Leia não para contradizer nem para acreditar, mas para ponderar e considerar. Francis Bacon – filósofo inglês
quinta-feira, 31 de maio de 2012
CADÊ A ÉTICA?
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
O direito a defesa é inerente à Justiça, ao que não se faz nenhuma objeção, claro e evidente.
Mas como será um ex-ministro da Justiça defendendo a quem abusou do próprio Estado?
Estamos a considerar que tudo está perdido junto a Corte Brasileira, nos jardins palacianos de Brasília, quando o que mais vale é a remuneração monetária, sim, o dinheiro, a grana, o jabaculê, do que o brio, a ética, a moralidade, princípios que por lá não existem mais.
Pois creiam que um dos mais influentes advogados do país, ex-ministro de Lula é quem está defendendo Carlinhos Cachoeira, sim, o contraventor mais famoso neste instante no Brasil.
Então, nada mais nos resta a não ser perguntar: pode um ex-ministro da Justiça, que comandou a Polícia Federal durante quatro anos, foi presidente da OAB, onde exibe sua característica fleuma, tendo sido o baluarte no combate ao crime, com a realização de 292 operações especiais, agora, defender o homem que se tornou o símbolo da corrupção ativa neste país?
Pois aos 76 anos de idade e 56 de carreira, Thomaz Bastos, sim o ex-ministro da Justiça nos primeiros quatro anos do governo Lula, é este homem, que, agora, tem em seus clientes Carlinhos Cachoeira e, de contrapeso, Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, acusado de matar um ciclista enquanto dirigia uma Mercedez-Benz McLaren a 135 km/h.
Conforme as notícias que nos chegam da Corte dão conta que a maior controvérsia está em torno da remuneração de Thomaz Bastos como honorários para a defesa do bicheiro contraventor Carlinhos Cachoeira, que estão na ordem de R$ 15 milhões.
Ainda assim, a estranheza, pela falta de ética, é claro, se faz presente quando este mesmo senhor ex-ministro, Thomaz Bastos, utiliza-se dos seus plenos conhecimentos dos labirintos policiais, dos seus meandros e fragilidades, e, está mais do que claro que por aí irá construir a defesa de seu cliente.
Não estaria ele defendendo o crime pelo o que aprendeu, pelo o que conheceu, pelo o que comandou?
Novamente conclamamos a ética, a moral, o brio destas pessoas que se corrompem por enormes migalhas remuneratórias, e, pouco se dão para o que pensam, o que julgam, o que comentam, vindos dos pares profissionais honestos e do povo brasileiro.
O jornalista e escritor Flávio Tavares, em sua coluna de Zero Hora, do dia 27.05.2012, página 13, pergunta:
- “Quem é o autêntico?
- O ministro da Justiça de ontem, na gestão Lula da Silva, que nos protegia da bandidagem e tinha poder sobre a Polícia Federal? Ou o advogado de hoje, que cochicha em público aos ouvidos do mafioso, para tentar ludibriar o que a própria Polícia Federal constatou?”
Ao que nos parece, nem mais pudor floresce nas terras áridas de honestidade em Brasília e seus intrínsecos corredores palacianos, ao contrário, existe sim a ganância em busca de milhões e milhões de reais, intermináveis as suas vontades, ao que mais nada o satisfazem, tal qual o vício de qualquer droga exageradamente prejudicial à saúde.
Se existisse prestígio ao advogado e ex-ministro Thomaz Bastos, aos olhos honestos dos brasileiros, hoje o mínimo que existe é perplexidade e desaprovação, espera-se.
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