sexta-feira, 13 de abril de 2012

TUDO ESTÁ QUIETO...

Krretta
hcarretta@yahoo.com.br

…no “Quartel d’Abrantes”.
A bem da verdade a frase correta é “Tudo como dantes no Quartel d’ Abrantes”, surgida no século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica.
Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês.
Em 1807, uma das primeiras cidades invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 km de Lisboa, as margens do rio Tejo.
Lá instalou seu quartel-general, e, meses depois se fez nomear Duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o príncipe regente, D.João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido para o Brasil.
Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao Duque.
A tranquilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico.
A quem perguntasse com iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.
Até hoje se usa a frase para se indicar que nada mudou.
Pois então, aí está um pouco de história aos nossos leitores e leitoras, como também é válida a afirmação, ou o dito, como queiram, que em nosso quartel, ou melhor, em nossa Encruzilhada do Sul, no que se refere ao próximo pleito, está como dantes...
Pouco ou quase nada aconteceu até o presente momento, salvo que do dia em que hoje escrevo a coluna até a publicação do Correio Popular Encruzilhadense, algo contundente venha a acontecer, o que duvido muito, no entanto, não é difícil de surgir novidades.
Mas ao que nos referimos não são pequenas novidades, pois estas espocam a cada semana e, são que nem pipocas, como diz o termo, pouco ou nada mudam o cenário político.
É claro, sabe-se de antemão que alguma coisa já está delineada, diria mais ainda, patenteada, bastando para tanto que se abram as cortinas da propaganda eleitoral e já teremos de cara uma coligação mais do que pronta para o seu espetáculo.
Se o programa é bom ou não caberá ao eleitor avaliar e, mais do que contracenar, confirmar nas urnas, se bem que nomes ainda não deram a resposta esperada, ao menos são os comentários.
Todavia, enquanto esta não alça voo, outras simplesmente não existem e, continuam com suas disputas internas, bem pouco, mais ainda as turras com as dificuldades encontradas para algum nome ser consenso.
A coisa mais certa de todas as coisas, e isto está provado, e bem provado há questão de muito pouco tempo atrás, quem viveu, sofreu, e muito, é que, se não houver consenso em torno de apenas um nome, se não houver uma oposição coerente e engajada no processo eleitoral ao redor de um só propósito, se não houver entendimento das partes interessadas e se deixarem se levar pela disputa de quem é o mais belo, ou faz mais votos, tenham a certeza de que o prélio será imensamente prejudicado, extremamente difícil, uma tarefa para gigantes.
Já ter o piloto, muito embora não consiga alçar voo é uma coisa, agora, muito pior é apertar os cintos porque o piloto sumiu... ou melhor, não existe.
Então, é verdade, está tudo como dantes no quartel d’Abrantes!
Tenho dito.

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