segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O TOQUE DO SILÊNCIO

Krretta hcarretta@yahoo.com.br Tudo começou em 1862 durante a Guerra Civil Americana, quando o Capitão do Exército da União, Robert Elly, estava com seus homens perto de Harrison’s Landing, no Estado da Virginia e o Exército Confederado estava próximo a eles, do o outro lado do terreno. Durante a noite, o Capitão Elly escutou os gemidos de um soldado ferido no campo. Sem saber se era um soldado da União ou da Confederação, o Capitão decidiu arriscar sua vida e trazer o homem ferido para dar-lhe atenção médica. Arrastando-se através dos disparos, o capitão chegou ao soldado ferido e começou a arrastá-lo até seu acampamento. Quando o Capitão chegou finalmente às suas próprias linhas, descobriu que em realidade era um soldado confederado. Mas, o soldado já estava morto. O Capitão acendeu sua lanterna para, mesmo na penumbra, ver o rosto do soldado. De repente, ficou sem fôlego e paralisado. Tratava-se de seu próprio filho. O menino estava estudando música no Sul quando a guerra se iniciou. Sem dizer nada a seu pai, o moço havia se alistado no exército confederado. Na manhã seguinte e com o coração destroçado, o pai pediu permissão a seus superiores para dar a seu filho um enterro com honras militares apesar de ele ser um soldado inimigo. O Capitão pediu se poderia contar com os membros da banda de músicos para que tocassem no funeral de seu filho. Seu pedido foi parcialmente atendido. Por respeito ao pai, lhe disseram que podiam lhe dar um só músico. O Capitão, então, escolheu um corneteiro para que ele tocasse uma série de notas musicais que encontrou no bolso do uniforme do jovem falecido. Nasceu assim a melodia inesquecível que agora conhecemos com “TAPS”, cuja letra é a seguinte: “O dia terminou, o sol se foi dos lagos, das colinas e do céu. Tudo está bem, descansa protegido. Deus está próximo. A luz tênue obscurece a visão. E uma estrela embeleza o céu, brilhando luminosa. De longe, se aproximando, cai à noite. Graças e louvores para os nossos dias Debaixo do sol, debaixo das estrelas, debaixo do céu, Enquanto caminhamos, isso nós sabemos, Deus está próximo”. Se alguém já esteve em um funeral militar e ouviu este “toque de silêncio”, agora, já conhece seu significado. É emocionante a história. Podemos trazer para as nossas vidas inúmeras lições e, dentre elas, ver que as guerras, sejam elas qual forem, sempre foram e serão abomináveis, pois qualquer vida perdida não paga as razões que levam os homens a lastimarem-se por suas vontades. Isto vale em qualquer circunstância. Que estes mesmos homens continuem a luta apenas no campo das ideias. Que as armas sejam apenas e nada mais do que palavras. Valem os argumentos mais convincentes, os projetos respaldados pela verdade e pelos exemplos, as realizações já efetivadas. Sendo assim, com certeza teremos a oportunidade de escolher com tranquilidade a melhor proposta, sem animosidades e belicosidades. É com as palavras e efetivação de ideais que se forjam os grandes líderes. Pensem nisso...

Nenhum comentário: