois começar no mercado de trabalho é uma jornada bem mais árdua e demorada que as pessoas pensam. Toda a regra tem suas exceções, é evidente. Portanto, a calma, a compreensão, a ajuda, o carinho são fundamentais nesta hora. Nada é fácil, é bem verdade, no entanto, é preciso muita cautela para que decisões ávidas, apressadas e desinteressantes não proporcionem uma carreira profissional indesejada, desmotivada e sem perspectivas, o que não é recomendável para ninguém. Nesta hora é preciso, isto sim, uma família unida, em harmonia, na busca destes interesses, junto com os amigos e familiares imbuídos deste mesmo espírito, com calma, muita calma, mesmo que a vida seja urgente.

OS SUBTERFÚGIOS

Krretta hcarretta@yahoo.com.br São ardis empregados para fugir a dificuldades. E como as pessoas estão se valendo disso. A vida moderna se é assim que podemos denomina-la, traz em sua concepção, entre tantas outras coisas, as artimanhas que as pessoas usam para conseguirem seus intentos. Não estão preocupados em saber quem vão atingir, e, muito menos pensam a quem podem prejudicar, pois a intenção está em conquistar aquilo a que se propõem. Seja de uma, ou, de outra maneira. O interesse está na conquista. Quando o dicionário denomina que o subterfúgio é um ardil, e, a tradução de ardil repousa na maneira hábil de enganar, podemos afirmar que não são atitudes das mais recomendadas, é bem verdade. É claro que também, dentro de cada decisão, muitas vezes podem estar ao lado de medidas pragmáticas para um atalho do caminho a que se submeteram, se é possível que assim se entenda e, se admita. Clarificando a situação posta, se chega à conclusão de que estas pessoas buscam no atalho as suas soluções. Oficialmente não anunciam suas intenções, no entanto, nos bastidores apelam pela astúcia de buscar desenredos ou situações dentro de um menor esforço. O que também nossos (as) leitores (as) podem indagar se astúcia, no caso, seria a palavra bem empregada, ou seja, que fique claro, astúcia não no sentido de sabedoria, mas sim, na habilidade de enganar. Enganar a si mesmo. Enquanto pensam que se valeram de uma inteligência sem precedentes, podem, isto sim, estarem dando conta de um fracasso pessoal, ou seja, estarem atestando de que não são capazes de enfrentar o caminho, por mais árduo que possa parecer, e, com os seus percalços, com dignidade de um contendor, e, por isso, os subterfúgios a que se submetem. Não seria possível enfrentar a vida como ela é? Depende da capacidade e vontade de cada um. Enquanto uns misturam num grande liquidificador a Lei do Menor Esforço de Murphy, incrementada pela Lei do Gerson, mais as suas incapacidades de enfrentarem com a cara e a coragem as dificuldades impostas no caminho a que devem trilhar, outros, mais destemidos e autênticos, possuem a fibra dos vencedores e, valem-se dos argumentos verdadeiros para confrontarem-se com a vida. É assim que é. Contudo, não está escrito que com isso precisamos nos adaptar ao que os “astutos” apregoam por aí, ao contrário, precisamos, isto sim, continuar a velar por nossos princípios, e, ter sempre ao nosso lado a autenticidade de nossas atitudes, muito embora possamos em algum ponto perder, mas, ao cômputo final, seremos sempre vencedores pela singeleza de nossos atos que foram verdadeiros e corajosos. Aos fracos, os subterfúgios.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

DESFILE DA MOCIDADE

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Era final dos anos 70. Havia pouco chegava em Encruzilhada do Sul para ficar. Como iniciante nos pagos da Serra do Sudeste, pouco ou quase nada sabia dos usos e costumes da terra. Guardava comigo lembranças muitos felizes do tempo de juventude na minha cidade natal, Bagé, do meu saudoso Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, todavia, chegara a hora de batalhar pela vida. Tornava-me um profissional do ramo creditício e, para tanto, foi preciso deixar estas lembranças guardadas no coração e na alma e, partir para o lado mais sério da vida, ou seja, enfrentar o mundo do mercado, do trabalho, de outras conquistas e realizações. Os meses foram se consumindo ao longo da estrada, a adaptação foi ficando mais fácil, o tempo de permanência era certo, então, nada mais a lamentar, somente ir em frente, na busca da satisfação e do entendimento desta etapa da vida, a profissão, os colegas, a cidade, seu povo. Era o tempo encaixando-se na vida, com seus minutos e horas fluindo a cata da harmonia. Ficaram, também as recordações e, dentre elas, a de um dia ensolarado, de uma claridade vibrante, que tinha o céu de um intenso azul de causar inveja. O vento soprava calmo. Podíamos crer que a primavera estava presente. Existia felicidade no ar. A alegria, o encantamento, a satisfação de vivenciar aqueles tempos era motivo para congraçamento e, ele ocorreria na parte da tarde, com toda certeza. As ruas do centro já estavam interditadas. Rua XV de Novembro, Praça Silvestre Corrêa, Praça Ozi Teixeira e Avenida Rio Branco, esquina do Meu Cantinho. Era o dia 7 de Setembro. Havia burburinho nas escolas, as professoras prepararam seus alunos para uma apresentação na passarela da cidadania, uma festa de civismo e demonstração de respeito e amor pela Pátria, nada além disso. Nossos símbolos nacionais tinham mais vida na vida das pessoas. Brilhavam mais, tal qual o brilho deste dia. Então, nossos estudantes começavam a encaminharem-se para os seus educandários, já perfeitamente paramentados, envergando o uniforme garbosamente, com orgulho e satisfação de representar sua entidade escolar, acertadamente. O público postava-se ao longo do trecho citado, esperando o Desfile da Mocidade. Era lindo de ver. As bandas já haviam ensaiado durante dias exaustivos e, a responsabilidade de carregar uma escola inteira fazia com que o assunto se tornasse sério, mesmo porque tratava-se de uma apresentação oficial, agora uniformizada, de gala. Todos participavam, alunos e comunidade. Quem não tinha filhos desfilando, tinha netos, quem não tinha netos tinha sobrinhos, quem não tinha sobrinhos, tinha conhecidos e, assim por diante. Tudo era uma linda festa. O colorido, a alegria, o dia, o sol, o céu. As escolas apresentavam temas, traziam figuras nacionais representadas por alunos estilizados, falavam do esporte, de um fato de relevância na história do Brasil, contavam causos, enfim, comunicavam-se através dos estudantes na parada cívica. Alguém já tinha falado de como eram belas as meninas com suas saias azul-marinho plissadas, esvoaçantes pelo vento da primavera, camisas brancas representativas impecáveis e um belo tope no pescoço? Pois tudo acabou. Confundiram os sentimentos. Entenderam que a classe política desmereceu nossos símbolos nacionais, tantas as falcatruas, tantos os desmandos, tantas as infâmias, que, acabaram-se as festas de civismo e amor aos símbolos nacionais, erroneamente. O tempo foi passando, os desfiles definhando, o entusiasmo arrefecendo e... ... tudo virou uma triste reunião ao fim da tarde do dia 7 de Setembro, na praça Ozi Teixeira, triste, vazia, obscura, sem a presença da juventude, sem o garbo e o entusiasmo dos alunos, sem a participação dos educandários, suas bandas, o ar cheio de música, o sol brilhante e o céu azul. Tudo passou, minha vida profissional e os Desfiles da Mocidade de Encruzilhada do Sul. Que pena!

SEMANA FARROUPILHA

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Falávamos sobre a Semana Farroupilha. Dentre as pessoas entrevistadas em programa de rádio, estavam lá representados o CTG Rodeio de Encruzilhada, Piquete Cabo Oscar Santos, Departamento de Cultura e 5ª. Região Tradicionalista. Foi uma conversa informal, onde muitas dúvidas foram dirimidas, entre elas, o itinerário da condução da Chama Crioula e sua permanência ou não na Praça Ozi Teixeira. Então, conforme informações repassadas, ficou estipulado em reunião, donde das vinte e oito entidades que estiveram presentes, 27 foram a favor e apenas um voto contra, que a Chama Crioula, durante a Semana Farroupilha, deverá ser conduzida até o Parque Desidério Finamor, saindo do CTG Rodeio de Encruzilhada, entrando pela Avenida Tenente Cel.Pereira, Avenida Cel.Honório Carvalho, passando pelo CTG Sinuelo da Liberdade e, findando no Parque de Exposições. No dia 20 de Setembro, data magna de nosso Estado, o desfile acontecerá em nossas avenidas principais, com saída do Parque Desidério Finamor e, retorno ao mesmo. Com a concordância da maioria, e, sendo ponto pacífico, fim das discussões. Agora é aguardar os festejos de nossa semana, sempre com o espírito de reverência aos nossos heróis farroupilhas, que, por durante dez anos (1835-1845), lutaram com denodo e valentia em prol de uma vida bem melhor aos seus conterrâneos. O que importa é saber comemorar, embora já passados 167 anos do fato, e, sempre lembrar com respeito o que a história nos conta quando da vontade dos gaúchos em se tornarem uma nação independente. E, no mesmo instante em que se colocavam algumas questões a respeito desta comemoração, nascia a ideia de realizar para os próximos anos, um grande acampamento farroupilha, exatamente onde este ano se vai prestar devotamento a Chama Crioula. Não seria um grande feito? Com apoio amplo e irrestrito da Administração Pública, Sindicato Rural, entidades tradicionalistas e, comunidade em geral, todos emanados em proporcionar um grande espetáculo de amor as nossas tradições, todos juntos, no Parque Desidério Finamor. Que acham? Cada piquete e, cada CTG, fariam, individualmente o seu acampamento. Seriam disponibilizados banheiros químicos para os participantes, ou, se fosse possível, a construção de novos banheiros no Parque, churrasqueiras construídas em lugares estratégicos, ou, se a preferência apontasse para cada acampamento, então, ficaria a cargo desta entidade levar a sua própria churrasqueira, porque gaúcho não vive sem churrasco, iluminação ampla, segurança 24 horas por dia, programação pré-estabelecida para atrair e sensibilizar aos visitantes, demonstrações de encilha, tosa, laço, doma, enfim, das lides campeiras, artesanatos que manipulam com lã, couro, e artigos gaúchos, procurando desta maneira a valorização de nossos talentos, área de alimentação com os produtos encruzilhadenses para exaltação de nossos produtores, exposição de arte gaúcha, concursos de trova, dança, música, instrumentos, concurso de culinária campeira, e assim, muitas outras ideias, que tenho certeza, hão de surgir com o debate do fato. Pois saibam que está muito perto de se realizar este evento e, que, em acontecer espera-se que todos os anos seja esta festa um marco na história de Encruzilhada do Sul e sua Semana Farroupilha, basta querer. E, o melhor da história toda é que todos querem, então...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O TOQUE DO SILÊNCIO

