quarta-feira, 28 de agosto de 2024


 



MISCELÂNEA


OS PARTIDOS NÃO CONTAM

(Coluna de Opinião)

 

                                                                                                               Beto Carretta

 

         Contam?

         E onde estão as ideologias? A história, as realizações, os nomes que ficaram? E os compromissos?

         Tudo, mas tudo mesmo somente no papel e o papel aceita tudo.

         O que, aqui do outro lado, apenas se vê é fundo eleitoral, fundo partidário, fundos sem fundos...

         Uma lástima, pelos perdulários do nosso dinheiro.

         Quer se queira ou não, já está aí nas ruas os “tapinhas nas costas”, os apertos flácidos de mão, e a lábia corriqueira do “vota em mim” porque eu fiz ou vou fazer...

         Complicado e muito constrangedor para os eleitores.

         Eu fico imaginando e, sou completamente a favor do “voto não obrigatório”.

         Só assim livra o eleitor honesto, bem-intencionado e ciente de suas obrigações comunitárias de querer ou não votar, de ter ou não um candidato para chamar de seu, e, de dizer “na lata” para quem deve ouvir: eu não vou votar! – como se dissesse que não havia ali nenhum candidato de sua preferência.

         Todavia, sim e é evidente que existe o voto em branco, e quem é que disse que ele (o voto em branco) não vale?

         Não vale para o cômputo total, pois não é somado, mas vale sim e muito pelo protesto, pela repulsa, pela insatisfação das opções existentes.

         Isso os políticos profissionais detestam.

         Ah, mas vai dar aos outros a oportunidade de eles elegeram quem eles querem, por sua ausência, por sua não escolha em nomes disponibilizados ..., porém, logo ali e como é de praxe, a resposta vai estar na ponta da língua: - eu não votei nesses aí, aliás, eu votei em branco, portanto, não me acusem, não me incriminem pelas circunstâncias.

         A bem da verdade, os candidatos trazem na testa os nomes de seus partidos e, neste contexto é que são ojerizados, abominados e é justamente aqui onde encontramos o título desta crônica: os partidos não contam.

         Onde é que está aquela proposta de que candidatos não precisariam de partidos para se candidatarem?

         O todo o que vale, e em tal circunstâncias, ou seja, nestas eleições onde você vai escolher o seu vereador ou prefeito, se é que você não vai votar em branco ou anular o seu voto, são as pessoas.

         Neste momento entram diversos fatores, como por exemplo, quem é que você tem amizade, quem é que você, se precisar, pode contar, quem é que entrega a você confiança, entrega segurança, quem já provou sua honestidade, quem tem uma vida pregressa sem manchas, quem é que demonstra ou demonstrou vontade de trabalhar e, não apenas e tão somente querer um “salário”?

         E, é exatamente por tudo isso que os partidos não contam, o que conta mesmo é a pessoa a quem você vai endereçar toda a sua confiança, entregar toda a sua expectativa no seu futuro e dos seus, a esperança de melhores dias para si e para toda a comunidade.

         O ato de votar é isso, ou seja, ficar o tempo todo se equilibrando entre as escolhas e as consequências, por isso, o valor do seu voto, o valor da pessoa de sua preferência, se é que existe.

         As pessoas são importantes, você é importante...principalmente aquelas que não só tem o conhecimento, mas, possuem o coração cheio de amor, prontas para ouvir e ter as mãos para ajudar.

         Lembrem-se disso.




 

 

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