quinta-feira, 7 de junho de 2012

CADÊ A CALCINHA?

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Charles de Gaulle, general, politico, estadista francês disse uma das mais célebres frases referindo-se ao nosso país quando afirmou: “O Brasil não é um país sério”. E eu me pergunto, quantos brasileiros ficaram indignados com sua audácia, com sua petulância em pronunciar algo desditoso de nossa nação, quando afirmava com todas as letras que não éramos confiáveis? Doutra feita, o cidadão Edson Arantes do Nascimento, sim, o Pelé que todos nós conhecemos, nosso melhor jogador de futebol de todos os tempos, considerado pelo mundo inteiro como o atleta do Século XX, e, que muitos ainda o consideram analfabeto, sendo que é o eterno Embaixador do Brasil, disse: “Os brasileiros não sabem votar”. Não é preciso dizer que a maioria dos tupiniquins desandaram a criticar aquele cara que saiu de um subúrbio santista e, agora, por ter se tornado uma grande figura nacional, dava-se o luxo de criticar o voto dos brasileiros, como isso? E, eu do meu cantinho ponha-me a pensar e tenho a sensação de que os brasileiros, letrados ou não, pouco estão se importando com a política nacional, para os governos, para as instituições, para os políticos em geral. Pouco se dão, também, pela roubalheira e assaltos ao erário público, pela subjugação entre propinas e enriquecimentos ilícitos, pela desordem nacional, pela balbúrdia nos corredores do Palácio Nacional. Todos estão preocupados, isto sim, em trabalhar, ganhar o seu quinhão e, tentar dar sustento a sua família com a miséria que ganham, quando não estão estudando, nas horas vagas, para galgarem uma melhor posição na sua labuta diária, que foi o que sobrou. O erário público, os saques indevidos, a ganância, a política e suas falcatruas, nada mais interessa. E, cada vez mais os exemplos afloram nas notícias de explodem na imprensa nacional e, que, por muitas vezes, nem horrorizam mais quem as recebe, pois também não estão interessados e, assim, a caravana libidinosa ganha estrada e desfila incólume diante de uma estarrecida e desmotivada plateia. Pois querem ver, está no jornal Zero Hora, 01/06/2012, manchete: Mistério na Câmara. “Há duas semanas, nos corredores, parlamentares, assessores e funcionários falam da lingerie que caiu do bolso de um deputado em plenário. Pois há quinze dias, um deputado, ao entrar no plenário, deixou a peça íntima cair do bolso do paletó. Ele tinha pressa por estar atrasado para votar o projeto sobre crimes cibernéticos. Segundo relatos, mexeu no bolso para pegar o celular e deixou cair no chão UMA CALCINHA VERMELHA E BRANCA – modelo grande, de algodão. Ocupado com o telefone, não percebeu que a peça ficou no chão, no centro do plenário. As poucas testemunhas, que naturalmente não querem aparecer, não o identificam, apenas insinuam ser um integrante do chamado “baixo-clero”, que reúne deputados sem grande destaque. Um segurança que acompanhou a cena se aproximou, recolheu a calcinha e a escondeu atrás de uma lixeira. Alertado, um assessor do presidente recolheu a lingerie, a colocou em um envelope e indicou que a levaria para o departamento de achados e perdidos”. E agora, onde estão os críticos de Charles de Gaulle, de Pelé, onde estão os que teimam em afirmar que os corredores palacianos são sérios, que a política é séria, onde está a moral de um plenário quando um de seus integrantes leva calcinha vermelha e branca, modelo grande e de algodão no paletó para votar, cadê o caráter, cadê a vergonha, cadê a responsabilidade, o brio, a honra, a dignidade, cadê a calcinha? Segundo informações, a peça foi incinerada, mas a polêmica continua...

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