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Tudo começou em 1862 durante a Guerra Civil Americana, quando o Capitão do Exército da União, Robert Elly, estava com seus homens perto de Harrison’s Landing, no Estado da Virginia e o Exército Confederado estava próximo a eles, do o outro lado do terreno. Durante a noite, o Capitão Elly escutou os gemidos de um soldado ferido no campo. Sem saber se era um soldado da União ou da Confederação, o Capitão decidiu arriscar sua vida e trazer o homem ferido para dar-lhe atenção médica. Arrastando-se através dos disparos, o capitão chegou ao soldado ferido e começou a arrastá-lo até seu acampamento. Quando o Capitão chegou finalmente às suas próprias linhas, descobriu que em realidade era um soldado confederado. Mas, o soldado já estava morto. O Capitão acendeu sua lanterna para, mesmo na penumbra, ver o rosto do soldado. De repente, ficou sem fôlego e paralisado. Tratava-se de seu próprio filho. O menino estava estudando música no Sul quando a guerra se iniciou. Sem dizer nada a seu pai, o moço havia se alistado no exército confederado. Na manhã seguinte e com o coração destroçado, o pai pediu permissão a seus superiores para dar a seu filho um enterro com honras militares apesar de ele ser um soldado inimigo. O Capitão pediu se poderia contar com os membros da banda de músicos para que tocassem no funeral de seu filho. Seu pedido foi parcialmente atendido. Por respeito ao pai, lhe disseram que podiam lhe dar um só músico. O Capitão, então, escolheu um corneteiro para que ele tocasse uma série de notas musicais que encontrou no bolso do uniforme do jovem falecido. Nasceu assim a melodia inesquecível que agora conhecemos com “TAPS”, cuja letra é a seguinte: “O dia terminou, o sol se foi dos lagos, das colinas e do céu. Tudo está bem, descansa protegido. Deus está próximo. A luz tênue obscurece a visão. E uma estrela embeleza o céu, brilhando luminosa. De longe, se aproximando, cai à noite. Graças e louvores para os nossos dias Debaixo do sol, debaixo das estrelas, debaixo do céu, Enquanto caminhamos, isso nós sabemos, Deus está próximo”. Se alguém já esteve em um funeral militar e ouviu este “toque de silêncio”, agora, já conhece seu significado. É emocionante a história. Podemos trazer para as nossas vidas inúmeras lições e, dentre elas, ver que as guerras, sejam elas qual forem, sempre foram e serão abomináveis, pois qualquer vida perdida não paga as razões que levam os homens a lastimarem-se por suas vontades. Isto vale em qualquer circunstância. Que estes mesmos homens continuem a luta apenas no campo das ideias. Que as armas sejam apenas e nada mais do que palavras. Valem os argumentos mais convincentes, os projetos respaldados pela verdade e pelos exemplos, as realizações já efetivadas. Sendo assim, com certeza teremos a oportunidade de escolher com tranquilidade a melhor proposta, sem animosidades e belicosidades. É com as palavras e efetivação de ideais que se forjam os grandes líderes. Pensem nisso...

RETROVISOR

Krretta hcarretta@yahoo.com.b O título é palpitante. Ora, quem pensaria num instrumento desses, numa hora dessas? Mas, os senhores e as senhoras que vão percorrer seus olhos por estas linhas, verão que seu emprego está correto. Pois bem, a manhã de domingo amanheceu fria, chuvosa, com uma insistente garoa, prenúncio de um dia feio, bem diferente do que já estávamos acostumados a presenciar, quando um “veranico”, agora de agosto e, não de maio, se fazia presente, dando-nos a entender que, de vez, o inverno tinha ido embora, quando, na verdade isto não aconteceu. Já é segunda-feira, o dia está nublado, o frio se faz presente, e, segundo as previsões, somente quinta-feira é que as temperaturas voltam a subir, mas, o mês de setembro tudo será normal, ou seja, com dias frios e dias temperados. Então, como já dizia, estávamos no domingo, estávamos desfrutando do aconchego do “Cantão do Abranjo”, mais precisamente no Solar dos Baronis. Domingo de manhã, nove horas, a chuva, ou melhor, a garoa caindo suavemente, fogo na lareira, ainda persistente da noite anterior e, meu amigo Queco com a televisão ligada para ver a Stock Car. O Queco conseguiu manter a paixão pelo automobilismo mesmo após a morte do inesquecível Ayrton Senna. Para mim foi um marco. Realmente marcou o fim dos domingos de manhã, quando ver Senna correr na Fórmula 1 era realmente um privilégio, coisa para poucos, tamanha sua habilidade em conduzir seu bólido pelas pistas dos autódromos do mundo inteiro. Tenho convicção de que os domingos de manhã dos brasileiros e de seus fãs eram muito melhores. Ayrton Senna do Brasil, de acordo com Galvão Bueno. Pois bem, o Queco é tão aficionado pelas corridas, tanto de Fórmula 1 quanto Stock Car que, muitas e muitas vezes ele já acordou em plena madrugada para assistir, ou a um treino, ou a uma corrida. Todavia, nesta manhã de domingo era Stock Car e, como eu estava junto, assisti. Por que não? Etapa de Salvador da Copa Caixa Stock Car, vencida por Allam Khodair. Então, durante a corrida, quando Khodair pressionava Duda Pamplona já na primeira volta, vi que não teria outra alternativa a não ser a ultrapassagem e, foi assim que aconteceu, persistindo até o final da prova, quando o mesmo Khodair via seus adversários mais próximos pelo retrovisor. Eis, aí, o retrovisor. Aliás, é uma peça chave para os automóveis, pois permite a visibilidade de quem está atrás, evitando deste jeito muitas manobras imprevisíveis. O retrovisor é um elemento fundamental em um carro, ainda mais numa corrida, seja ela Stock Car, Nascar ou Fórmula Um. Pois, quando o piloto entende que deva fazer uma manobra mais radical, principalmente para deixar seu adversário mais longe de sua posição, ele, o retrovisor, serve para medir tempo, distância e aceleração. Vai dizer que não é importante? Pois eu olhava a Stock Car, e, tudo isso me lembrava da importância do retrovisor, principalmente quando o narrador da corrida anunciava que o líder da corrida via seu adversário direto ficar para trás, por aquele espelhinho mágico. Ora, vamos e convenhamos, o retrovisor é muito importante, e, principalmente, muito principalmente quando o adversário rival sai do alcance de visão deste mágico espelho. Pois é, depois da Stock Car, a volta para a cidade, o apetitoso churrasco no Tio Flávio, uma “siesta”, porque ninguém é de ferro e, sabe o que mais: O Gre-nal. Mais uma vez o retrovisor entra nesta história, que é verdadeira, e, o coirmão sumiu de nosso espelhinho mágico tricolor. ...para ver outras paisagens...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

CELULAR X CIGARRO

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Li, notícia que dá conta de que o celular substitui o cigarro. Num primeiro momento não entendi muito bem a substituição, mas, depois, ficou claro e evidente, principalmente quando nos reportamos aos dias de hoje, onde estes aparelhos estão presentes em todos os instantes. Tudo começou assim: “Ela era muito linda. Com toda a certeza a mais bonita de todo o bairro. Uma morena de tirar o fôlego. Seus cabelos sedosos brilhavam a luz do sol, compridos, caíam à meia cintura, valorizando seus já voluptuosos quadris. As pernas bem torneadas davam conta daquele corpo desejado por toda a turma, sempre com muito respeito, é claro. O rosto, bem, o rosto era uma combinação de olhos pretos da graúna, com um nariz extremamente bem torneado, e, uma boca sensual, onde o carmim do batom deixava claro que um beijo deveria ser o manjar dos deuses. Não tínhamos tocado, mas, sabíamos que a pele era feita da mais pura seda, uma pele morena, sensível ao toque, pode apostar, e, que deixava a mostra sua origem. Ela era muito linda, sem sombra de dúvidas. Sentados em algum portal de uma casa qualquer, víamos passar, e, sentíamos o balanço daquele caminhar somo uma sinfonia para os olhos, ao invés dos ouvidos, o que era totalmente diferente, ou seja, como poderíamos escutar uma filarmônica com os olhos, mas, com Ela, tudo era possível. Ela. Morena impávida, tesa, descomunal. Seus pés? Ah, seus pés! Pequenos, base para seus 1,79 m de um corpo escultural eram lindos, dedos uniformes, pintadas as unhas simétricas, se deixavam escorregar pela sandália entrelaçada nos seus belos tornozelos. Ele a desejava como nunca. Estava ávido por aquela conquista. Não duvidávamos de sua capacidade de vencer. Os tempos já são outros, vivemos numa época de que nada é impossível, tudo é perfeitamente realizável, afinal de contas estão aí as parafernálias da comunicação, por exemplo, onde ter um distante notebook que era para nós, trogloditas da informática, hoje é como um playmobil lembram? Ou um trem de lata de leite Ninho, que chamávamos de “rolo”, com eixo de arame e puxador de barbante encerado, que era para não rebentar tão fácil. Pois é, os tempos mudaram. Tanto mudaram que Ele, conquistou a morena. Ela não era tão difícil assim, ou seja, não estava tão distante de um amor, de uma conquista, Ela era também sensível, e, isso nós já sabíamos, mas, o que não sabíamos que a conquista iria bem mais longe. Tudo caminhava para um epílogo feliz e, disso não tínhamos dúvida nenhuma. Pois aconteceu. Acontece com muitos. A conquista chegava ao seu ápice, aos píncaros do desejo e da satisfação carnal, não tinha como não ser assim, ainda mais Ela, linda, esbelta, escultural, de quadris voluptuosos, lábios de um carmim incrivelmente sensual, e, olhos pretos da cor da graúna, atentos, vorazes, penetrantes, com os quais percebia os nossos mais recônditos desejos. Pois Ela e Ele chegaram, e, acredito que não só chegaram, como também ultrapassaram os limites da normalidade, do trivial, do conhecido, do lido, do aprendido. Com toda a certeza buscaram inspirações em Afrodite, a deusa do amor, da sexualidade, em Apolo, o deus da beleza, buscaram inspirações em si mesmos, acreditaram em suas capacidades de suplantarem o notório, o vulgar, enfim. Assim deve ter acontecido. Até aqui, tudo bem, mas o que teria tudo isso a ver com a comparação do celular X cigarro? Pois, justamente tem a ver com a notícia que li e, que, devido aos tempos modernos, aos tempos longe do playmobil, dos trens de latas de leite Ninho, aconteceu com Ele e Ela após esta tórrida paixão. Saibam, então que os celulares substituíram o cigarro no pós-sexo. Findo o conluio, ao invés do tradicional cigarro, que era o caminho natural das coisas, agora, os parceiros, foram e, vão, em busca de seus telefones para checar e-mails, conferir o Facebook, e, se facilitar, tuitar um pouquinho. Ele e Ela não fugiram disso, afinal de contas é bem mais saudável, não é mesmo?

terça-feira, 21 de agosto de 2012

E, AGORA?

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Estamos ainda vivendo os resquícios dos Jogos Olímpicos de Londres, onde o Brasil conquistou 17 medalhas e, ficou na posição 22 no Quadro de Medalhas. Vejam os nossos resultados: Atlanta/1996 = 15 medalhas, sendo 3 de ouro, 3 de prata e, 9 de bronze; Sydney/2000 = 12 medalhas, sendo 0 de ouro, 6 de prata e, 6 de bronze; Atenas/2004 = 10 medalhas, sendo 3 de ouro, 2 de prata e, 3 de bronze; Pequim/2008 = 15 medalhas, sendo 3 de ouro, 4 de prata e, 8 de bronze; Londres/2012 = 17 medalhas, sendo 3 de ouro, 5 de prata e, 9 de bronze. Como podemos observar, nunca ultrapassamos ao número de 3 medalhas de ouro, como também neste ano, conseguimos superar o número de medalhas no total em relação aos outros eventos. Diria que não foi de um todo mal a delegação brasileira. E claro que almejávamos muito mais, é claro que o futebol de campo masculino poderia ter saído de Londres com a medalha de ouro não fosse a arrogância e o desinteresse de alguns jogadores em relação aos jogos disputados, é claro que o vôlei, também masculino, que esteve por duas vezes por fechar o terceiro set, na final, e, numa jornada infeliz perdeu o ouro para a Rússia, nos frustrou em mais uma conquista. Não fossem tais percalços, como também Fabiana Murer no salto com vara, que amarelou, Roberto Scheidt que dificilmente perde uma regata, foi infeliz com os ventos de Londres, o futebol feminino desclassificado antes do tempo, e, assim por diante, poderíamos ter galgado melhores posições nestas olimpíadas. É bem verdade que muitos outros países também tiveram seus percalços, suas fatalidades, então, fica o dito pelo não dito, o feito pelo não feito, e, dentre todas estas desculpas e choramingos, é bem verdade que superamos nossa marca, portanto, não foi tão mal assim. Mas, e agora? O que fazer? Daqui para frente é com o Brasil, na cidade do Rio de Janeiro a próxima olimpíada, e, como vão estar nossos atletas? Pois o superintendente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), gaúcho de Bento Gonçalves, Marcus Vinícius Freire disse que existe um plano estratégico para colocar o Brasil no Top 10 em 2016. Foi feito um estudo e, descoberto que os países campeões têm, em média, 13 modalidades em que ganham medalhas. Já o Brasil têm oito ou nove modalidades. Precisa-se, então, fazer com que as outras modalidades cheguem à condição, também, de ganhar medalhas nos jogos olímpicos e, segundo o plano, foi estabelecido metas para que isso seja cumprido. E, para que isso aconteça, foi apurado o que é necessário para o cumprimento destas metas e, o COB está decidido em contratar, se for preciso, técnicos de fora do país, os atletas que precisarem vão fazer clínicas no Exterior, e, todo o apoio será dado, sem discriminação deste ou aquele esporte. Disse Marcus Vinícius: - “Fizemos estudos nos países campeões e com os atletas campeões. Levantamos o histórico dos atletas e tentamos fazer um espelho com os atletas brasileiros. Por exemplo: qual é a idade média de um atleta medalhista? A partir deste estudo, vamos investir nos que possam atingir esse perfil”. É esperar para ver e, crer. Não tem mais jeito, agora é Brasil, é Rio de Janeiro e, de modo algum podemos nos afastar de uma brilhante olimpíada em solo tupiniquim. Olhos do mundo inteiro nos miram...

