domingo, 3 de novembro de 2024

 

QUANTAS MAIS “RAZÕES” AINDA VÃO CRIAR?

 

                                                                                   Beto Carretta

 

 

          Já conversamos aqui sobre as abstenções, não é mesmo?

          Porto Alegre foi a campeã entre as capitais brasileiras, com 34,83% e, são as mais diversas razões, entre elas o total descrédito com a política e os políticos, as enchentes, a perda de documentos, entre tantas outras.

          Vejam que isso não é coisa só de gaúchos, pois estes dados se repetiram por todo esse Brasil afora, mesmo sem enchentes e tal e coisa...

          Também aqui, e a grande imprensa tenta amenizar dizendo que não, mas a opinião de seus jornalistas com direito a expressar suas “razões” nas colunas de jornais, revistas, rádios, etc. e tal, na grande maioria das vezes são absolutamente tendenciosas, só não vê (escuta), quem não quer.

          É o tal de querer tapar o sol com peneira...

          Com o avanço claro, límpido, absoluto nestas últimas eleições da tendência centro-direita, ficou claro que os perdedores se utilizaram de conceitos ultrapassados, estratégias pífias, papos embusteiros e enrolação, uma vez os resultado raquíticos de que foram contemplados.

          É uma crise de identidade?

          Eu diria que, por muito tempo se disseram navegar junto às forças populares, todavia hoje, estão muito distantes, tanto é verdade que o povo não se identifica mais com estas correntes políticas e, em sendo assim, notou-se a ausência, principalmente, da periferia das cidades junto a eles.

          Os dirigentes destas tendências, ainda hoje, desdenham das massas religiosas, tratam a família como um valor segregado, alienável, um bem que não merece consideração, negligenciam a criminalidade, convivem diretamente com a corrupção, mesmo que não admitam, além de taxarem a vida dos brasileiros com cargas irresponsáveis de impostos e mais impostos.

          Segundo palavras de um ministro deste governo, disse ele que a esquerda não tem sonhos, todavia e na mesma balada ofendeu seus opositores afirmando que “palhaços da extrema direita ocuparam o picadeiro”.

          Perdem-se em suas “razões”.

          Tentam construir o que não tem respaldo, pois que a vitória amassadora da centro-direita, os votos brancos, nulos e a abstenção aí estão para dar conformidade a tudo isso, ou seja, a esquerda “desandou”.

          Eles não perceberam que o mundo mudou, as ideias antes propagadas sobre um socialismo/comunismo pífio, deixou de existir, ao menos para as pessoas inteligentes que, não toleram mais um governo de si e para si, com o trabalho dos outros.

          Eles, dentro das suas concepções, erradamente construíram uma guerra neurótica e ferrenha contra uma realidade que aí está posta.

          Vestem-se dos personagens de Miguel de Cervantes, Dom Quixote, Sancho Pança, Dulcinéia e Rocinante...

          Trouxeram em seus discursos, “os que mais precisam”, todavia o povo percebeu que estavam falando deles mesmos.

          Todavia, este mesmo povo atentou, compreendeu e, mudou o que estava à caminho de um sistema totalmente ultrapassado, obsoleto, superado e que está à beira do abismo em outras paragens.

          Suas “razões” pela derrota, agora, estão por aí e em todos os noticiários, como o aumento da criminalidade, a fome, a inflação, os preços nas gôndolas dos supermercados, os escândalos de corrupção, tal qual o “comércio de sentenças” em nosso falido judiciário.

          Estilingues e bolas de gude, todos sabem, não são “armas” usadas  para dar um golpe de estado, muito menos um tubo de batom.

 

          

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