TRAGÉDIA NO ESPORTE
Beto Carretta
Eram
jovens.
Tinham
uma vida pela frente e um futuro brilhante, pois escolheram o esporte como
instrumento das suas aspirações.
Escrevo
esta coluna quando são exatamente 07h51m, do dia 22/10/2024 e, neste exato
momento, famílias de sete jovens, de um coordenador e de um motorista, lamentam
profundamente suas partidas, precocemente, mas, com toda a certeza e, quero
muito crer nisso, devem estar ao lado do Nosso Criador.
Foi
um acidente terrível.
Mas,
me sinto confortado, porque tudo nesta vida são os desígnios de Deus e, nada
acontece por acaso, a não ser por Sua vontade.
Após
conquistar sete medalhas no remo, em SP, equipe de Pelotas-RS, mais
precisamente do projeto social Remar para o Futuro, sofreram um acidente no
litoral paranaense, na BR-376, em Guaratuba, onde morreram nove pessoas.
Não
só o Brasil, como o Rio Grande do Sul, Pelotas e todos nós, estamos
consternados com o acontecido, pois que, além do coordenador do projeto, do
motorista da van que transportava os atletas, sete jovens entre 15 e 20 anos,
pereceram neste fatídico acidente.
Lamentável.
Muito
mais estou desolado porque também, lá na década de 1970, eu muito participei
destas excursões para competir em outras cidades, quando viajávamos de ônibus
para estes encontros.
Foram
inúmeros JIRGS, intercâmbios, campeonatos, torneios, e lá estávamos nós
competindo.
Dormíamos
em hotéis, em alojamentos dos quartéis do exército, em escolas públicas das
cidades, enfim, passei por tudo aquilo que na minha juventude e como atleta de
vôlei e basquete, acontecia.
Hora
ou outra, o ônibus estragava, a kombi (naquela época não existia van) pifava e,
geralmente em estradas de chão batido, lá ficávamos nós empenhados, mas sempre
com muito bom humor, pois a juventude nos dava esta leveza, principalmente, nos
percalços da vida de atleta.
E,
olhando para toda essa tragédia, não custa nada, ainda hoje, levantar as mãos e
dar Graças a Deus, por termos passados incólumes por toda essas nossas
jornadas.
Quem
viveu estes momentos de atleta, sabem muito bem de tudo isso que falo, das
viagens, dos veículos de transporte que nos carregavam, dos percalços que
passávamos, dificuldades que vivíamos, mas que o amor pelo esporte ajudava-nos,
e muito, a transpor tudo isso e, mais, muito mais, sempre voltamos são e salvos
para as nossas casas.
Todavia,
estamos muito tristes, pois o momento agora, lá em Pelotas-RS, no Centro
Português, familiares, amigos, companheiros do remo e, tenho certeza de todos
os outros esportes, lamentam profundamente a perda de todos esses atletas, do
coordenador do projeto e do motorista, pois nos deixaram abruptamente, fazendo
o que lhes era prazeroso: competir.
Eis o consolo.
Ficam
em nossas memórias para sempre, do mesmo jeito que sete medalhas vão
representar todo o esforço, a competitividade e o brilhantismo destes
extraordinários atletas, sendo que podemos afirmar, com toda certeza, perderam
as suas vidas no esporte e pelo esporte.
Estamos
todos de luto.
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