Krretta
Estamos, neste momento, quando apenas é terça-feira, dia 06 de dezembro, sendo abençoados com uma pequena precipitação pluviométrica, pois, que, devido à estiagem que vinha fazendo nos últimos dias, já deixava preocupado principalmente o homem do campo, uma vez que as culturas a serem plantadas, capinadas ou, qualquer manejo de que necessite, não encontrava guarida pela falta de umidade no solo.
Não é muito, se sabe, mas, antes pouco do que nada.
O que já não acontece nos meios políticos de nosso município visto que, de alguns dias para cá, diferentemente do marasmo das chuvas, agitam-se os mares das estratégias e negociações da arte e ciência de governar, onde “ondas” de novidades estouram na praia, trazendo consigo inúmeras conjeturas, que por certo, se espraiarão pelas areias, cheias de curiosidades.
No foco da luneta, os embates dão-se entre dois partidos que até o presente momento navegavam, muito embora por águas não tão tranquilas assim, mas, no entanto, sustentavam suas incompatibilidades em prol de um plano, um objetivo, um propósito que num determinado tempo, foi descrito como totalmente exequível e, que seria honrado sob qualquer aspecto, no afã de mais uma conquista na próxima batalha eleitoral.
Todavia, ao observar-se por esta mesma luneta, viu-se que as “naus”, agora, estavam desencontradas, e, ao desalinhar-se, parecem tomar posições antagônicas, quando de frente uma para outra, ousam se defrontarem, jogando suas cartas náuticas, que foram por todo este tempo o rumo de uma união, aos fortes ventos marinhos que sopram em águas abertas.
Defrontam-se as carrancas que ornam a proa destas embarcações.
De um lado, uma tripulação experimenta o dissabor de ver sua tranquilidade sendo abatida pelo desentendimento de seus capitães que, indiferentes, buscarão, por certo, outras correntes marinhas que lhes possam levar ao porto seguro de mais uma governabilidade, é claro, se obterem êxito em suas parcerias pela conquista destes mares.
Insensíveis, a bem da verdade, de um fisiologismo que se formou em suas esquadras pelo aconchego e sociedade nos atos e medidas que juntos praticaram ao mesclar as tripulações, até mesmo pelo senso da sobrevivência, a outra nau, de posse do bastão da capitania, vê a figura disforme da proa, provavelmente agora adversários na peleja, voltada para sua direção, no entanto, sem muito se preocupar, talvez pela troca de comando pela qual optou, e, que, em suas convicções, é capaz de sustentar a guerra com imensas probabilidades de vitória.
Enquanto isso, navios outros, que também navegam aos arredores deste mesmo mar, tranquilos, dançam ao sabor das correntezas sem se deixarem perceber por quem podem intervir a qualquer momento, mas, espreitam a contenda muito de perto, pois, com toda a certeza estarão muito em breve dentro da batalha, na mesma busca, ou seja, a do mesmo porto seguro que lhes dê a insígnia do comando, mesclando ou não tripulações, até um outro combate, seja ele por disputas internas, seja ele por cargos hierárquicos, seja ele pela soberba, pela glória ou ufanismo do poder.
Ideologismo, muito pouco ou quase nada!
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