segunda-feira, 30 de março de 2020


O QUE DIZER? O QUE FALAR?

                                                                                                                                                                                                                   Krretta

            Neste exato momento estou sentado em frente ao meu computador, olhando pela minha janela um céu azul, lindo, sereno, e não há uma nuvem nele.
            As árvores se balançam ao sabor de uma leve brisa, a temperatura está amena e é sábado, nove horas da manhã.
            Vendo-o assim, sereno, límpido e lindo, muito lindo, tem-se a sensação de que tudo está tranquilo e tudo anda no seu ritmo serenamente, ainda mais porque hoje é sábado.
            Mas, infelizmente esta tranquilidade reflete apenas a natureza em seu esplendor, ao passo que nós estamos sérios, introspectivos, soturnos e, o mais que fizemos é perder-nos olhando para um horizonte vazio e cheio de incertezas.
            Esta é uma das consequências de levarmos a alcunha de “humanos”.
            Respiro fundo.
            Penso em escrever alguma coisa, dizer alguma coisa, e, sabe aquele friozinho que dá na gente quando as emoções estão à flor da pele?
            Esse mesmo.
            Pois sinto-o agora.
            Sei lá que tipo de emoção seria essa, ante um computador e um artigo para escrever.
            Alguma coisa me faz sentir diferente, hoje.
            Mas é preciso dizer alguma coisa, é preciso preencher a vida que corre solta lá fora, é preciso escrever minha coluna do jornal 19 de Julho, mesmo que o dia esteja estranho, ainda que com céu lindo e uma leve brisa no ar.
            Volto-me, então, a esta nossa dura realidade...
            São precisos extremos cuidados.
Parece que muitas pessoas ainda não perceberam a gravidade do momento em que passa a humanidade, o mundo inteiro.
A pandemia estabeleceu-se, definitivamente.
As notícias são as piores possíveis, ainda mais que o nosso Brasil recém está começando a perna da espiral, que arremessará o país naquela reta vertiginosa e ascendente do gráfico, que mostra a evolução da doença.
Valei-me, Nosso Senhor!
Todos nós já sabemos o que é preciso ser feito, pois já temos os exemplos da China, da Itália, da Espanha e tantos outros países que enfrentaram por primeiro este vírus, que é letal sim e se espalha com grande rapidez e facilidade.
Letal principalmente para as pessoas idosas e portadoras de doenças crônicas, como a asma, a hipertensão, o diabetes, entre outras.
Nossas autoridades da área da saúde e nossos administradores estão atentos a tudo isso e, insistentemente estão convocando a população para fazer a sua parte.
Mas, parece-me que isto não está acontecendo.
Principalmente porque as pessoas ainda estão transitando pelas ruas da nossa cidade em grande profusão e despreocupadamente, como se nada estivesse acontecendo.
Decididamente e infelizmente nossa gente não está fazendo a sua parte.
Neste momento de graves consequências, o isolamento social (e aqui eu acrescento, por minha conta, “voluntário”), se faz extremamente necessário.
Por favor, só saiam de suas casas por extrema necessidade.
Lembrem-se: “Todos nós fizemos parte da solução...”
Vamos ajudar nossos “anjos da saúde” e nossos administradores, vamos colaborar, vamos fazer e cumprir à risca o ISV, ou seja, o Isolamento Social Voluntário.
Vamos fazer a nossa parte.
A boa notícia é que esta pandemia vai passar, quando não se sabe, mas vai passar e, para que passe mais depressa, para que não deixe profundas cicatrizes em nossas vidas, façamos o que nos cabe.
QUANTO MAIS AFASTADOS ESTIVERMOS NESTE MOMENTO, MAIS CEDO VAMOS ESTAR JUNTOS!
Era isso o que eu tinha a dizer, era isso o que eu tinha a falar.



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