O DOMINGO ESTAVA...

Krretta hcarretta@yahoo.com.br ...meio nublado. Era Dia dos Pais. A temperatura estava amena, como deveria estar, ao contrário do céu, que bem poderia estar ensolarado, juntando-se com a sensação térmica, seriam uma dupla perfeita para o nosso dia. Aliás, um sentimento único nos une neste dia, claro, além de sermos pais, é que ele só será perfeito se tivermos os filhos e as filhas juntos de nós, caso contrário... Caso contrário, a camisa, o sapato, o perfume, o pijama, os chinelos, os presentes, passam longe da vontade de termos nossos (as) filhos (as) juntos de nós, e, os abraços e os beijos são extremamente confortadores. O afago, o carinho, as palavras, é tudo o que queremos. Pois o dia era Dia dos Pais. Um dia farto para os pais desportistas, e, eu, como aficionado pelo esporte, teria, com toda a certeza, uma pauta repleta de boas atrações, a começar já pelas nove horas da manhã. Então, era preciso “madrugar” no domingo. Tínhamos as Olimpíadas de Londres para assistir. Lá, na grade de todas as televisões do mundo inteiro, tenho certeza, constava: Brasil X Rússia, vôlei masculino, decisão da medalha de ouro. Aqui em casa constava do menu do dia dos pais: acordar ás 08h00min h. Café até as 08h30min h. Ás 08h45min h, cevar um bom chimarrão e, plantar-se junto à televisão para aguardar mais uma vez a medalha de ouro no vôlei masculino, uma vez que o ouro no vôlei feminino já estava em “gaiola”. Era para ser um dia perfeito. Afinal, Dia dos Pais, filhas em casa, um churrasco programado para depois da conquista do ouro no vôlei masculino, e, de lambuja, e, com muito receio, nosso Grêmio jogando as 16h00min h, no Morumbi, contra o São Paulo. Estava completo o Dia dos Pais. Não estava. Estava. Está bem, estava. Estava quando o Brasil, ou melhor, a seleção masculina de vôlei fechou os dois primeiros sets, com o placar de 25/19 e 25/20, e, quando abriu, já no terceiro set uma larga vantagem, dando conta de que a medalha de ouro viria bem mais fácil do que imaginávamos. Ledo engano. Ainda deixamos de fechar a partida em duas oportunidades, e, consequentemente tudo terminou em um grande drama. Perdemos. Frustração total e, justamente, no Dia dos Pais. A vitória que parecia encaminhada deixou a medalha de prata com gosto amargo. Mas, ainda tinha o Grêmio. O tricolor jogava fora de casa e, fora de casa contra o São Paulo, empreitada das mais difíceis, e, até certo ponto, admissível uma derrota. Pois, mais uma vez o Tricolor Gaúcho deu-nos de presente uma belíssima vitória. Estava salvo a alvorada de domingo, a frustração com o vôlei masculino do Brasil nas Olimpíadas, o churrasco, a sesteada, o Dia dos Pais. Só poderia ser o Grêmio o protagonista de jornadas épicas!!!! Excelente Dia dos Pais.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

GARRA E DETERMINAÇÃO

Krretta hcarretta @yahoo.com.br Foi histórico. Aliás, as Olimpíadas têm esta peculiaridade, ou seja, de tornar os embates em fatos homéricos, dando conta da superação dos atletas que se entregam de corpo e alma ao esporte em si. Pois foi o que aconteceu dia 07/08/2012, quando o Brasil se agigantou frente as russas no vôlei feminino. Para os aficionados nesta modalidade esportiva, o jogo não poderia ter sido tão sensacional quanto o foi, e, de longe, a melhor e mais emocionante partida de vôlei desta Olimpíada, ao menos para nós, brasileiros. A vitória de nossas atletas foi de 3 sets a 2, e, depois de um 21 X 19 no tie-break, com seis match points, testamos com toda a certeza os nossos corações. Eu diria ainda mais, esta vitória foi épica, porque nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, as mesmas russas que ontem perderam para as brasileiras, venceram naquela oportunidade quando tínhamos no placar 24 a 19 ao nosso favor, eliminando-nos da competição. É bem verdade que o vôlei feminino está fazendo uma campanha um pouco irregular, uma campanha complicada na fase de grupos, tendo conseguido a classificação apenas com um quarto lugar na Chave B, no entanto, do outro lado estava a invicta Rússia, com suas gigantes atletas, mas, foram superadas. Os resultados dos sets mostram a paridade na disputa: 24/26 para a Rússia no primeiro set, 25/22 para o Brasil no segundo set. No terceiro set deu as russas com o placar de 25/19, e, novamente as brasileiras reagiram no quarto set fazendo um escore de 25/22. E, no tie-break, então, a superação brasileira com o placar de 21/19. Não há dúvida, superaram-se em todos os sentidos. As meninas brasileiras foram determinadas ao extremo, demonstraram garra e vontade de ganhar, e, não desistiram quando o placar não lhes era favorável. Impressionante. E, mesmo que no dia 09/08/12, quinta-feira, contra o Japão não obtivermos a vitória, o feito de ontem, por si só, já representa uma grande conquista, merecedora de todas as medalhas. Aliás, não é somente no esporte que a determinação, a garra, a vontade de ganhar têm os seus méritos reconhecidos. Ontem, foi no esporte, foi o vôlei feminino do Brasil, foi um sentimento coletivo e, que levou-nos ao sentido de reconhecimento pelo esforço destas atletas, pela determinação de atingir um objetivo, e, assim devemos considerar, também, quando voltamos nossas ações e pensamentos para a vida. Determinação e garra. Só assim, como as atletas de ontem, é que teremos forças suficientes para incluir em nossos currículos vitórias contundentes ante os percalços que a caminhada nos oferece. E, o período não poderia ser tão propício quanto agora, em que pessoas buscam elegerem-se, a demonstração a que nos ensinaram as atletas brasileiras. Quem estiver imbuído deste espírito, com toda a certeza estará no caminho certo. Trabalhar é preciso, é preciso ter força, ter garra, ter determinação, junte-se a isso um tanto de criatividade, e, solidifique a base com muita honestidade e responsabilidade, e, com toda a convicção vão ter uma jornada vitoriosa como a de ontem, sem sombra de dúvidas. Basta querer!!!

O SEDENTARISMO

Krretta hcarretta@yahoo.com.br “Eu me lembro! Eu me lembro! Era pequeno. E brincava na praia; O mar bramia. E, erguendo o dorso altivo, sacudia, A branca escuma pra o céu sereno.” Casimiro de Abreu Pois eu me lembro, não só da poesia de Casimiro de Abreu, como também do tempo de ginásio e científico, das aulas de educação física. Tínhamos duas aulas semanais, sempre pela tarde, pois a manhã era dedicada aos estudos em sala de aula. Nossos professores usavam abrigos e camisetas com o logotipo do colégio Nossa Senhora Auxiliadora, sempre, e, eram extremamente dedicados as aulas, fazendo com que, verdadeiramente, aproveitássemos ao máximo os exercícios, o que era muito importante para o nosso desenvolvimento tanto físico, como também mental. Tínhamos os exercícios comuns de aquecimento, depois vinham os específicos, tal como o abdominal, por exemplo, e, sempre um tempo para dedicar-nos a aprender algum esporte, saber das suas regras e, praticar alguns fundamentos, de vôlei, basquete, handebol, futsal, e, mais, muito mais de atletismo, como salto em distância, altura, corrida de revezamento, dos 100 m, corrida de fundo, entre tantos outros. Em um certo tempo apareceu o Teste de Cooper, e, lá estávamos nós a correr por doze minutos tentando percorrer a cada vez, maior distância do que o teste anterior. Nossos desempenhos eram todos anotados, e, a cada circuito realizado uma vez por mês, eram feitas as comparações, em que nós superamos, em que ainda permanecíamos sem progressos. Era muito bom. Era muitíssimo bom unir ar livre com esportes, uma maravilha, principalmente por termos o viço da juventude. E, das aulas de educação física é que saíam os atletas das seleções do colégio, para disputar amistosos com outras seleções da cidade e, principalmente, disputar os Jogos da Primavera, que, em Bagé, eram famosos pela rivalidade entre educandários. A Praça de Desportos, praça que até hoje ocupa um quarteirão inteiro no centro da cidade, primeiramente, que era o palco das disputas, depois, vieram os ginásios de esporte e, para lá foram mandados os jogos, e, assim íamos, “loucos de faceiro” representar nossa escola. Recordo um pouco da minha vida esportiva quando leio que foi feita uma pesquisa por um gaúcho, Pedro Hallal, pesquisador do Centro de Estudos Epidemiológicos da Universidade Federal de Pelotas, onde constatou um índice assustador: 80% dos adolescentes do mundo são sedentários, ou seja, não praticam o mínimo de atividade física recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Muito do sedentarismo o pesquisador gaúcho atribui a educação física escolar, que, segundo ele, é péssima. Diz que a obrigatoriedade de três aulas semanais seria o ideal, e, que, deveriam ter aulas de verdade, com progresso de conteúdo, com tempo para a prática do esporte, mas também com um conteúdo dedicado a saúde. E, dentre o seu estudo revela que o sedentarismo, hoje, é responsável por uma em cada 10 mortes no mundo – número comparável ao impacto do tabagismo, que é uma das maiores causas do câncer – o que fez com que os cientistas acionassem a luz vermelha. Portanto, gurizada e pais da gurizada, está mais do que na hora de praticar algum exercício físico, ir para o ar livre, é ótimo, é saudável, e a sua saúde agradece. “...bora lá!!!!”

GARRA E DETERMINAÇÃO

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Foi histórico. Aliás, as Olimpíadas têm esta peculiaridade, ou seja, de tornar os embates em fatos homéricos, dando conta da superação dos atletas que se entregam de corpo e alma ao esporte em si. Pois foi o que aconteceu dia 07/08/2012, quando o Brasil se agigantou frente as russas no vôlei feminino. Para os aficionados nesta modalidade esportiva, o jogo não poderia ter sido tão sensacional quanto o foi, e, de longe, a melhor e mais emocionante partida de vôlei desta Olimpíada, ao menos para nós, brasileiros. A vitória de nossas atletas foi de 3 sets a 2, e, depois de um 21 X 19 no tie-break, com seis match points, testamos com toda a certeza os nossos corações. Eu diria ainda mais, esta vitória foi épica, porque nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, as mesmas russas que ontem perderam para as brasileiras, venceram naquela oportunidade quando tínhamos no placar 24 a 19 ao nosso favor, eliminando-nos da competição. É bem verdade que o vôlei feminino está fazendo uma campanha um pouco irregular, uma campanha complicada na fase de grupos, tendo conseguido a classificação apenas com um quarto lugar na Chave B, no entanto, do outro lado estava a invicta Rússia, com suas gigantes atletas, mas, foram superadas. Os resultados dos sets mostram a paridade na disputa: 24/26 para a Rússia no primeiro set, 25/22 para o Brasil no segundo set. No terceiro set deu as russas com o placar de 25/19, e, novamente as brasileiras reagiram no quarto set fazendo um escore de 25/22. E, no tie-break, então, a superação brasileira com o placar de 21/19. Não há dúvida, superaram-se em todos os sentidos. As meninas brasileiras foram determinadas ao extremo, demonstraram garra e vontade de ganhar, e, não desistiram quando o placar não lhes era favorável. Impressionante. E, mesmo que no dia 09/08/12, quinta-feira, contra o Japão não obtivermos a vitória, o feito de ontem, por si só, já representa uma grande conquista, merecedora de todas as medalhas. Aliás, não é somente no esporte que a determinação, a garra, a vontade de ganhar têm os seus méritos reconhecidos. Ontem, foi no esporte, foi o vôlei feminino do Brasil, foi um sentimento coletivo e, que levou-nos ao sentido de reconhecimento pelo esforço destas atletas, pela determinação de atingir um objetivo, e, assim devemos considerar, também, quando voltamos nossas ações e pensamentos para a vida. Determinação e garra. Só assim, como as atletas de ontem, é que teremos forças suficientes para incluir em nossos currículos vitórias contundentes ante os percalços que a caminhada nos oferece. E, o período não poderia ser tão propício quanto agora, em que pessoas buscam elegerem-se, a demonstração a que nos ensinaram as atletas brasileiras. Quem estiver imbuído deste espírito, com toda a certeza estará no caminho certo. Trabalhar é preciso, é preciso ter força, ter garra, ter determinação, junte-se a isso um tanto de criatividade, e, solidifique a base com muita honestidade e responsabilidade, e, com toda a convicção vão ter uma jornada vitoriosa como a de ontem, sem sombra de dúvidas. Basta querer!!!

O SEDENTARISMO

Krretta hcarretta@yahoo.com.br “Eu me lembro! Eu me lembro! Era pequeno. E brincava na praia; O mar bramia. E, erguendo o dorso altivo, sacudia, A branca escuma pra o céu sereno.” Casimiro de Abreu Pois eu me lembro, não só da poesia de Casimiro de Abreu, como também do tempo de ginásio e científico, das aulas de educação física. Tínhamos duas aulas semanais, sempre pela tarde, pois a manhã era dedicada aos estudos em sala de aula. Nossos professores usavam abrigos e camisetas com o logotipo do colégio Nossa Senhora Auxiliadora, sempre, e, eram extremamente dedicados as aulas, fazendo com que, verdadeiramente, aproveitássemos ao máximo os exercícios, o que era muito importante para o nosso desenvolvimento tanto físico, como também mental. Tínhamos os exercícios comuns de aquecimento, depois vinham os específicos, tal como o abdominal, por exemplo, e, sempre um tempo para dedicar-nos a aprender algum esporte, saber das suas regras e, praticar alguns fundamentos, de vôlei, basquete, handebol, futsal, e, mais, muito mais de atletismo, como salto em distância, altura, corrida de revezamento, dos 100 m, corrida de fundo, entre tantos outros. Em um certo tempo apareceu o Teste de Cooper, e, lá estávamos nós a correr por doze minutos tentando percorrer a cada vez, maior distância do que o teste anterior. Nossos desempenhos eram todos anotados, e, a cada circuito realizado uma vez por mês, eram feitas as comparações, em que nós superamos, em que ainda permanecíamos sem progressos. Era muito bom. Era muitíssimo bom unir ar livre com esportes, uma maravilha, principalmente por termos o viço da juventude. E, das aulas de educação física é que saíam os atletas das seleções do colégio, para disputar amistosos com outras seleções da cidade e, principalmente, disputar os Jogos da Primavera, que, em Bagé, eram famosos pela rivalidade entre educandários. A Praça de Desportos, praça que até hoje ocupa um quarteirão inteiro no centro da cidade, primeiramente, que era o palco das disputas, depois, vieram os ginásios de esporte e, para lá foram mandados os jogos, e, assim íamos, “loucos de faceiro” representar nossa escola. Recordo um pouco da minha vida esportiva quando leio que foi feita uma pesquisa por um gaúcho, Pedro Hallal, pesquisador do Centro de Estudos Epidemiológicos da Universidade Federal de Pelotas, onde constatou um índice assustador: 80% dos adolescentes do mundo são sedentários, ou seja, não praticam o mínimo de atividade física recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Muito do sedentarismo o pesquisador gaúcho atribui a educação física escolar, que, segundo ele, é péssima. Diz que a obrigatoriedade de três aulas semanais seria o ideal, e, que, deveriam ter aulas de verdade, com progresso de conteúdo, com tempo para a prática do esporte, mas também com um conteúdo dedicado a saúde. E, dentre o seu estudo revela que o sedentarismo, hoje, é responsável por uma em cada 10 mortes no mundo – número comparável ao impacto do tabagismo, que é uma das maiores causas do câncer – o que fez com que os cientistas acionassem a luz vermelha. Portanto, gurizada e pais da gurizada, está mais do que na hora de praticar algum exercício físico, ir para o ar livre, é ótimo, é saudável, e a sua saúde agradece. “...bora lá!!!!”

segunda-feira, 30 de julho de 2012

AS CAMPANHAS

Krretta hcarretta@yahoo.com.br As engrenagens começam a ser lubrificadas. Ao menos é o que parece, pois as campanhas, tanto para vereador, como, para o comando da Prefeitura Municipal, estão ainda em fase de tratativas em escolher os melhores lances de criatividade para angariar a simpatia dos eleitores, acredito. Muita gente comenta que tudo está muito devagar. Todavia, é muito cedo ainda para as campanhas deslancharem. Se fizermos as contas, são aproximadamente setenta dias de trabalho, muito trabalho pela frente, então, é normal que os concorrentes se reservem ao máximo no início para que, na reta final, estejam aptos a darem tudo de si em busca dos votos necessários para satisfazerem seus anseios. É preferível assim. A cidade, alvo principal de todos os postulantes, uma vez que mudou o perfil dos votos, está calma, e, vejo que isto assusta muitas pessoas, pois pensam que as propagandas, o assédio, a distribuição de “santinhos”, os alto-falantes, os banners, as conversas, o disse-me-disse, enfim, aquela agitação toda precisava estar a todo vapor. Calma. Em primeiro lugar, como já comentamos, é cedo para a corrida embalar, e, num segundo momento, é preciso lembrar que tudo isso leva a um custo, e, este custo deve ser muito bem pensado pelos candidatos, para que, também lá no fim da jornada, não falte “fôlego” para darem conta das necessidades prementes. Então, como podem ver, as campanhas políticas estão em banho-maria, se assim podemos afirmar, pois muito tempo ainda tem pela frente e, não adianta as coisas serem feitas atropeladamente, pois não vão ter o efeito desejado, portanto, muita calma nessa hora. O que também é ótimo para a comunidade. Aliás, o que a população está estranhando e, concluindo que as campanhas políticas estão devagar, justamente porque o barulho está pouco. No entanto, vejo, ou melhor, escuto, por paradoxal que isto possa parecer, muitas reclamações no que tange o espocar de foguetes, os buzinaços, as carreatas e, os bandeiraços. Uma grande parte da população, e eu arriscaria em dizer que a grande maioria, principalmente dos eleitores, abominam o tal do foguete, sendo que nesta campanha, foi alvo de um tratamento todo especial. Os alto-falantes e as carreatas, além da poluição sonora e ambiental, é bem verdade, trazem transtornos aos que não estão envolvidos no processo e, só querem ter a liberdade de não terem que ouvir o que não querem ouvir e, de transitar livremente pelas ruas de nossa cidade. Os bandeiraços? Desde que feitos civilizadamente, creio que a comunidade não tem nenhum empecilho a contestar. Portanto, ficam aí as dicas para os que pretendem agradar em cheio o eleitorado de Encruzilhada do Sul, fazendo com que suas propagandas não perturbem a quem poderá mudar a sua opinião caso se sentirem prejudicadas em algum evento, e, creiam, isto acontece muito. Que bom que as campanhas eleitorais, no nosso município, transcorram num clima de cavalheirismo, de respeitabilidade, de entendimento onde a disputa precisa e deve ser discutida no campo das ideias e projetos, que as palavras sejam as armas para exporem apenas e tão somente os planos de governo, e, que todos eles, os planos, sejam exequíveis e venham em benefício dos encruzilhadenses. ...é o que se espera e se deseja!

A VAIDADE

Krretta hcarretta@yahoo.com. Certo amigo um dia foi indagado se gostaria de ser candidato a um cargo eletivo nestas próximas eleições. Respondeu de pronto e sem nenhuma dúvida de que os partidos políticos em sua visão perderam as suas ideologias, as agremiações partidárias já não possuem mais propósitos, suas linhas de pensamento desapareceram, e, ainda afirmou que o cargo eletivo, salvo algumas exceções, estava se tornando uma profissão, além, é claro do desejo imoderado da grande maioria de atrair admiração, a dita vaidade. Fiquei pensando na sua resposta, e, admiti a razoabilidade da sua interpretação quanto aos cargos eletivos que estão em jogo no próximo pleito, donde se pode extrair que, grande parte da vontade de se eleger reside na vaidade pessoal, pois os percalços porque passam os postulantes, hoje, admita-se, não paga o preço da elegibilidade. Se dizer eleito, muitas vezes tem-se a sensação que não está vinculado ao desejo de trabalhar em prol de uma comunidade, de traduzir a confiança dos votos num trabalho produtivo e endereçado ao bem comum, podendo esconder, sem sombra de dúvidas, um pouco de narcisismo que existe em muitas pessoas. Augusto Cury verbalizou que “a vaidade é o caminho mais curto para o paraíso da satisfação, porém, ela é ao mesmo tempo, o solo onde a burrice melhor se desenvolve”. Vejamos o tom da vaidade: “A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns: Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falar demasiado); Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza; Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais; Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas; Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa; Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa; Obstrução mental na capacidade de se autoanalisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar. A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, “badalado”. No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como”. Seja autêntico, valorize o seu voto! -:- Fonte: Manual Prático do Espírita – Ney Prieto Peres

EQUIPES

Krretta hcarretta@yahoo.com.br O Grêmio não serve como exemplo, pois vai de mal a pior no Campeonato Brasileiro, infelizmente para nós Tricolores de coração e alma. Já o Internacional, demonstra uma equipe coesa, embora algumas apresentações deficientes e, que, geraram reclamações das arquibancadas, inclusive com apupos, todavia, a sensibilidade de seus dirigentes fazem com que o plantel se fortaleça, principalmente com as últimas contratações, no caso Forlán. Ainda tem a possibilidade da vinda de Paulo Henrique Ganso e o repatriamento de Nilmar é quase uma realidade. Quando pulamos do futebol para a Fórmula 1, vimos na equipe Red Bull(motor Renault), de Mark Webber, um trabalho fantástico, pois sua vitória no GP de Silverstone, na Inglaterra, além, é claro da capacidade de pilotar sua máquina, passou, sim, por sua equipe. Conforme dão conta as notícias, o time austríaco está a um passo à frente graças as constantes inovações do mago projetista Adrian Newey. A vitória de Webber coloca-o a treze pontos atrás do atual líder, Fernando Alonso (Ferrari), habilitando-o, sem sombra de dúvidas, para a disputa do título deste ano. Também não tenho nenhuma dúvida quanto o profissionalismo, a competência e o dinamismo da equipe de Anderson Silva, lutador brasileiro no UFC 148, quando no segundo round, aplicou uma sonora surra em Chael Sonnen, lutador norte-americano, desafiante do campeão mundial. Não sou afeito a este tipo de esporte e, pela primeira vez assisti a um combate, muito mais pela curiosidade da disputa do título, pois final de campeonato sempre tem outro gosto, é claro. Antes da luta propriamente dita, a televisão mostrou a união da equipe de Anderson Silva, mostrou a sensibilidade das palavras de seu líder quanto aos que junto dele trabalharam, mostrou a sua simplicidade em pedir que, fosse o resultado que fosse, que permanecessem todos juntos, pois eram uma família, e assim foi feito, só que bem melhor, pois veio à vitória. Como o leitor e a leitora podem observar, nos três exemplos citados, os resultados passam, indiscutivelmente, pelas equipes. São elas as grandes responsáveis pelo sucesso ou insucesso de qualquer empreendimento, de qualquer projeto, de qualquer esporte, sendo que os executores das resoluções destas equipes são meros seguidores destas resoluções, é claro, sem tirar-lhes o brilho e a competência que lhes é peculiar e, de exatamente cumprir tais tarefas. Assim se fazem os campeões. Pois a fase da política em que estamos vivendo está justamente neste ponto, ou seja, a formação das equipes das agremiações partidárias e suas coligações que vão trabalhar no pleito deste ano. A escolha dos participantes é de suma importância, pois muito das pretensões eleitorais passam, também, por suas equipes, por seus integrantes, pela inovação, pela criatividade, pela responsabilidade destes componentes. Nada se ganha sozinho, tudo é uma equipe, e, a equipe que trabalhar coesa, com propósitos bem definidos, usando e abusando de táticas inovadoras, criações diferentes, que venham de encontro ao agrado dos eleitores, além, é claro, de um plano de governo bem elaborado e extremamente exequível, dificilmente não comemorará seus feitos no fim da jornada. Assim é que é.

AS SUPERMULHERES

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Fala-se muito, ouve-se muito de que as mulheres ainda estão aquém do reconhecimento merecido no mercado de trabalho aqui no Brasil. Principalmente no que tange aos salários, pois está comprovado que a remuneração ainda é menor, mesmo com a mesma ocupação e cargo, do que a dos homens. Talvez seja uma questão cultural (preconceito), jamais de mercado, mas, já começa a retroceder devido à luta que empreitam as feministas em razão desta disparidade, com os preceitos de igualdade e reconhecimento. De 2004 a 2009, a relação entre rendimentos femininos e masculinos pouco mudou no Brasil, pois em 2004, a mulher ganhava 69,5% do que o homem e, passados cinco anos, começou a ganhar 70,7 %. Embora os aumentos venham em passos lentos, elas acreditam que as diferenças irão diminuir, pois no mercado de trabalho, agora, não se exige mais ou um homem ou uma mulher para aquele cargo, mas, sim, há uma função e um salário a disposição para ser preenchido. Ainda com tudo isso, as supermulheres dão mostras de que não atuam apenas no mercado de trabalho como, também, são as que mais agem nos afazeres domésticos. Pois uma pesquisa divulgada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), 90,7% das brasileiras empregadas conciliam o trabalho com os afazeres domésticos, ao passo que os homens, mais descansados, digamos assim, pois não se pode alegar mais que trabalha muito para sustentar a família, já que as mulheres estão notadamente inseridas no mercado, estão em 49,7% ajudando em casa, nas lides do lar, ou com o supermercado, ou o açougue, ou as fraldas, a vassoura, ou a cozinha, pratos, copos e talheres... Quando o assunto se torna uma função específica, como faxinar a casa, 25,4% dos homens abraçam a vassoura, enquanto do lado feminino, 72,1% são acostumadas com a lide. Vejam estes números, e, tirem as suas conclusões: - a mulher dedica ao mercado de trabalho, semanalmente, 36 horas e, mais 22 horas de afazeres domésticos; - o homem dedica 43,4 horas ao mercado de trabalho semanalmente e, mais 9,5 horas de afazeres domésticos. E, a matemática continua, ou seja, no total, são 58 horas de trabalho feminino contra 52,9 horas do masculino, sendo que, no fim do ano, as mulheres trabalham 10 dias a mais do que os homens. Se existe algum consolo, dizem que o mercado de trabalho mais os afazeres domésticos, ou seja, as multitarefas tornam as mulheres mais criativas, o que faz com que este perfil seja mais cobiçado. E, agora vem o que mais vai dar o que falar, ou seja, pela primeira vez em um estudo realizado desde 1905, o QI médio das mulheres ultrapassou o dos homens. No início desta história as mulheres tinham em média cinco pontos a menos de QI do que os homens, e, agora, estão um ponto à frente. As hipóteses especuladas por James Flynn, autoridade mundial no tema, dá conta de que a primeira causa é o acesso crescente das mulheres à educação e a segunda, é de que elas estariam mais inteligentes pelas habilidades ao conciliar família e carreira. Devo-lhes dizer que, na minha concepção, está ótimo e, que tudo continue do mesmo jeito, nada tenho contra... viva as mulheres!!! -:- Fonte: Jornal Zero Hora (Edição 20/07/12, pag. 30).

CHIMARRÃO CHINÊS

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Já não há nada o que a China não produza e, não comercialize no mundo inteiro. Ouvi um comentário algum tempo atrás sobre a China e seus produtos, quando a tese dava conta de que, se não fosse tomada alguma atitude em respeito às importações chinesas, nossas indústrias corriam o risco de estagnar, reduzir suas produções e, até mesmo, fechar. É lógico que sendo assim, o Brasil, no caso específico, estaria em maus lençóis, pois o ataque das importações chinesas ocasionariam, se já não está ocasionando, um desemprego em massa. O raciocínio é simples: mesmo com a tarifa de importação, mesmo com o frete, e, contando com a matéria prima daquele país, além da mão-de-obra extremamente barata, não há como competir com seus produtos, na questão de valores. Olhe em seu redor. De dez produtos que você está vendo neste instante, ouso a dizer que seis, no mínimo, trazem a etiqueta Made in China. È verdade sim, o mercado chinês ultrapassou a barreira dos produtos simples, meras variedades como lâmpadas para o Natal, tomadas elétricas, casaquinhos de lã sintética, e, de aparelhos eletrônicos que sempre instigaram dúvidas, para exportar todo e qualquer produto que se faça lucrativo nos países emergentes e, também os países ditos desenvolvidos, mas, que hoje enfrentam crises econômicas contundentes. Segundo reportagem do Caderno Dinheiro, do Jornal Zero Hora, de 15/07/2012, dos itens mais triviais, como um palito de dente, uma palheta para tocar violão ou uma flor de plástico no vaso, até aqueles sem os quais a vida moderna seria mais difícil, como automóveis, material para alvenaria, fornos de micro-ondas e chuveiros elétricos, tudo o que uma família brasileira consome ou almeja, tem grande chance de ter sido montado por mãos chinesas. Ainda diz mais: o gigante asiático vende ao Brasil 6,2 mil dos 7,2 mil tipos de produtos, serviços e matérias-primas monitorados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Pasmem, pois até bíblias, livros didáticos, portas para casa, tablets, placas para captação de energia solar, dezenas de tipos de peixes, como salmão e bacalhau, são comercializados pelos chineses aqui no Brasil. Fica a pergunta: como o Brasil, ou melhor, a indústria brasileira poderá enfrentar este adversário tão forte, não ocasionando redução nas jornadas de trabalho, na produção e, numa possível dispensa de seus funcionários? A questão é bastante complicada. Aliás, diga-se de passagem, já estamos tão acostumados com os produtos chineses que, se houver uma redução drástica das suas importações, sabe-se lá se não iremos sentir falta... sabe-se lá. Agora, que vai doer no bolso da família brasileira, não tenho nenhuma dúvida. Mas é preciso certa proteção de mercado, sob pena de estarmos desempregando, gradativamente, o trabalhador industrial brasileiro e, também tenho certeza de que isso ninguém quer. Pois, agora, uma empresa gaúcha, indústria de utensílios tradicionais com sede em Passo Fundo, está finalizando um acordo com uma empresa chinesa para importar de lá bombas de aço inox, para o chimarrão. Já temos a garrafa térmica chinesa, e, agora a bomba do chimarrão, não me admira muito se, daqui alguns dias a erva não venha da China. Ah, diga-se de passagem, as bombas vão custar a metade do preço do mercado brasileiro. Como podemos concorrer...

terça-feira, 10 de julho de 2012

ILUSÃO

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Fui buscar no dicionário a definição uma vez que podemos nos enganar quanto ao emprego da palavra e, até mesmo, quanto ao que queremos exprimir, todavia, não sabemos adequadamente quando usar. Ilusão. O que é uma ilusão? Está lá, escrito: engano dos sentidos ou da mente, que faz tomar uma coisa por outra; sonho; devaneio. O que seria do homem se não houvesse a ilusão? A bem da verdade estamos sempre nos iludindo com muitas coisas que nos acontecem, e, sempre estamos esperando que estas coisas, geralmente coisas ruins, um dia mudem, portanto, temos a ilusão de que a sorte, em algum tempo, poderá nos sorrir. Ilusão, eu diria, está um pouco que misturada com a esperança, pois se nos iludimos, consequentemente esperamos mudanças e, se esperamos, logicamente estamos alimentando expectativas. Complicado? Um pouco, porém, se tomarmos um estudo mais aprofundado, veremos que tanto a ilusão quanto a esperança, mesmo que não sejam a mesma coisa, ainda assim, caminham juntas, gerando-nos sempre a espera de modificações, seja na vida comum, profissional ou amorosa. Muitas vezes sentimos que de uma hora para outra, quando apostamos numa megasena, por exemplo, nossa vida possa mudar, e, com certeza não seria diferente se acertássemos, caso contrário, estamos aí criando uma ilusão, ou enganando-nos com a possibilidade de breve mudança de vida, o que não deixa de ser uma esperança. Não dizem que quem sempre espera, um dia alcança? Podemos sim nos iludir por alguns momentos, como também podemos nos iludir por um grande período de tempo, o tempo necessário para termos consciência de que, se nada fizermos em prol de nós mesmos, profissionalmente, jamais aquele aumento esperado virá, uma nova posição dentro da empresa não surgirá, e, naturalmente não seremos agraciados com uma melhor qualidade de vida no que tange a remuneração. Estaremos nos iludindo, parados, enquanto os outros voam em nossa frente. Outros tantos iludem-se na vida amorosa. Criam esperanças de um grande amor, daqueles que a estória conta, com príncipes encantados, reis e rainhas, boas e más, vestidos longos e véus esvoaçantes, quando montados em cavalos brancos correm pelas pradarias do reino e, depois de tantos percalços, enfim, um final feliz, casamento e muitos filhos. Ilusão! É claro que bem pode ser verdade e, que para muitos acontece, por que não? Mas, o corriqueiro não seria este conto enfeitado, diferentemente da realidade, onde apaixonados criam esperanças em um final feliz e, por conseguinte, ele não acontece. A ilusão é uma esperança disfarçada, convicto estou. Portanto, digo a Nação Tricolor com todas as letras de que estamos com nossos sentidos enganados, estamos tomando uma coisa por outra, temos sonhos e devaneios e, nos entremeios, uma grande esperança de que o nosso Grêmio possa vir a ganhar alguma coisa, mas ela não acontecerá. Ledo engano. Verdade seja dita, o Tricolor Gaúcho, hoje, é uma ilusão, portanto, percam as esperanças, muito embora a esperança é a última que morre!

