QUANTAS MAIS “RAZÕES” AINDA VÃO
CRIAR?
Beto Carretta
Já conversamos aqui
sobre as abstenções, não é mesmo?
Porto
Alegre foi a campeã entre as capitais brasileiras, com 34,83% e, são as mais
diversas razões, entre elas o total descrédito com a política e os políticos,
as enchentes, a perda de documentos, entre tantas outras.
Vejam
que isso não é coisa só de gaúchos, pois estes dados se repetiram por todo esse
Brasil afora, mesmo sem enchentes e tal e coisa...
Também
aqui, e a grande imprensa tenta amenizar dizendo que não, mas a opinião de seus
jornalistas com direito a expressar suas “razões” nas colunas de jornais,
revistas, rádios, etc. e tal, na grande maioria das vezes são absolutamente
tendenciosas, só não vê (escuta), quem não quer.
É
o tal de querer tapar o sol com peneira...
Com
o avanço claro, límpido, absoluto nestas últimas eleições da tendência
centro-direita, ficou claro que os perdedores se utilizaram de conceitos
ultrapassados, estratégias pífias, papos embusteiros e enrolação, uma vez os
resultado raquíticos de que foram contemplados.
É
uma crise de identidade?
Eu
diria que, por muito tempo se disseram navegar junto às forças populares,
todavia hoje, estão muito distantes, tanto é verdade que o povo não se
identifica mais com estas correntes políticas e, em sendo assim, notou-se a
ausência, principalmente, da periferia das cidades junto a eles.
Os
dirigentes destas tendências, ainda hoje, desdenham das massas religiosas,
tratam a família como um valor segregado, alienável, um bem que não merece
consideração, negligenciam a criminalidade, convivem diretamente com a
corrupção, mesmo que não admitam, além de taxarem a vida dos brasileiros com
cargas irresponsáveis de impostos e mais impostos.
Segundo
palavras de um ministro deste governo, disse ele que a esquerda não tem sonhos,
todavia e na mesma balada ofendeu seus opositores afirmando que “palhaços da
extrema direita ocuparam o picadeiro”.
Perdem-se
em suas “razões”.
Tentam
construir o que não tem respaldo, pois que a vitória amassadora da
centro-direita, os votos brancos, nulos e a abstenção aí estão para dar
conformidade a tudo isso, ou seja, a esquerda “desandou”.
Eles
não perceberam que o mundo mudou, as ideias antes propagadas sobre um
socialismo/comunismo pífio, deixou de existir, ao menos para as pessoas
inteligentes que, não toleram mais um governo de si e para si, com o trabalho
dos outros.
Eles,
dentro das suas concepções, erradamente construíram uma guerra neurótica e
ferrenha contra uma realidade que aí está posta.
Vestem-se
dos personagens de Miguel de Cervantes, Dom Quixote, Sancho Pança, Dulcinéia e
Rocinante...
Trouxeram
em seus discursos, “os que mais precisam”, todavia o povo percebeu que estavam
falando deles mesmos.
Todavia,
este mesmo povo atentou, compreendeu e, mudou o que estava à caminho de um
sistema totalmente ultrapassado, obsoleto, superado e que está à beira do
abismo em outras paragens.
Suas
“razões” pela derrota, agora, estão por aí e em todos os noticiários, como o
aumento da criminalidade, a fome, a inflação, os preços nas gôndolas dos
supermercados, os escândalos de corrupção, tal qual o “comércio de sentenças”
em nosso falido judiciário.
Estilingues
e bolas de gude, todos sabem, não são “armas” usadas para dar um golpe de estado, muito menos um
tubo de batom.
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