sexta-feira, 23 de março de 2012

O VINHO EM DISCÓRDIA

Krretta

A notícia dá conta de que o aumento das vendas de vinhos estrangeiros e o encolhimento do mercado nacional, diz-se que o setor vinícola brasileiro obteve uma vitória.
O governo federal aceitou abrir uma investigação que poderá concluir com a aplicação de restrições para as compras no exterior.
A princípio achei que haveria, também, novas regras para o Mercosul, consequentemente, as compras liberadas de artigos estrangeiros em nossas fronteiras sofreriam reduções.
Parece que não.
Para regular o mercado, medidas como o aumento do imposto de importação ou o estabelecimento de limites quantitativos por país é que poderão ser aplicadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, caso indícios de danos à indústria nacional sejam constatados.
É que no ano passado entraram em nosso país 77,6 milhões de litros de vinho estrangeiro e, por causa desses números, entidades representativas do setor solicitaram ao governo uma medida de proteção ao mercado nacional.
Mas, a notícia da tomada de medidas não encontrou eco nos consumidores e, já disseram que irão boicotar o vinho nacional.
Não sou um expert no assunto, apenas e tão somente gosto de tomar vinho, e, é lógico, primo pelos melhores produtos que posso adquirir, os quais estão nas lojas do comércio livre de nossas fronteiras.
Que outra maneira haveria de ser?
Pois bem, o que acontece e, estive falando com diversas pessoas apreciadoras desta bebida, uns mais entendidos, outros nem tanto, mas a opinião é unânime quando se fala em qualidade x preço.
Os vinhos importados, em se tratando de qualidade, no Brasil tem em seus similares um valor altamente proibitivo visto despesas de produção e impostos a serem pagos para a sua produção e comercialização.
O que se quer dizer é que o vinho importado possui uma qualidade imensamente superior e um preço extremamente acessível se for comparado com um similar brasileiro e, o vinho brasileiro que se encontra no patamar deste vinho importado em qualidade, é que tem o preço suficientemente caro as nossas pretensões.
Em síntese o brasileiro que é apreciador desta bebida e que esta em uma camada social intermediária, não consegue, seguramente, apreciar um vinho brasileiro, igual na qualidade e preço dos estrangeiros, fazendo com que prefira, em larga escala, repimpar-se nos produtos importados.
Convicto estou de que o os produtores em conjunto com o Governo Federal deveriam descobrir outras medidas que pudessem igualar a qualidade e o preço dos vinhos nacionais aos importados, então, aí sim poderiam ir ao mercado disputar de igual para igual com o Chile, a Argentina, Itália, Portugal e França, de onde chegam a maioria dos vinhos importados, a preferência por este ou aquele produto.
A discussão paira, mais do que provavelmente, depois da colheita das uvas viníferas, após o pagamento da safra, e, quando entra em produção até chegar às prateleiras das casas do ramo.
Poderíamos sim estar apreciando um bom vinho brasileiro, no entanto, no momento, ele ainda está inatingível para a classe média aqui no Brasil.
Concordam?

Nenhum comentário: