MISCELÂNEA
OS PARTIDOS NÃO CONTAM
(Coluna de Opinião)
Beto Carretta
Contam?
E
onde estão as ideologias? A história, as realizações, os nomes que ficaram? E
os compromissos?
Tudo,
mas tudo mesmo somente no papel e o papel aceita tudo.
O
que, aqui do outro lado, apenas se vê é fundo eleitoral, fundo partidário,
fundos sem fundos...
Uma
lástima, pelos perdulários do nosso dinheiro.
Quer
se queira ou não, já está aí nas ruas os “tapinhas nas costas”, os apertos
flácidos de mão, e a lábia corriqueira do “vota em mim” porque eu fiz ou vou
fazer...
Complicado
e muito constrangedor para os eleitores.
Eu
fico imaginando e, sou completamente a favor do “voto não obrigatório”.
Só
assim livra o eleitor honesto, bem-intencionado e ciente de suas obrigações
comunitárias de querer ou não votar, de ter ou não um candidato para chamar de
seu, e, de dizer “na lata” para quem deve ouvir: eu não vou votar! – como se
dissesse que não havia ali nenhum candidato de sua preferência.
Todavia,
sim e é evidente que existe o voto em branco, e quem é que disse que ele (o
voto em branco) não vale?
Não
vale para o cômputo total, pois não é somado, mas vale sim e muito pelo
protesto, pela repulsa, pela insatisfação das opções existentes.
Isso
os políticos profissionais detestam.
Ah,
mas vai dar aos outros a oportunidade de eles elegeram quem eles querem, por
sua ausência, por sua não escolha em nomes disponibilizados ..., porém, logo
ali e como é de praxe, a resposta vai estar na ponta da língua: - eu não votei
nesses aí, aliás, eu votei em branco, portanto, não me acusem, não me
incriminem pelas circunstâncias.
A
bem da verdade, os candidatos trazem na testa os nomes de seus partidos e,
neste contexto é que são ojerizados, abominados e é justamente aqui onde
encontramos o título desta crônica: os partidos não contam.
Onde
é que está aquela proposta de que candidatos não precisariam de partidos para
se candidatarem?
O
todo o que vale, e em tal circunstâncias, ou seja, nestas eleições onde você
vai escolher o seu vereador ou prefeito, se é que você não vai votar em branco
ou anular o seu voto, são as pessoas.
Neste
momento entram diversos fatores, como por exemplo, quem é que você tem amizade,
quem é que você, se precisar, pode contar, quem é que entrega a você confiança,
entrega segurança, quem já provou sua honestidade, quem tem uma vida pregressa
sem manchas, quem é que demonstra ou demonstrou vontade de trabalhar e, não
apenas e tão somente querer um “salário”?
E,
é exatamente por tudo isso que os partidos não contam, o que conta mesmo é a
pessoa a quem você vai endereçar toda a sua confiança, entregar toda a sua
expectativa no seu futuro e dos seus, a esperança de melhores dias para si e para
toda a comunidade.
O
ato de votar é isso, ou seja, ficar o tempo todo se equilibrando entre as
escolhas e as consequências, por isso, o valor do seu voto, o valor da pessoa de
sua preferência, se é que existe.
As
pessoas são importantes, você é importante...principalmente aquelas que não só
tem o conhecimento, mas, possuem o coração cheio de amor, prontas para ouvir e
ter as mãos para ajudar.
Lembrem-se
disso.
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