segunda-feira, 30 de julho de 2012

AS SUPERMULHERES

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Fala-se muito, ouve-se muito de que as mulheres ainda estão aquém do reconhecimento merecido no mercado de trabalho aqui no Brasil. Principalmente no que tange aos salários, pois está comprovado que a remuneração ainda é menor, mesmo com a mesma ocupação e cargo, do que a dos homens. Talvez seja uma questão cultural (preconceito), jamais de mercado, mas, já começa a retroceder devido à luta que empreitam as feministas em razão desta disparidade, com os preceitos de igualdade e reconhecimento. De 2004 a 2009, a relação entre rendimentos femininos e masculinos pouco mudou no Brasil, pois em 2004, a mulher ganhava 69,5% do que o homem e, passados cinco anos, começou a ganhar 70,7 %. Embora os aumentos venham em passos lentos, elas acreditam que as diferenças irão diminuir, pois no mercado de trabalho, agora, não se exige mais ou um homem ou uma mulher para aquele cargo, mas, sim, há uma função e um salário a disposição para ser preenchido. Ainda com tudo isso, as supermulheres dão mostras de que não atuam apenas no mercado de trabalho como, também, são as que mais agem nos afazeres domésticos. Pois uma pesquisa divulgada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), 90,7% das brasileiras empregadas conciliam o trabalho com os afazeres domésticos, ao passo que os homens, mais descansados, digamos assim, pois não se pode alegar mais que trabalha muito para sustentar a família, já que as mulheres estão notadamente inseridas no mercado, estão em 49,7% ajudando em casa, nas lides do lar, ou com o supermercado, ou o açougue, ou as fraldas, a vassoura, ou a cozinha, pratos, copos e talheres... Quando o assunto se torna uma função específica, como faxinar a casa, 25,4% dos homens abraçam a vassoura, enquanto do lado feminino, 72,1% são acostumadas com a lide. Vejam estes números, e, tirem as suas conclusões: - a mulher dedica ao mercado de trabalho, semanalmente, 36 horas e, mais 22 horas de afazeres domésticos; - o homem dedica 43,4 horas ao mercado de trabalho semanalmente e, mais 9,5 horas de afazeres domésticos. E, a matemática continua, ou seja, no total, são 58 horas de trabalho feminino contra 52,9 horas do masculino, sendo que, no fim do ano, as mulheres trabalham 10 dias a mais do que os homens. Se existe algum consolo, dizem que o mercado de trabalho mais os afazeres domésticos, ou seja, as multitarefas tornam as mulheres mais criativas, o que faz com que este perfil seja mais cobiçado. E, agora vem o que mais vai dar o que falar, ou seja, pela primeira vez em um estudo realizado desde 1905, o QI médio das mulheres ultrapassou o dos homens. No início desta história as mulheres tinham em média cinco pontos a menos de QI do que os homens, e, agora, estão um ponto à frente. As hipóteses especuladas por James Flynn, autoridade mundial no tema, dá conta de que a primeira causa é o acesso crescente das mulheres à educação e a segunda, é de que elas estariam mais inteligentes pelas habilidades ao conciliar família e carreira. Devo-lhes dizer que, na minha concepção, está ótimo e, que tudo continue do mesmo jeito, nada tenho contra... viva as mulheres!!! -:- Fonte: Jornal Zero Hora (Edição 20/07/12, pag. 30).

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