O QUE DIZER? O QUE
FALAR?
Krretta
Neste
exato momento estou sentado em frente ao meu computador, olhando pela minha
janela um céu azul, lindo, sereno, e não há uma nuvem nele.
As
árvores se balançam ao sabor de uma leve brisa, a temperatura está amena e é
sábado, nove horas da manhã.
Vendo-o
assim, sereno, límpido e lindo, muito lindo, tem-se a sensação de que tudo está
tranquilo e tudo anda no seu ritmo serenamente, ainda mais porque hoje é
sábado.
Mas,
infelizmente esta tranquilidade reflete apenas a natureza em seu esplendor, ao
passo que nós estamos sérios, introspectivos, soturnos e, o mais que fizemos é
perder-nos olhando para um horizonte vazio e cheio de incertezas.
Esta
é uma das consequências de levarmos a alcunha de “humanos”.
Respiro
fundo.
Penso
em escrever alguma coisa, dizer alguma coisa, e, sabe aquele friozinho que dá
na gente quando as emoções estão à flor da pele?
Esse
mesmo.
Pois
sinto-o agora.
Sei
lá que tipo de emoção seria essa, ante um computador e um artigo para escrever.
Alguma
coisa me faz sentir diferente, hoje.
Mas
é preciso dizer alguma coisa, é preciso preencher a vida que corre solta lá
fora, é preciso escrever minha coluna do jornal 19 de Julho, mesmo que o dia
esteja estranho, ainda que com céu lindo e uma leve brisa no ar.
Volto-me,
então, a esta nossa dura realidade...
São
precisos extremos cuidados.
Parece que muitas
pessoas ainda não perceberam a gravidade do momento em que passa a humanidade,
o mundo inteiro.
A pandemia
estabeleceu-se, definitivamente.
As notícias são as
piores possíveis, ainda mais que o nosso Brasil recém está começando a perna da
espiral, que arremessará o país naquela reta vertiginosa e ascendente do
gráfico, que mostra a evolução da doença.
Valei-me, Nosso Senhor!
Todos nós já sabemos o
que é preciso ser feito, pois já temos os exemplos da China, da Itália, da
Espanha e tantos outros países que enfrentaram por primeiro este vírus, que é
letal sim e se espalha com grande rapidez e facilidade.
Letal principalmente para
as pessoas idosas e portadoras de doenças crônicas, como a asma, a hipertensão,
o diabetes, entre outras.
Nossas autoridades da
área da saúde e nossos administradores estão atentos a tudo isso e,
insistentemente estão convocando a população para fazer a sua parte.
Mas, parece-me que isto
não está acontecendo.
Principalmente porque as
pessoas ainda estão transitando pelas ruas da nossa cidade em grande profusão e
despreocupadamente, como se nada estivesse acontecendo.
Decididamente e infelizmente
nossa gente não está fazendo a sua parte.
Neste momento de graves
consequências, o isolamento social (e aqui eu acrescento, por minha conta,
“voluntário”), se faz extremamente necessário.
Por favor, só saiam de
suas casas por extrema necessidade.
Lembrem-se: “Todos nós
fizemos parte da solução...”
Vamos ajudar nossos
“anjos da saúde” e nossos administradores, vamos colaborar, vamos fazer e
cumprir à risca o ISV, ou seja, o Isolamento Social Voluntário.
Vamos fazer a nossa
parte.
A boa notícia é que esta
pandemia vai passar, quando não se sabe, mas vai passar e, para que passe mais
depressa, para que não deixe profundas cicatrizes em nossas vidas, façamos o
que nos cabe.
QUANTO MAIS AFASTADOS
ESTIVERMOS NESTE MOMENTO, MAIS CEDO VAMOS ESTAR JUNTOS!
Era isso o que eu tinha
a dizer, era isso o que eu tinha a falar.
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