Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
A família brasileira está incrédula, o povo brasileiro ímpio ante o fato descerrado na Corte em Brasília, quando o considerado arauto da moralidade caiu em descrédito frente a sua parceria com o contraventor Carlinhos Cachoeira, senador Demóstenes Torres (ex-Dem-GO).
Percorrendo as folhas dos jornais, todos, sem exceção, dedicam ainda páginas e páginas com comentários sobre o fato e, o que me levou a estar aqui, também escrevendo sobre o mesmo assunto é que, em certo veículo de comunicação, em quatro páginas seguidas, em colunas e comentários diferentes, mais de seis vezes, o defensor acérrimo da ética é citado.
Foi e continua sendo uma das mais propaladas quedas de que já se ouviu falar no Paço Governamental, na Capital Federal, por enquanto...
E por que, por enquanto?
Porque já estamos nos acostumando a cada dia ver, ouvir, ler as mais dignas autoridades políticas, assim ditas em épocas outras, caírem suas máscaras intocáveis, e, ao público, serem expostas suas mais fétidas ações, sejam elas do tipo que forem.
Querem ver?
“Por que nos arrepiamos só agora, se o Senado, há tempos, é um dos núcleos do horror da vida pública?
Lembram-se dos atos de ACM, Jáder Barbalho ou Renan Calheiros?
O mais grave no escândalo de agora é a descoberta do fingimento. Um lugar reservado (em teoria) às grandes figuras da política surge como algo muito próximo à gazua com que a bandidagem abre o cofre alheio. Se Demóstenes Torres não era o que aparentava ser, se apenas fingia, quantos outros não estarão, até hoje, simulando cínica honestidade para encobrir o delito sorrateiro? “Flávio Tavares – Jornalista e escritor – Coluna Zero Hora – 08.04.2012
Para que o leitor e a leitora venham a saber, se já não sabem, dos 63 membros dos conselhos de Ética do Senado e da Câmara dos Deputados, pelo menos 20 respondem a inquéritos no Supremo Tribunal, por crimes contra a administração pública, corrupção ou fraude à Previdência Social.
Como é que ainda vamos acreditar em políticos? Sejam quem forem, que nome tenham, onde estão, numa boa, não dá mais! Já lhes falta, há muito tempo: CREDIBILIDADE.
Ah, e ainda mais, é preciso que se esclareça, bastando para isso apenas se inteirar de leis, se sobrar tempo ao cidadão comum, caso contrário é nossa obrigação também informa-los, de que tais regras estão cada vez mais mitigas, mais brandas, mais suaves com quem merece rigor.
É caótica a vida política brasileira e seus atores.
Marcos Rolim, também jornalista e em sua coluna de Zero Hora, diz o seguinte: “... a política no Brasil é um caso perdido; a má política aqui praticada se sustenta só em três grandes pilares: a) os favores prestados pelos governantes e parlamentares aos eleitores e ao poder econômico – fenômenos do clientelismo político e da representação obscura de interesses privados; b) o financiamento privado das campanhas eleitorais e, c) a ocupação da máquina de Estado por indicações dos partidos da base aliada, o que mentirosamente chamam-na de “governabilidade”.
Muito disso também é nossa culpa, nossa máxima culpa, ou seja, por um lado a nossa maneira de escolher os candidatos, e, por que não “curriculum vitae”, pois se ele nos exigem em qualquer ínfimo emprego?
A outra está em não ocuparmos nossos espaços, omitir-nos na política, não participar ativamente e postular sim, cargos, no intuito de banir as más intenções, acanhar propósitos escusos, exterminar por vez o profissionalismo político, corrupto, devasso, oxidado nas entranhas do poder de se valer cada vez mais da nossa omissão, para se locupletarem sem percalços ou sobressaltos.
Eleições se avizinham e, muitos devem colocar “suas barbas de molho”...
Eleitores: Tomem tenência!!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário