LER: EIS A QUESTÃO
Krretta
A
notícia: o índice de leitura no Brasil caiu assustadoramente.
Agora,
em que acontecem em muitas cidades brasileiras as Feiras do Livro, é necessário
também que o problema venha para um debate mais sério, onde tenhamos soluções
práticas e imediatas.
Mesmo
que este assunto já tenha transitado por aqui, nada nos custa voltarmos ao
tema, uma vez que ele é empolgante, face à leitura ser um dos caminhos mais
curtos para o conhecimento, ao mesmo tempo em que é cada vez menos acessível a
quem tem vontade de ler.
Muito
embora o analfabetismo tenha decrescido no território nacional, vez que os
governos, morosamente, se dão conta do absurdo que cometem pelos valores
investidos na educação e, ainda quando investem, muitas das vezes consomem-se
por entre corredores das casas executivas que mais parecem naus descontroladas,
mesmo assim ainda estamos muito distantes do desejado para este país
continental.
Pois
bem, então por que os brasileiros estão lendo menos, ou melhor, diminuíram o
consumo de livros, e, pela tendência, vemos o gráfico cada vez mais
apresentar-se negativo?
A
bem da verdade sente-se um desapreço dos brasileiros a leitura tradicional, e
isto tem um motivo, ou alguns motivos.
O
número 1, sem sombra de dúvidas é o preço dos livros nas bancas e lojas
especializadas no assunto (impostos, dizem eles...).
Muito, também, se deve
ao largo consumismo de informações junto às redes sociais, isto é um fato, e,
dele não podemos nos afastar, por ser real e pertencer, seguramente ao nosso
dia-a-dia, o que não quer dizer qualidade e suficiência para uma possível
transformação na vida de cada praticante virtual.
É
preciso que se estabeleça a importância da leitura na vida de cada um,
principalmente como fator de transformação, de entendimento, de descobertas,
enfim, o fato de ler faz com que haja uma maior interação entre pensamentos e
verdades das coisas que nos cercam e, também, daquilo que consideramos
desconhecido, pois está nas palavras, e, não na decifração de signos, a
interpretação dos fatos.
Pois
com toda a retórica, e com uma eloquência robusta, os caminhos de uma boa
leitura, de um bom livro, de um resumo crítico e, de autores admirados, deveriam
ser facilitados, pois, ainda assim estaríamos bastante longe da tão propalada
cultura que todos almejamos, visto o longo tempo em que estivemos alijados.
Sinceramente,
sempre voltamos para o mesmo ponto de partida, voltamos para o princípio de
tudo, qual não seja de que os livros continuam caros o suficiente para que não
tenhamos acesso a tão buscado crescimento intelectual e, portanto, as pesquisas
não poderiam dizer outra coisa senão o que retratam.
Bibliotecas? Não temos o costume de frequentar tal
ambiente, ainda assim e, muito embora o governo pretensiosamente tente
muni-las, em sua maioria estão desatualizadas quanto às obras recentes e, estas
é que são atrativas aos olhos ávidos dos leitores.
Por fim, nada melhor que ter um livro a sua
disposição para ler ao tempo que puder e quiser, sem dia e nem hora estipulada
para a sua devolução, não é verdade?
Não
podemos dizer que os brasileiros são desinteressados pela leitura, ao menos
enquanto não for proporcionado ao povo livros com preços acessíveis a realidade
do salário nacional, pois é exatamente assim que não existe o incentivo
necessário para que todos possamos usufruir desta transformação e capacitação
para entender o mundo.
A
resposta nua e crua está nas feiras de livros e, nos balaios de promoção...
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