segunda-feira, 30 de julho de 2012

A VAIDADE

Krretta hcarretta@yahoo.com. Certo amigo um dia foi indagado se gostaria de ser candidato a um cargo eletivo nestas próximas eleições. Respondeu de pronto e sem nenhuma dúvida de que os partidos políticos em sua visão perderam as suas ideologias, as agremiações partidárias já não possuem mais propósitos, suas linhas de pensamento desapareceram, e, ainda afirmou que o cargo eletivo, salvo algumas exceções, estava se tornando uma profissão, além, é claro do desejo imoderado da grande maioria de atrair admiração, a dita vaidade. Fiquei pensando na sua resposta, e, admiti a razoabilidade da sua interpretação quanto aos cargos eletivos que estão em jogo no próximo pleito, donde se pode extrair que, grande parte da vontade de se eleger reside na vaidade pessoal, pois os percalços porque passam os postulantes, hoje, admita-se, não paga o preço da elegibilidade. Se dizer eleito, muitas vezes tem-se a sensação que não está vinculado ao desejo de trabalhar em prol de uma comunidade, de traduzir a confiança dos votos num trabalho produtivo e endereçado ao bem comum, podendo esconder, sem sombra de dúvidas, um pouco de narcisismo que existe em muitas pessoas. Augusto Cury verbalizou que “a vaidade é o caminho mais curto para o paraíso da satisfação, porém, ela é ao mesmo tempo, o solo onde a burrice melhor se desenvolve”. Vejamos o tom da vaidade: “A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns: Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falar demasiado); Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza; Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais; Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas; Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa; Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa; Obstrução mental na capacidade de se autoanalisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar. A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, “badalado”. No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como”. Seja autêntico, valorize o seu voto! -:- Fonte: Manual Prático do Espírita – Ney Prieto Peres

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