ALEA JACTA EST

Krretta hcarretta@yahoo.com.br 'Alea jacta est' (grafia em latim: alea jacta est) significa, em português, "Os dados estão lançados", mas traduzido comumente como "A sorte está lançada". Na linguagem popular, é uma expressão utilizada quando os fatores determinantes de um resultado já foram realizados, restando apenas revelá-los ou descobri-los. Foi a frase em latim supostamente proferida por Júlio César ao tomar a decisão de cruzar com suas legiões o rio Rubicão, que delimitava a divisa entre a Gália Cisalpina (Gália ao sul dos Alpes, que atualmente corresponde ao território do norte da Península Itálica) e o território da Itália. Pela lei romana, não era permitido às legiões ingressar no território italiano devido a episódios anteriores em que generais romanos como Mário e Sula haviam usado seus exércitos para tomar o poder em Roma. Devido a estes precedentes, era proibido a um governador provincial, um Proconsul como César, cruzar com suas legiões a divisa com o território italiano. O rio Rubicão demarcava esta divisa entre a Gália, governada por César, e a Itália e ao cruzá-lo César declarava um conflito aberto com o Senado romano e com Pompeu, que se colocava por motivos políticos seu defensor. A principal razão que levou César a tomar tal decisão era a ameaça no Senado romano de julgá-lo por crimes de guerra cometidos durante sua conquista da Gália Transalpina (atual território que consiste da França, Bélgica, Holanda e parte da Alemanha). A conquista romana da Gália, conduzida de forma tremendamente violenta, trouxe a César um grande prestígio em Roma. Com a aproximação do final de seu período de governo da Gália, período no qual César era imune a ações judiciais contra sua pessoa, seus opositores viram a oportunidade de usar a acusação de crimes de guerra como uma forma de tirar César do centro do teatro político romano. Eis um pouco de história... ...todavia, a nossa história política aqui em Encruzilhada do Sul, agora, começa a ter um novo capítulo escrito, quando as agremiações partidárias, em suas convenções, definiram no sábado passado, os nomes que comporão as chapas majoritárias para o próximo pleito. A sorte está lançada! Salvo alguma intempérie durante o transcurso do tempo até as eleições, três foram os nomes escolhidos para disputar o cargo máximo do Paço Municipal e, daqui para frente, acredito, muito trabalho e longos dias os esperam. Também esperamos que a contenda permaneça estritamente só, e, somente só, no campo das ideias, dos projetos, das pretensões, enfim, do debate cavalheiresco entre tais postulantes, onde possam demonstrar a comunidade encruzilhadense o que pretendem fazer em prol do futuro desta terra. Temos certeza de que a vitória deverá contemplar a quem, com trabalho e dedicação, apresentar um melhor plano de governo para Encruzilhada do Sul, e, demonstrar a todos que, ao invés de ficar somente no papel, que aceita tudo o que se quiser escrever, que terá sim, não só vontade de fazer acontecer os seus propósitos, como também demonstrará como fazê-los, o que é mais do que importante para a saúde das suas pretensões. A política chegou a um ponto em que não cabe mais as agressões físicas, morais, a palavra de desmerecimento e menosprezo aos adversários, pois que se volta, muitas vezes sobre a quem as proferiu. Querem os leitores, isto sim, muita paz e tranquilidade, para que suas escolhas sejam pautadas pela serenidade e confiança a quem lhe será dedicado o voto. Desejamos sorte a todos, e, que reine paz, muita paz nesta competição eleitoral. Alea jacta est!!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

MUITA PAZ !!!

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Ainda escuto o pipocar dos foguetes que estouram no centro da cidade. Hoje é sábado, que amanheceu um tanto “enfarruscado”, onde nuvens cinzas plúmbeo nos davam a esperança de que poderia chover um pouco mais e, assim, saciar a sede de nossas vertentes, riachos e rios, pois, estão a sofrer com a seca prolongada que se faz sentir aqui no nosso município e adjacências. Mas, que nada, o dia foi se firmando e, logo em seguida, ali atrás do cerro, o sol já se dispunha a aparecer e, tomar conta da paisagem, empurrando para longe a esperança da tão esperada chuva. Assim são as coisas, ou seja, nem sempre elas acontecem como e quando a gente deseja e, para tanto, temos que nos conformar, sob pena de eternizarmos por aí uma luta constante contra os fatos que nos são adversos e, aí, é preciso um tanto de vontade e, principalmente saúde, para contrariar os traços de um caminho, provavelmente já traçado. Seria como o ditado diz, contudo, nem tanto ao mar e nem tanto a terra, ou seja: dar murro em ponta de faca. Todavia, e, mesmo que paradoxal pareça, temo sim o dever de lutar contra ao que não nos interessa, o que nos é prejudicial, o que fere nossos princípios, muito embora, e agora é que podemos afirmar o que estava escrito, em certas ocasiões não temos forças suficientes para mudá-las, e, aquilo que não podemos mudar, escrito está. No momento, acomodamo-nos às circunstâncias, e, elas nos dizem que as convenções das agremiações partidárias estão no fim, tanto é verdade que ainda espocam foguetes pela nossa cidade, dando cabo das suas finalidades e, projetando para os próximos dias o início de uma campanha eleitoral que tem por destino a intendência do Paço Municipal. Pois bem, com certeza as opções já estão delineadas, e, mais do que definidas, quando lá na quarta-feira, ao ser exposto este artigo, todos os leitores e leitoras terão já suas curiosidades desfeitas e, mais ainda, saberão quem vai estar no prélio, no embate, na disputa pela administração municipal, o que, no momento, somente os foguetes anunciam as novidades. Por conseguinte, e, seguindo a cartilha da vida normal, quando acabamos de entrar na trilha de um novo caminho, qual não seja o das eleições municipais, é preciso que lutemos, então, por nossa vontade e, para que não fira ao que tanto prezamos, que são os princípios básicos de uma boa convivência, da política da boa vizinhança, do sentido amistoso que é uma disputa, nada mais justo do que desejarmos aos postulantes aos cargos eletivos uma boa sorte, e, mais do que isso, muito mais ainda, que tudo transcorra na mais absoluta paz. Eis aí todo o sentido do que até agora quisemos transmitir, mesmo quando falamos que muitas coisas não estão ao nosso alcance, mas, que podemos sim lutar para que tudo aconteça de uma forma civilizada, de uma concorrência leal, de ânimos serenos, e, principalmente, que todas as discussões permaneçam no campo das ideias, e, que os embates se deem pelos projetos de uma Encruzilhada do Sul muito melhor. Creio que só assim é que teremos um autêntico vencedor, digno da envergadura do cargo, principalmente por chegar ao fim desta luta como um verdadeiro cavalheiro, o qual, no âmago do combate mostrou lucidez, com ações nobres, de uma educação esmerada, e, que teve serenidade ao demonstrar suas pretensões, ideias, projetos, pautados na ética e no respeito aos seus contendores. Enfim, o que tentamos dizer é que queremos eternizar esta luta, porque não nos interessa a impetuosidade que leva ao tumulto, ao desvario, a violência, mas, queremos sim novos projetos, novas ideias, novas soluções em meio à paz, a muita paz!!! Que assim seja.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

ABRAÇOS DE TAMANDUÁ

Krretta hcarretta@yahoo.com.br ...está chegando a hora. Um amigo caminhava pela rua descontraídamente, absorto em seus pensamentos, daquelas caminhadas que a vida passa junto com você por toda a sua intimidade e, aos outros, apenas um aceno, um abano, um cumprimento, e, nada mais. Como se diz, caminhava livre, leve e solto, e, com pouca percepção dos espaços reais. Pois foi quando, da rua, veio um buzinaço, e, um aceno espalhafatoso, acompanhado de um grito de – Olá, como vai, fulano, quanto tempo? Tudo bem? E a família? Sabe aquelas coisas sem tempo, fora do lugar, e, com intenções outras? Este amigo, ou conhecido, ou desconhecido, quem lhe acenava, sempre lhe tratara de antipático, pois agora mudara, e, a questão tornara-se favorável, sem nenhuma antipatia e muito menos aversão, mesmo sabendo, os dois, que suas opiniões divergiam totalmente. São tempos outros, continuou este de quem nós falamos, confessando que sempre fora visto como uma pessoa recolhida aos seus afazeres, sem muitos alardes, de pouca participação nas rodas sociais, tido por muitos por “cheio”, antipático, com suas aversões e repulsas, no entanto, nesta época, as coisas mudam completamente – assim concluiu. Como dissemos acima, e, como narra nosso dissertador, justamente nesta época as coisas mudam, e, todos nós ficamos simpáticos, amigos, e, principalmente, indispensáveis, com toda a certeza. Somos parados na rua, no bar, no supermercado, no banco, na academia, farmácia, hospital, restaurante, no carro, em casa, no escritório, e, somos abraçados, amassados, apertados, como se todo o tempo em que estivemos vivendo aqui, nesta mesma cidade, nunca, em nenhum momento ou instante de aparição casual, tínhamos sido vistos. - Que coincidência, meu amigo Fulano, como é que tá? - E os teu, vão bem? - Família, filhos, filhas, noras, genros, netos...? - Que beleza te encontrar bem, isto é muito bom. O interpelador não sabe nem se o cara está bem ou não, se está enfrentando alguma doença ou não, mas já vai logo mandando ver, e, afirmando que está tudo bem, e, depois do prólogo, então, vem os permeios, ou seja, os entretantos, já com a lábia decorada: - Pois é, meu grande amigo, estamos aí oferecendo nosso nome para o julgamento da sociedade encruzilhadense no sentido de que queremos trabalhar em prol desta comunidade, e, para tanto, nada melhor que qualificarmos este trabalho com o nosso labor, sabedores que somos, tanto tu como eu, de que estava mais do que na hora desta participação, mas, para tanto, preciso do teu auxílio nesta caminhada, preciso da tua colaboração e da tua família, pois sem vocês, eu não consigo chegar lá e, não chegando lá, tu bem sabes que nunca vamos poder mostrar todo o nosso potencial, nossas ideias, projetos, mudanças, sempre, é claro, em prol dos munícipes de Encruzilhada do Sul, sempre trabalhando pela nossa comunidade, e, longe de pensar em partido político, ao contrário, nosso ideal sempre foi e será o povo da nossa terra... ...e por aí se vai, e, o que menos interessa ao interlocutor é se a pessoa está com pressa, ou tem algum compromisso, mas, sim, o que interessa é demonstrar o quanto ele está “interessado em trabalhar” em prol da nossa comunidade. Só que, ainda ontem, este mesmo aspirante a um cargo eletivo, como diz este amigo que sugeriu o tema, era para ele um antipático, que suas opiniões eram totalmente divergentes, no entanto, é chegada a hora dos apertos de mão, dos abraços, dos largos sorrisos, mesmo entredentes, mas que não deixam de sorrir o tempo todo é chegado à hora que não existe mais nenhum antipático neste mundo, ou seja, todos são agradáveis, todos são maravilhosos, ninguém tem defeito nenhum, a não ser, é claro, quando a adversidade partidária se faz ouvir. Estamos vivendo tempos de abraços de tamanduá. Portanto, aos que tem o poder de eleger, cuidado!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

ERA UMA VEZ

Krretta hcarretta@yahoo.com.br ...uma lixeira, aliás, não era uma vez, ainda é uma lixeira, que mora na Rua Sete de Setembro, em frente a minha casa, feita de arames entrelaçados, com fundo em lata, pintada de marrom. Dessas que ficam á beira da calçada e que servem para organizar o lixo, para que não fique solto pelo chão, para que os animais não o revirem, para que não suje a calçada, para que facilite aos profissionais da limpeza pública juntarem, enfim, para colaborar ainda mais na organização da cidade e, não deixar lixo espalhado por aí. Uma simples lixeira. Uma lixeira que não faz mal para ninguém, muito antes, pelo contrário, sua presença é de grande valia e, nestes termos, patrocina como facilitadora na limpeza urbana, além, é claro, de tornar-se um lugar onde nós possamos depositar o lixo doméstico, facilitando-nos também. Pois não é que implicaram com a pobre lixeira? Antes de qualquer coisa, é preciso que se diga que ela não faz mal para ninguém, que ela é do bem, que ela facilita a limpeza urbana, que ela serve, inclusive, para nos fins de tarde, muitas vezes, de cesta para a gurizada jogar basquete, como muitas vezes vi acontecer, afrouxando-a, o que faz com que no outro dia, tenhamos que fixá-la ao chão, novamente. É claro que ela não é cesta de basquete, e, para tanto, pedimos a gentileza para gurizada que por ali brinca que não fizesse dela, uma caçapa. Tempos se passaram e ela passou a ser uma das traves de uma goleira imaginária. Dentre suas serventias, mais uma surgiu. Sem falar que já foi até cabide de roupas, depósito de pedras, entre outras... Pois bem, mas, agora, tomaram-na para bode expiatório e, dia desses, jazia no chão a inocente lixeira, entrelaçada por arames, com fundo em lata, pintada de marrom, com sua haste que é fixada no chão, quebrada. Era um corpo inerte jogado ao solo, que, depois de tantas outras utilidades, além de sua real finalidade, é claro, tombava por mãos que supostamente não foram com a sua cara, ou seu jeito de ser, ou, o seu jeito de estar, ou, pelo simples fato de ver um patrimônio depredado, senão, por que a lixeira de arames entrelaçados, com fundo em lata e pintada de marrom havia sido danificada? Eis a pergunta que não quer calar. Afinal de contas, se ela servia, ou melhor, serve para colocar o lixo, para que não fique solto pelo chão, para que os animais não o revirem, para que não suje a calçada, para que facilite os profissionais da limpeza pública, para ser cesta de basquete, um dos postes de uma goleira, guarda-roupas, entre outros empregos, por que danificá-la? Pois seu sofrimento foi ainda maior. Foi literalmente arrancada de sua posição original, quebrada em sua haste, e, sabe-se porque razão, jogada por cima de um muro, para estatelar-se no pátio de uma autoescola, sem dó nem piedade. Em uma ação de arrependimento, a lixeira voltou ao seu local de origem, mas, ainda estirada ao solo, quando, novamente, a fixamos, no entanto, de lá para cá, a inocente lixeira, feita de arames entrelaçados, com fundo em lata e pintada de marrom, continua a sua sina de sofrer depredações e, está sempre torta pela ação, talvez, das mesmas mãos que arrancaram-na, só que agora, entortam-na pelo simples fato de não mais querer arrancá-la, pois, provavelmente não teve nenhuma graça. Amiguinhos, perdoem à lixeira, ela não lhes fez mal nenhum, e vejam-na como um objeto de grande valia pelo trabalho que ela desempenha em prol da limpeza urbana. Pensem nisso, pensem no que aprenderam na escola, pensem...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O BODE NA SALA

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Nada que não possa ficar pior. Essa é na prática a essência da filosofia do bode na sala. Seus pressupostos teóricos apontam para uma razão simples: o impressionismo. Ele procura disseminar naqueles com quem ela entra em contato, a certeza de que vivia melhor do que achava que vivia. É uma espécie de simancol psicológico, dado a frio e sem generosidade nenhuma. É uma filosofia toda embasada em experimentos concretos e indiscutíveis em resultados. Se não vejamos. O líder dessa filosofia, importunado que foi em seu dia de descanso, por um desafortunado morador que resolveu lhe procurar para se queixar do dia a dia da sua vida. Começou reclamando que o filho não gostava de estudar, que a filha só queria agora saber de namorar, que a esposa só vivia a lhe pedir pra comprar isso e aquilo etc., etc., etc. Debulhou um rosário de queixas e infelicidades. O grande líder ouviu tudo em silencio – como um grande líder – e disse pra ele que tinha uma determinação ao queixante. Que fosse agora mesmo ao chiqueiro dos bodes e pegasse o pai de chiqueiro (o maior bode de todos) e levasse pra sua casa e o amarrasse na sala de visitas e o deixasse por lá por sete dias e só após retornasse para que ele tivesse tempo de pensar no que fazer. E claro, como líder, não poderia ser contrariado. Assim foi feito. O reclamante da vida levou o pai de chiqueiro, o maior bode que tinha, afinal, líder é líder. Não precisa nem dizer que a casa ficou um pandemônio. Um pai de chiqueiro amarrado na sala com aquele cheiro de bodum incensando tudo tirou a família de vez do sério. Todo mundo reclamava, culpavam-se uns aos outros, todos tinham culpa e ninguém tinha razão. A semana passou sob o caos total dentro de casa. Ninguém nem se cumprimentava mais. Ele voltou com o bode para a segunda visita ao líder. O líder perguntou como ia à vida e ele numa frase só respondeu: um inferno! Minha vida está muito pior agora, depois que esse bode invadiu minha sala. O líder ouviu calado todas as reclamações, como um líder. Mandou que ele devolve-se o bode ao chiqueiro e voltasse pra casa o mais rápido possível e tocasse a sua vida em frente. E só voltasse daqui a sete dias. Passados os sete dias, ele chegou todo feliz na casa do líder, foi entrando e dizendo logo que agora estava tudo bem. O filho voltou a estudar, a filha só namorava nos finais de semana e estava até ajudando a mãe em casa. A mulher suspendeu os pedidos e estava até mais atenciosa. Claro, ele é que tinha ficado mais compreensivo. Mais colaboracionista e tudo estava melhor depois que aquele bode fedorento saiu do meio da sala de visita deles. (Ivaldo Gomes). -:- Pois foi exatamente isso que faltou aos administradores do Paço Municipal quanto às desavenças da Praça Ozi Teixeira. Sensibilidade, ou, talvez, um líder... É claro que a população deveria ser comunicada com mais ênfase, é claro que deveria ter muito mais divulgação, é claro que a maquete (se é que existe...) deveria ser exposta nos quatro cantos da cidade, palestra do paisagista (se é que tem...), dos responsáveis pelas secretarias responsáveis pelo processo, propagandas, enfim, tudo aquilo que se possa fazer entender o motivo das mudanças, que, a bem da verdade devem existir, a revitalização é importante sim, todavia, sem ferir ninguém. Nada de imposições desenfreadas e despóticas. Assim, o que ficou foi, por ser um ano de eleições o enorme desejo de mostrar “perfumarias” à população, quando na verdade deveriam ter colocado o bode na sala assim como já fizeram com a remodelação do trânsito no perímetro urbano, ou seja, uma grande maioria dos munícipes já sabe que a circulação pelas ruas dos veículos automotores e afins vai ter mudanças radicais, e, nem por isso, haverá de ter tantas controvérsias além das que já existem. Aguardem!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

INCONSISTENTE

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Falavam que o papo dele era inconsistente. Sabe como é que é? Faltava conteúdo, não tinha consistência, não era denso, compacto, em síntese, nunca e em nenhum momento me convenceu. Aliás, não era a mim que ele tinha que convencer e, sim, uma das meninas mais bonitas do Colégio Espírito Santo, o colégio das freiras, como era chamado o educandário que acolhia somente meninas, naquele idos tempos de Bagé, ali na Rua General Osório. Achávamos que por direito e, por estudar no Colégio Auxiliadora, o colégio dos padres, tínhamos preferência sobre as meninas do colégio das freiras, afinal de contas, freiras e padres, nós e as meninas, era tudo a ver. Pois o Miguel, colega e amigo, muitas vezes conclamado a se fazer presente na linha de frente das batalhas enamoradas, cada vez mais achávamos que ia dar certo e cada vez mais, ou melhor, a cada vez que compunha seu repertório para enfrentar a luta, decepcionava. Não era consistente. Faltava-lhe força, intensidade, potência, talvez um grande desejo de vencer, de ser respeitado nas suas intenções, mas, faltava aquele tipo de imposição, não pelo medo de lhe enfrentar, não, longe disso, mas temor sim pelo o que ele poderia fazer, ou melhor, agir em sua defesa, pelas suas conquistas, que, até então, já não eram mais corriqueiras. Muito ao contrário, Miguel falhava cada vez mais. E, isso, nos aborrecia, indignava a torcida. Afinal de contas um grande amigo, de infância, um amigo que sempre torcíamos para que vencesse suas batalhas nas conquistas amorosas, mas, de um longo tempo em frente, nada lhe acontecia. O que lhe emprestávamos era solidariedade, mais não podíamos fazer, pois autossuficiente, era direto o recado: - Eu vou conseguir, tranquilo, eu vou conseguir. - Não deu desta vez, mas vamos trabalhar, trabalhar, e, na próxima... Contudo, não conseguia bom êxito em suas empreitadas E, assim, o tempo ai passando, aliás, os anos iam passando e, lá estava o colégio das freiras, as meninas mais bonitas de Bagé, muitas enamoradas de Miguel, mas as conversas, as estratégias, os esquemas não funcionavam tão bem quanto queríamos, não funcionavam tão bem quanto ele queria, e, suas tentativas de mudanças eram sempre mal sucedidas. A cada prélio, já nos repartíamos, uns achando que mais uma vez não ia dar certo e, outros, “enfeitados”, tinham a certeza que tudo terminaria bem. E, não terminava, salvo raríssimas exceções. Miguel e suas conquistas, lembro-me bem. Tal qual o Grêmio. São 20h54min h, de um domingo com garoa, temperatura mais para um friozinho do que qualquer outra coisa e o Miguel, ou melhor, o Grêmio aos 46 minutos do segundo tempo perdeu para o Náutico. Inconsistente, tal qual o Miguel, mais uma decepção e, ainda tem alguns amigos que teimam em achar o time do Grêmio confiável, que vai conseguir suas intenções e, vamos acabar que nem meu amigo, na rua da amargura, de novo. Na quarta-feira, portanto quando estiverem lendo esta crônica, será véspera do dia da batalha, Grêmio X Palmeiras, precisando de um bom papo, de um sistema convincente, de boa vontade de seus atletas, de garra, uma equipe densa, compacta, com intensidade, contudo, não posso me iludir, pois acreditar numa virada, só um milagre, pois nem do Náutico conseguimos ganhar. Talvez o Miguel, depois de tanto tempo, tenha vencido suas batalhas, o que já não podemos dizer do nosso Grêmio, infelizmente, pois lhe falta apetite para vencer. Não se iludam, ou eu vou queimar a língua?

segunda-feira, 18 de junho de 2012

TAXAS E IMPOSTOS

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Recentemente, mais precisamente na terça-feira, dia 05 de junho de 2012, depois de duas horas e meia de discussões, foi aprovado na Assembleia Legislativa, o projeto do Governador Tarso Genro que reajusta as principais taxas do Detran. Até aí nenhuma novidade, pois quando o governo sente sede no seu caixa, recorre imediatamente ao contribuinte, em forma de taxas e impostos, para que, novamente, voltem a correr “águas” em suas fontes. A medida passa a valer a partir de janeiro de 2013. É bom que se registre que a vitória do governador foi bastante apertada, ou seja, foram 29 votos – um a mais do que o mínimo necessário – o que lhe garantiu o triunfo sobre a oposição. Vejam, por exemplo, para quem vai comprar um carro zero: - Vistoria e identificação, hoje: R$ 52,33 A partir de janeiro: R$ 52,33 - Expedição de CRV/CRLV, hoje: R$ 40,95 A partir de janeiro: R$ 98,34 Variação de 61,5% de aumento. Carro usado: - Vistoria e identificação, hoje: R$ 52,33 A partir de janeiro: R$ 52,33 - Alteração de registro de veículo: R$ 195,68 A partir de janeiro: R$ 232,08 - Expedição de CRV/CRLV, hoje: R$ 40,95 A partir de janeiro: R$ 98,34 Variação de 32,4% de aumento. Mas, o que nos deixa confuso são as explicações, tal qual o presidente do Detran, Alessandro Barcellos, garantindo que os R$ 15 milhões arrecadados com os aumentos das taxas serão destinados ao Fundo Estadual de Segurança e que o restante será aplicado no órgão, sem riscos de se perder no CAIXA ÚNICO. Já está dada a resposta, Caixa único. Inclusive as manifestações dos opositores a estes aumentos são taxativos em afirmar que provavelmente o dinheiro vai reverter para pagamento de cargos de confiança que o governo criou, e, isso lembra muito bem a famosa CPMF, que, criada para um fim, sabe-se que nunca, em nenhum momento a este fim de destinou, caindo, naturalmente no tal Caixa Único. Injuriados, ainda os opositores afirmam que o Detran já tem uma arrecadação superavitária, portanto, não havendo justificativa para o que aconteceu, a não ser ter este ímpeto de arrecadação outro destino. E, dentre toda esta polêmica estamos nós, contribuintes, que ainda temos o seguro obrigatório e o IPVA a pagar. Portanto, enquanto os grandes brigam por taxas e impostos, nós, meros contribuintes continuamos a pagar a conta do governo, e, o pior é que “eles” não têm dó nem piedade, e, sem cerimônia nos mandam a conta. É como sempre digo, a caravana vai passando, os cães a latir, no entanto, sem eco e nem repercussões, valendo a vontade daqueles que, um dia, foram eleitos pelo voto popular, e, que, com toda certeza, prometeram criatividade ao invés de aumento de impostos e taxas, todavia, a maneira mais fácil de não deixar a fonte secar, sem pestanejar, somos nós, os contribuintes. Ainda assim, alguém contestou, do lado mais forte, é claro, que o aumento das taxas nada tem a ver com impostos, ao que devolvo com a pergunta: e quem paga as taxas e os impostos? Taxas pagamos nós, contribuintes e, impostos os fantasmas? Ainda por cima estão de brincadeira conosco, pois bem sabem que tudo sai de um mesmo bolso, não importando ser taxa ou imposto, ou seja, do nosso bolso. Ainda estamos à cata de um governo sério e criativo. Eleições, valorize e seu voto!

