segunda-feira, 13 de junho de 2011

POUCO OU NENHUM VALOR

Krretta


Eu não sei se esta seria a definição certa.
Demérito seria muito forte e, não estaria condizendo com a verdade.
Desinteresse, bem, quem sabe então isso, já que o tempo decorrido, a continuidade, o trivial, leva para as pessoas a certeza de que sempre as coisas, como estão acontecendo, hão de seguir acontecendo, de modo como decorre desde há muitos e muitos anos atrás, e, que, assim, vem mantendo a fórmula do sucesso.
Talvez também sucesso não esteja muito bem empregado, ou, devidamente empregado, talvez não seja a palavra pontual, pois nem sempre o sucesso chega a tempo e à hora, nos dias em que se expõe a crítica, o que é cotidiano nestes tantos anos já cumpridos.
As pessoas, decididamente ignoram a introspecção aos seus pensamentos e sentimentos, as suas palavras ditas e que, pior ainda, não foram ditas, não medem atitudes, julgam o que não presta e, legam ao esquecimento o que verdadeiramente deveria ser valorizado.
Isto é essencialmente verdade, a história não mente.
Você pensou ao menos algum minuto nestas últimas vinte e quatro horas em quem lhe ajudou em alguma coisa, em quem lhe prestou um favor, em quem lhe estendeu a mão por uma necessidade, em quem lhe disse uma palavra de carinho, lhe deu um beijo de agradecimento? Você só pensou em si, ou é totalmente desprovida de sentimentos altruístas?
Pensou em retribuir a ajuda? Pensou em uma primeira oportunidade retribuir o favor recebido? Quer restituir de uma outra maneira a necessidade suprida? Já pensou em devolver o carinho, que não seja com outro carinho, vá lá, então, com uma flor, uma visita, um aperto de mão?
Você já pensou algum dia, agradecer alguma coisa a alguém, e, lhe oferecer bem mais do que recebeu?
Retribuir-lhe a altura do que você acha que deveria receber,se estivesse no papel inverso?
Nem sempre é assim, ou, quase nunca é assim.
Outras vezes, este mesmo egoísmo, esta mesma excentricidade provida de resultados, palpáveis e, jamais divisíveis, também deixam de proferir palavras de incentivo, de conforto, de amabilidades, e, por não serem ditas, ferem o coração e a alma de seus surdos interlocutores, deixando-os como velas soltas aos ventos, seus sentimentos e agora, conceitos, sejam eles de amizade, de profissionalismo, de sentimentos tantos quantos o ser humano possa definir.
O desprovimento dos conceitos básicos de atitudes, suas abrangências, causas e efeitos, podem vir a ser extremamente consideráveis, negativamente, é claro, incomensurável quanto ou mal ou a ofensa feita a outrem, mas, que, com certeza, nunca passou pelas grelhas da sua sapiência, é bastante provável.
Não somos deste mundo para que possamos emitir julgamentos que não sejam aos desígnios dos homens com seus atos e obras, previstos nas Leis Divinas, e, que nos permitem, então, traçar destinos.
Enfim, estamos falando verdadeiramente do egoísmo das pessoas, dos seus mundos egocêntricos, dos seus segredos guardados ao bel prazer, mas contados ao ar, das suas casernas senhoriais fortificadas e ornadas pelo labor de outrem, estamos falando de quem não preza, de quem não tem apreço ao que lhe rodeia, estamos falando de quem construiu falsas fortalezas baseadas na história passada, e, nada fazem em sentido de outras atitudes qual sejam a de valorizar quem lhes trouxe novos ventos e favoráveis, determinando o porto, seguro e testemunha do seu sucesso!
Se cada uma soubesse do seu amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios?
Acho que estou cansando...
-:-

“Leia, não para contradizer nem para acreditar; mas para ponderar e considerar”
Francis Bacon – escritor inglês

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