Krretta
A grande manchete desta semana, as letras garrafais dos jornais e revistas do ramo, os jornais televisivos, e, o que mais os leitores e leitoras podem imaginar, deram conta num grande estardalhaço, da renúncia do Sr. Ricardo Teixeira, Presidente da Confederação Brasileira de Futebol.
Conforme alguns comentários, o presidente da entidade máxima do futebol brasileiro sai pelas portas dos fundos, para se defender das denúncias de corrupção.
Em carta dirigida ao seu sucessor, Sr.José Maria Marins, de 79 anos, Vice-presidente da região sudeste, sendo o mais velho de todos os vices da entidade, portanto, o escolhido, Sr. Teixeira alega motivos de saúde para a sua saída.
Após 23 anos à frente da CBF, se diz criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias, ainda ressalta que a injustiça generalizada machuca, que o espírito é forte, mas o corpo paga a conta.
A bem da verdade, e tudo começou na imprensa em notas pequenas, davam conta do provável afastamento do Sr. Ricardo Teixeira da CBF, no entanto, também sabiam e não anunciavam abertamente o seu envolvimento em irregularidades e suspeitas, tanto nos obscuros contratos de patrocínio da Seleção quanto no seu relacionamento com os clubes brasileiros, entidades e pessoas.
Dentre os conflitos está no meio do caminho a Receita Federal quando da volta dos jogadores e delegação da Copa dos Estados Unidos, ao que os jogadores e o próprio presidente da CBF trouxeram bens não declarados no voo da Seleção.
Ainda tem o contrato não esclarecido com a patrocinadora Nike, sonegação fiscal, evasão de divisas, além de ter o seu nome e o do seu ex-sogro João Havelange, aparecerem como favorecidos em contrato de marketing da entidade com a gigante ISL, sim, aquela mesma que o Grêmio move ação na justiça.
Por assim dizer, nota-se que os problemas do Sr.Ricardo Teixeira não residem em somente problemas de saúde, mas também terá muito que responder em juízo as suspeitas e as possíveis irregularidades que deverão ser comprovadas.
Mas, o que é pior é o que está pela frente.
O sucessor do Sr. Ricardo Teixeira, como já dissemos, é o Sr. Jose Maria Marin, ex-jogador do São Paulo, advogado, malufista e político com perfil conciliador, mas, também é conhecido como Zé da Medalha, e sabem por quê?
Um episódio recente colocou o futuro presidente da CBF sob as luzes da ribalta quando câmeras de TV o flagraram embolsando uma medalha durante cerimônia de premiação da Copa São Paulo de futebol júnior, que tal? Além disso, já adiantou que não haverá na CBF uma nova administração, um novo projeto, mas, apenas e tão somente a continuação de um trabalho iniciado por seu, talvez ídolo, ou guru, Ricardo Teixeira.
Não aceitou o pedido de demissão de alguns funcionários da CBF, e a vida continua.
Mas, não podemos aceitar que a vida apenas continue, não podemos aceitar que as coisas sejam assim no Brasil, não podemos ser açoitados no próprio rosto com a improbidade administrativa, com falácias, com irregularidades e suspeitas, embora que ainda não provadas, e, deixar que o barco continue.
Estamos sendo coniventes com toda essa onda de maus exemplos, e não é de agora, de fatos imorais, revoltantes, das galhofas que os mandantes políticos e ocupantes de cargos diretivos das entidades brasileiras nos jogam descaradamente na cara e, passivamente vemos a caravana passar sem tomarmos nenhuma atitude, e, se facilitar, levam ainda algum voto nas eleições que se candidatarem, seja qual ela for, seja para que cargo for.
Até quando?
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