Como é TÃO TRISTE...
(Coluna Agenda)
Beto Carretta
...a
despedida, também, aos animais de estimação.
Tenho
visto e tenho lido tanta história triste destes casos, que não tem como não se
emocionar.
Daí,
minha imaginação viaja aos confins dos relacionamentos homem/animal e de todo o
tempo em que conviveram, por suas mãos ou relatos e, tomo-me de uma grande
tristeza ao lembrar que se separaram.
Não
é nada fácil, a gente sabe.
Os
animais entram em nossas vidas como qualquer outro ser vivo, é bem verdade, e,
com o passar do tempo, nos tomam em sentimentos de amor e companheirismo, que,
ao partirem, nos deixam totalmente prostrados.
Por
diversas vezes isso já aconteceu comigo, pois que cachorros sempre estiveram na
minha vida, como tais momentos de separação definitiva também já aconteceram.
É
doído.
São
tantas as nuances e sentimentos que nos deixam deveras tristes, quando a morte é
a separação definitiva de todo esse convívio.
Mas,
e quando você tem que se despedir do seu cão ou gato, por não poder levá-los?
Sem
nem mesmo que eles tenham partido para nunca mais voltar...
Também
acontece.
Recentemente
li pelas redes sociais de uma pessoa, tutora de dois cães machos, da raça
Maltês, que foi obrigada a deixar no Brasil pois que estava de viagem
definitiva para o Canadá e, não lhe foi permitido levá-los.
Vi
a foto dos animais...sozinhos...
Não
preciso lhes dizer que meus olhos se encheram de lágrimas e percebi todo o
abandono que aqueles animais estavam sentindo naquela hora.
Eram
dois machos, castrados, vacinados, lindos...
Mas
seus olhos (dos cachorros), naquela foto, demonstravam uma tristeza tão
grande...imaginem...nunca mais iam ver os seus tutores, nunca mais teriam eles
por perto...nunca mais...cheios de vida e saúde...o quanto dói tudo isso...
...para
todos...os tutores, os cães, e, para mim também, porque hoje, na idade em que
já estou, as emoções estão em todos os lugares, é verdade.
Li,
também, que um jornalista que tinha um lindo gato de estimação, siamês, depois
de 18 anos de convívio, notou que um dia ele ficou com as pernas bambas, e não
conseguia mais ficar de pé...se deitou (o gato) e olhou para ele tristemente.
Ficou
ali de plantão à noite toda e, vendo-o definhar aos poucos, pela manhã ao ir
para o trabalho, lhe disse, com muito carinho e afeto:
- Amigo, muito obrigado por todos
estes bons momentos que convivemos – e saiu para trabalhar.
Ao
voltar, o bichano tinha partido.
Doutra
feita, e foi a minha própria irmã, com seu vira-lata de estimação, acometido de
uma paralisia total, sem poder se locomover para nada, foi aconselhada pela
veterinária a permitir a eutanásia.
E,
fui eu que a tive que levar para a clínica, com o Bobi, para deixá-lo partir...
Nossa
viagem foi em prantos, ainda mais quando fitávamos os seus olhinhos, talvez nos
consolando, talvez...
Ele
ia embora, aquela era a sua última viagem, aquele era os nossos momentos
derradeiros com ele...nem quis entrar na clínica e deixei a tarefa de alcançar
o Bobi nas mãos da veterinária, para a minha irmã.
Não
queria ter esse momento na retina das minhas recordações.
Ela
entrou no carro de volta, nos abraçamos e choramos um bom bocado...
E
o Bobi até hoje está em nossas lembranças...
Como
tudo isso é tão triste...!!!
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