quarta-feira, 18 de setembro de 2019


                                                                                                                     
                                   
LER: EIS A QUESTÃO

                                                                                                                                                                                                      Krretta

            A notícia: o índice de leitura no Brasil caiu assustadoramente.
            Agora, em que acontecem em muitas cidades brasileiras as Feiras do Livro, é necessário também que o problema venha para um debate mais sério, onde tenhamos soluções práticas e imediatas.
            Mesmo que este assunto já tenha transitado por aqui, nada nos custa voltarmos ao tema, uma vez que ele é empolgante, face à leitura ser um dos caminhos mais curtos para o conhecimento, ao mesmo tempo em que é cada vez menos acessível a quem tem vontade de ler.
            Muito embora o analfabetismo tenha decrescido no território nacional, vez que os governos, morosamente, se dão conta do absurdo que cometem pelos valores investidos na educação e, ainda quando investem, muitas das vezes consomem-se por entre corredores das casas executivas que mais parecem naus descontroladas, mesmo assim ainda estamos muito distantes do desejado para este país continental.
            Pois bem, então por que os brasileiros estão lendo menos, ou melhor, diminuíram o consumo de livros, e, pela tendência, vemos o gráfico cada vez mais apresentar-se negativo?
            A bem da verdade sente-se um desapreço dos brasileiros a leitura tradicional, e isto tem um motivo, ou alguns motivos.
            O número 1, sem sombra de dúvidas é o preço dos livros nas bancas e lojas especializadas no assunto (impostos, dizem eles...).
Muito, também, se deve ao largo consumismo de informações junto às redes sociais, isto é um fato, e, dele não podemos nos afastar, por ser real e pertencer, seguramente ao nosso dia-a-dia, o que não quer dizer qualidade e suficiência para uma possível transformação na vida de cada praticante virtual.
            É preciso que se estabeleça a importância da leitura na vida de cada um, principalmente como fator de transformação, de entendimento, de descobertas, enfim, o fato de ler faz com que haja uma maior interação entre pensamentos e verdades das coisas que nos cercam e, também, daquilo que consideramos desconhecido, pois está nas palavras, e, não na decifração de signos, a interpretação dos fatos.
            Pois com toda a retórica, e com uma eloquência robusta, os caminhos de uma boa leitura, de um bom livro, de um resumo crítico e, de autores admirados, deveriam ser facilitados, pois, ainda assim estaríamos bastante longe da tão propalada cultura que todos almejamos, visto o longo tempo em que estivemos alijados.
            Sinceramente, sempre voltamos para o mesmo ponto de partida, voltamos para o princípio de tudo, qual não seja de que os livros continuam caros o suficiente para que não tenhamos acesso a tão buscado crescimento intelectual e, portanto, as pesquisas não poderiam dizer outra coisa senão o que retratam.
             Bibliotecas?  Não temos o costume de frequentar tal ambiente, ainda assim e, muito embora o governo pretensiosamente tente muni-las, em sua maioria estão desatualizadas quanto às obras recentes e, estas é que são atrativas aos olhos ávidos dos leitores.
 Por fim, nada melhor que ter um livro a sua disposição para ler ao tempo que puder e quiser, sem dia e nem hora estipulada para a sua devolução, não é verdade?
            Não podemos dizer que os brasileiros são desinteressados pela leitura, ao menos enquanto não for proporcionado ao povo livros com preços acessíveis a realidade do salário nacional, pois é exatamente assim que não existe o incentivo necessário para que todos possamos usufruir desta transformação e capacitação para entender o mundo.
            A resposta nua e crua está nas feiras de livros e, nos balaios de promoção...


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