A SOLIDARIEDADE
Krretta
Com toda a
certeza é uma das mais lindas virtudes que o ser humano poder ter.
Ajudar
o próximo...
Não
aquela ajuda, o gesto medido e com segundas intenções.
Não,
esse não.
“Dai
com uma mão e não deixe que a outra veja...”
É
mais ou menos por aí.
Estamos
vivendo momentos extremamente delicados, mas tenho a sensação que a humanidade
tem jeito sim.
A
Covid-19, tal qual outras epidemias que já aconteceram nesta esfera terrestre,
nestes dias em que reclamamos aos quatro ventos da falta de sensibilidade, de
amor, de compaixão entre os homens, de desequilíbrio social, de isolamento e
vidas tão solitárias, trancadas em apartamentos, nos dizem que tudo isso ainda
tem jeito sim...
Talvez
a tragédia esteja entrelaçada com a solidariedade e, é assim que nascem as
grandes ações e nos comovem, quebrando os vidros dos olhos...
“Só chora quem tem coragem de também falar pelos
olhos”. Fabrício Carpinejar
Existem seres
iluminados que trazem dentro de si a alma carregada de boas ações e, em
momentos especiais renascem a todo instante, fazendo com que as pessoas a sua
volta se engajem de uma tal maneira em suas atitudes que, só podem ser chamadas
de anjos.
E,
como anjos, não deixam nomes escritos na história, são anônimos escondidos na
multidão, que está envolvida em fazer o bem.
Abre-se
os jornais, está lá na televisão, e, nas rádios ecoam estes atos de amor e de
carinho com o próximo.
Quando
vejo a mão que entrega um prato de comida ao morador de rua, ou a cesta básica
a uma família com crianças famintas, quando olho o maqueiro carregando uma
pessoa idosa depois de trabalhar mais de 12 horas por dia, a enfermeira
cruzando os corredores dos hospitais lotados de gente que precisam de socorro,
vejo a mão de Deus sobre as suas cabeças...
Pois
estão fazendo à Sua Vontade e, portanto, obreiros do Senhor merecem a Sua Bênção
e proteção.
Quando
vejo nas estradas deste Brasil continental, pessoas entregando marmitas aos
caminhoneiros, para que não parem e continuem fazendo a Santa Missão deles, que
é abastecer o país e não deixar ninguém com fome, sem remédios, sem o básico
para que a vida também não pare e não se instale o caos, sinto uma grande
emoção.
A
emoção de que a humanidade ainda tem jeito sim.
Fui
desafiado a escrever este texto e, nunca me senti tão a vontade em falar da
solidariedade das pessoas, ainda mais nestes tempos, pois que ainda acredito
neste mundo melhor que todos vocês também acreditam, eu espero.
“O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença”.
Érico Veríssimo
E
não há como ficar inerte aos acontecimentos, quando uma grande parte da toda a
humanidade precisa de você.
Então, faço o que pretensamente acho
que sei fazer, escrevo...
Aos anjos da solidariedade, estes seres
iluminados e anônimos, que não medem esforços para fazerem a diferença, e não
visam qualquer tipo de interesse... a eles rendo aqui toda a minha admiração e,
entrego-lhes todo o meu carinho pelo fio etéreo que possa lhes alcançar,
tentando assim, modestamente, que o meu sentimento seja um bálsamo nestas almas
tão bondosas que habitam em vocês.
Hoje, mais do que nunca, precisamos
fazer a diferença.
A vida tem o tamanho de quem a faz, no
bem ou no mal.
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