DITADOS GAÚCHOS

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Em algum tempo atrás um amigo pediu-me que publicasse nesta coluna alguns ditados gaúchos, pois, dizia ele, teria em mãos “nossas filosofias”, uma vez que estava afastado do pago já há algum tempo, e, queria poder beber de nossa sabedoria popular e mostrar aos outros, também, um pouco de nossa cultura. Passou-se um tempo, no entanto a tarefa a que me foi imposta não esqueci, e, casualmente, esta semana visitei um endereço na internet que trazia a “encomenda”, nem tão completa assim, mas que trouxe a necessidade de cumprir o que me foi solicitado, todavia bastante interessante e que vai fazer você ler até o fim, garanto e, assim o faço, a saber: * Quieto no canto como guri cagado * Mais ligado que rádio de preso * Mais curto que coice de porco * Firme que nem prego em polenta * Mais nojento que mocotó de ontem * Saracoteando mais que bolacha em boca de velha * Solto que nem peido em bombacha * Mais curto que estribo de anão * Mais pesado que sono de surdo * Calmo que nem água de poço * Mais amontoado que uva em cacho * Mais perdido que cego em tiroteio * Mais perdido que cachorro em dia de mudança * Mais perdido do que cusco em procissão * Mais faceiro que guri de bombacha nova * Mais assustado que velha em canoa * Mais angustiado que barata de ponta-cabeça * Mais por fora que quarto de empregada * Mais por fora que surdo em bingo * Mais sofrido que joelho de freira em semana Santa * Feliz que nem lambari de sanga * Mais ansioso que anão em comício * Mais apressado que cavalo de carteiro * Mais atirado que alpargata em cancha de bocha * Mais baixo que voo de marreca choca * Mais bonita que laranja de amostra * De boca aberta que nem burro que comeu urtiga * Mais chato que gilete caída em chão de banheiro * Mais cheio que corvo em carniça de vaca atolada * Mais constrangido que padre em zona de tolerância * Mais conhecido que parteira de campanha * Mais comprido que moral de gago * Mais comprido que cuspe de bêbado * Mais coxuda que leitoa em engorde * Devagarzito como enterro de viúva rica * Mais difícil que nadar de poncho * Mais duro que salame de colônia * Mais encolhido que tripa na brasa * Extraviado que nem chinelo de bêbado * Mais faceiro que mosca em tampa de xarope * Mais faceiro que ganso novo em taipa de açude * Mais faceiro que pica-pau em tronqueira * Mais feio que briga de foice no escuro * Mais feio que sapato de padre * Mais feio que paraguaio baleado * Mais feio que indigestão de torresmo * Mais firme que palanque em banhado * Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro * Mais gasto que fundilho de tropeiro * Mais gostoso que beijo de prima * Mais grosso que dedo destroncado * Mais grosso que rolha de poço * Mais grosso que parafuso de patrola * Mais informado que gerente de funerária * Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro * Mais nervoso que potro com mosca no ouvido * Quente que nem frigideira sem cabo * Mais sério que defunto * Mais sujo que pau de galinheiro * Tranquilo que nem cozinheiro de hospício * Tranquilo que nem água de poço * Bobagem é espirrar na farofa * Mais gorduroso que telefone de açougueiro * Mais perdido que cebola em salada de frutas * Mais feliz que gordo de camiseta * Mais chato que chinelo de gordo Se leu até aqui, é porque gostou, então, cumprida a missão, algo mais a acrescentar?

quinta-feira, 7 de junho de 2012

CADÊ A CALCINHA?

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Charles de Gaulle, general, politico, estadista francês disse uma das mais célebres frases referindo-se ao nosso país quando afirmou: “O Brasil não é um país sério”. E eu me pergunto, quantos brasileiros ficaram indignados com sua audácia, com sua petulância em pronunciar algo desditoso de nossa nação, quando afirmava com todas as letras que não éramos confiáveis? Doutra feita, o cidadão Edson Arantes do Nascimento, sim, o Pelé que todos nós conhecemos, nosso melhor jogador de futebol de todos os tempos, considerado pelo mundo inteiro como o atleta do Século XX, e, que muitos ainda o consideram analfabeto, sendo que é o eterno Embaixador do Brasil, disse: “Os brasileiros não sabem votar”. Não é preciso dizer que a maioria dos tupiniquins desandaram a criticar aquele cara que saiu de um subúrbio santista e, agora, por ter se tornado uma grande figura nacional, dava-se o luxo de criticar o voto dos brasileiros, como isso? E, eu do meu cantinho ponha-me a pensar e tenho a sensação de que os brasileiros, letrados ou não, pouco estão se importando com a política nacional, para os governos, para as instituições, para os políticos em geral. Pouco se dão, também, pela roubalheira e assaltos ao erário público, pela subjugação entre propinas e enriquecimentos ilícitos, pela desordem nacional, pela balbúrdia nos corredores do Palácio Nacional. Todos estão preocupados, isto sim, em trabalhar, ganhar o seu quinhão e, tentar dar sustento a sua família com a miséria que ganham, quando não estão estudando, nas horas vagas, para galgarem uma melhor posição na sua labuta diária, que foi o que sobrou. O erário público, os saques indevidos, a ganância, a política e suas falcatruas, nada mais interessa. E, cada vez mais os exemplos afloram nas notícias de explodem na imprensa nacional e, que, por muitas vezes, nem horrorizam mais quem as recebe, pois também não estão interessados e, assim, a caravana libidinosa ganha estrada e desfila incólume diante de uma estarrecida e desmotivada plateia. Pois querem ver, está no jornal Zero Hora, 01/06/2012, manchete: Mistério na Câmara. “Há duas semanas, nos corredores, parlamentares, assessores e funcionários falam da lingerie que caiu do bolso de um deputado em plenário. Pois há quinze dias, um deputado, ao entrar no plenário, deixou a peça íntima cair do bolso do paletó. Ele tinha pressa por estar atrasado para votar o projeto sobre crimes cibernéticos. Segundo relatos, mexeu no bolso para pegar o celular e deixou cair no chão UMA CALCINHA VERMELHA E BRANCA – modelo grande, de algodão. Ocupado com o telefone, não percebeu que a peça ficou no chão, no centro do plenário. As poucas testemunhas, que naturalmente não querem aparecer, não o identificam, apenas insinuam ser um integrante do chamado “baixo-clero”, que reúne deputados sem grande destaque. Um segurança que acompanhou a cena se aproximou, recolheu a calcinha e a escondeu atrás de uma lixeira. Alertado, um assessor do presidente recolheu a lingerie, a colocou em um envelope e indicou que a levaria para o departamento de achados e perdidos”. E agora, onde estão os críticos de Charles de Gaulle, de Pelé, onde estão os que teimam em afirmar que os corredores palacianos são sérios, que a política é séria, onde está a moral de um plenário quando um de seus integrantes leva calcinha vermelha e branca, modelo grande e de algodão no paletó para votar, cadê o caráter, cadê a vergonha, cadê a responsabilidade, o brio, a honra, a dignidade, cadê a calcinha? Segundo informações, a peça foi incinerada, mas a polêmica continua...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

CADÊ A ÉTICA?

Krretta hcarretta@yahoo.com.br O direito a defesa é inerente à Justiça, ao que não se faz nenhuma objeção, claro e evidente. Mas como será um ex-ministro da Justiça defendendo a quem abusou do próprio Estado? Estamos a considerar que tudo está perdido junto a Corte Brasileira, nos jardins palacianos de Brasília, quando o que mais vale é a remuneração monetária, sim, o dinheiro, a grana, o jabaculê, do que o brio, a ética, a moralidade, princípios que por lá não existem mais. Pois creiam que um dos mais influentes advogados do país, ex-ministro de Lula é quem está defendendo Carlinhos Cachoeira, sim, o contraventor mais famoso neste instante no Brasil. Então, nada mais nos resta a não ser perguntar: pode um ex-ministro da Justiça, que comandou a Polícia Federal durante quatro anos, foi presidente da OAB, onde exibe sua característica fleuma, tendo sido o baluarte no combate ao crime, com a realização de 292 operações especiais, agora, defender o homem que se tornou o símbolo da corrupção ativa neste país? Pois aos 76 anos de idade e 56 de carreira, Thomaz Bastos, sim o ex-ministro da Justiça nos primeiros quatro anos do governo Lula, é este homem, que, agora, tem em seus clientes Carlinhos Cachoeira e, de contrapeso, Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, acusado de matar um ciclista enquanto dirigia uma Mercedez-Benz McLaren a 135 km/h. Conforme as notícias que nos chegam da Corte dão conta que a maior controvérsia está em torno da remuneração de Thomaz Bastos como honorários para a defesa do bicheiro contraventor Carlinhos Cachoeira, que estão na ordem de R$ 15 milhões. Ainda assim, a estranheza, pela falta de ética, é claro, se faz presente quando este mesmo senhor ex-ministro, Thomaz Bastos, utiliza-se dos seus plenos conhecimentos dos labirintos policiais, dos seus meandros e fragilidades, e, está mais do que claro que por aí irá construir a defesa de seu cliente. Não estaria ele defendendo o crime pelo o que aprendeu, pelo o que conheceu, pelo o que comandou? Novamente conclamamos a ética, a moral, o brio destas pessoas que se corrompem por enormes migalhas remuneratórias, e, pouco se dão para o que pensam, o que julgam, o que comentam, vindos dos pares profissionais honestos e do povo brasileiro. O jornalista e escritor Flávio Tavares, em sua coluna de Zero Hora, do dia 27.05.2012, página 13, pergunta: - “Quem é o autêntico? - O ministro da Justiça de ontem, na gestão Lula da Silva, que nos protegia da bandidagem e tinha poder sobre a Polícia Federal? Ou o advogado de hoje, que cochicha em público aos ouvidos do mafioso, para tentar ludibriar o que a própria Polícia Federal constatou?” Ao que nos parece, nem mais pudor floresce nas terras áridas de honestidade em Brasília e seus intrínsecos corredores palacianos, ao contrário, existe sim a ganância em busca de milhões e milhões de reais, intermináveis as suas vontades, ao que mais nada o satisfazem, tal qual o vício de qualquer droga exageradamente prejudicial à saúde. Se existisse prestígio ao advogado e ex-ministro Thomaz Bastos, aos olhos honestos dos brasileiros, hoje o mínimo que existe é perplexidade e desaprovação, espera-se.