quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020


MUDANÇA DE ATITUDE

                                                                                                                                                                                                                  Krretta

A Constituição Brasileira no artigo 227, assegura a proteção integral à criança e ao adolescente:
"É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."
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Segundo o ECA (artigo 53), “a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”.
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            Estamos falando em educação, por outro viés, e que tenho absoluta certeza ser o momento próprio.
            Depois de escrever a coluna da semana retrasada, com o título “Caderno Novo”, pus-me a refletir: Afinal, será mesmo que todas as crianças conseguem ao menos ter 1 caderno novo?
            Alguma coisa do passado me toca o coração e a consciência...
            A vida está bem mais difícil do que outrora, as necessidades são bem outras, muito mais do que ainda se podia crer logo ali no século XX.
            A vida se modernizou rapidamente e, com ela trouxe apêndices que até então não existiam, os quais somaram-se ao que já se tinha.
            Tanto a Constituição Federal, como o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), asseguram, como vocês podem observar, o direito destas crianças e adolescente ao acesso à educação.
            Que bom que assim fosse.
            Mas sabemos que “entre o mar e a terra...”, além de vagas, falta de professores e todas as mazelas que envolvem a educação neste país, está o orçamento familiar.
            Abaixo da crítica (a renda familiar), temos por obrigação desnudar mais esta verdade e, fica assim exposta a ingenuidade em falar de caderno novo, que seja ou que fosse ao menos um(1), quando existem famílias com mais de três crianças no colégio e não possuem uma renda mínima que lhe dê, ao menos, as condições básicas de vida.
            E o que estamos fazendo?
            A vida escolar logo em seguida volta em sua plenitude, e os estudantes precisam de um novo material escolar, e, nele está embutido o “caderno novo”.
Como estão as crianças carentes de nossa cidade neste quesito?
E o que estamos fazendo?
Onde estão os clubes de serviço, as entidades de classe, a própria Prefeitura e suas secretarias de Educação e Ação Social...?
E a “tranquila” Câmara de Vereadores?
Ao menos até agora não se viu nenhum “barulho” ...
Falo e pergunto por conhecimento de causa e, tive o prazer de fazer algumas campanhas de material escolar no saguão do Banco do Brasil, onde colocamos algumas caixas e disponibilizamos, em parceria com uma loja de material escolar, uma banca para que o nosso cliente pudesse comprar o material a ser doado, sem sair do própria banco.
Difícil? Cansativo? Trabalhoso?
Longe disso...fácil, leve e prazeroso poder ajudar as nossas crianças carentes.
Atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença.
Vejo como o início de uma grande mudança de atitude, o que está acontecendo aqui na nossa Encruzilhada: “AmeJuju”.
Esta peregrinação não só nos despertou para o coletivo, como está nos ensinando que juntos somos mais fortes, mais poderosos e que tudo deixa de ser “o impossível”, e passa a se tornar “o viável”.
Juju, por si só, se tornou uma grande lição de vida para nós.
Despertemos também para a Campanha do Material Escolar, do Agasalho, o Banco de Alimentos, para a Apae, Asilos, Natal Solidário e, de tantas e tantas outras necessidades alheias que podem ser exequíveis, basta querermos.
Mude de atitude, e você poderá mudar o curso da História.



           




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