quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

FÉRIAS

Krretta


A palavra “férias” surgiu das palavras latinas feria ou feriae, que designavam um dia de descanso entre os romanos e, mais tarde, foram ligados aos feriados de ordem religiosa.
No século III d.C., Constantino (Imperador Romano) considerou os dias da semana em seu calendário como Prima Feria, Secunda Feria, Tertia Feria, Quarta Feria, Quinta Feria, Sexta Feria e Septima Feria.
No século IV, o primeiro dia da semana mudou para Dominicus Die (Dia do Senhor) e o sétimo dia da semana se tornou sabbatu, dia em que os primeiros judeus cristãos se reuniam para orar.
A língua portuguesa foi a única que manteve feria (no nosso caso, feira) nos dias da semana.
O direito de férias foi conquistado no Brasil no início do século XX.
Desde então, todo o trabalhador tem o direito a trinta dias de descanso após 12 meses de trabalho.
Então, agora são férias, para alguns, não para todos, evidentemente.
Já os estudantes ganham, em torno de 90 dias de descanso contando os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e julho, o que já chegou a bem mais tempo, e, que também era uma grande festa, como agora, é lógico.
Mas, o que eu estava imaginando é que passou os períodos festivos de final de ano, ou seja, o Natal e o Dia da Confraternização Universal, e, para seguir a festa, logo em seguida os períodos intercalados de férias misturadas com formaturas, viagens, praias.
Será que ainda há preferência, também, pelo descanso campesino, pelo verde dos campos, gado estendido na várzea, lides campeiras, banhos de açude, pescarias de fim de tarde, bretes, mangueiras, galpão e lindas madrugadas?
Houve um tempo em que era muito comum as férias em fazendas, estâncias, chácaras, férias no campo, em troca de difíceis viagens as praias, com estradas extensas e dificultosas, muitas bagagens, e, habitualmente rodoviárias e ônibus, quando não se chegava ao Cassino, por exemplo, no velho e bom vagão do trem Minuano.
Contudo, o interessante está na maneira mais prática e eu diria, festiva, de se aproveitar o período que se dispõe sempre a ser de um dito descanso, mas, entretanto, acaba sendo um tempo de muita agitação, pois cada instante é extremamente importante de ser aproveitado.
Não adianta, são as férias que estão aí, cada vez mais vivas, cada vez mais intensas, cada vez mais presentes na vida de todos nós, pois que as atribulações cotidianas durante um ano inteiro de labuta, leva, indubitávelmente, ao homem exigir de si mesmo um tempo para uma pausa, um descanso, uma reflexão.
Por paradoxal que possa parecer, quando falamos da agitação das férias e, ao mesmo tempo suscitamos um tempo de pausa, de descanso, mas é assim mesmo.
Temos a propriedade de, na agitação, descansar.
Temos o desprendimento de aproveitar e, cada vez mais, a pausa da reflexão num turbilhão de afazeres, no entanto, coisas que se fazem com prazer, com alegria, divertimento, o que tem a propriedade de fazer esquecer-nos das responsabilidades cotidianas e sérias dos homens, das chatices dos compromissos, do trabalho, do emprego, da subsistência, enfim, desta necessidade cruel da sobrevivência em outros trezentos e trinta e cinco dias.
Um outro ano, novas férias, calma em viver, um dia após outro, devagar, descanse, tenha cuidado, prudência ao dirigir, tolerância às diferenças que existem, e, para ser feliz, muito amor no coração!
Boas Férias!
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N.A. - Ordem natural dos acontecimentos: primeiro uns, depois os outros.

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