terça-feira, 8 de janeiro de 2019


PILHÉRIO NO RÉVEILLON

                                                                                                    Krretta

- Carretta véio, resolvi passar as “entradas” esse ano, na praia.
- Sabe como é, a mulher véia pediu e eu resolvi fazer uma surpresa para ela, e fui.
- Carretta véio, que loucura...
- Que legal Pilhério, ao menos atendestes ao pedido da tua senhora, isso é muito louvável. E, pelo visto gostastes?
- Carretta véio, que loucura...
- Sim, eu sei, os fogos de artifícios são muito lindos, cumprir os rituais para se ter um bom ano também é legal, e, amigo Pilhério, estar na praia já é um privilégio. Vai dizer que não?
- Pilhério, gabaritou as simpatias?
- Que simpatias?Carretta véio, que loucura, mas não é o que tu tá pensando, é loucura mesmo, loucura de loucura!
- Tchê, Carretta véio, eu tava tão feliz que ia proporcionar para minha esposa momentos inesquecíveis, o que não deixaram de ser, mas ao contrário, foram momentos inesquecíveis de verdadeiro suplício.
- Mas, o que houve, Pilhério?
- Tchê, a tortura começou quando entramos na BR 290, que, por favor, está intransitável.
- É buraco para tudo que é lado, na frente, em cima, em baixo, é um Deus nos acuda.
- Depois, já na entrada daquela tal de freeway, a coisa empacou e não teve cristão que fizesse andar... ali ficamos naquele vai mas não vai por mais de hora,,,
- Só andou mesmo quando passamos no pedágio, pois é de graça e de graça todo mundo adora, só que agora, ali a velocidade mínima é de 40 km/h, e eu passei a 60 km/h, adivinha... fui multado.
- Mas, tudo bem, pensamento positivo, é um novo ano que chega, vamos aproveitar a praia, esquece a multa (só que depois tem que pagar)...
- Depois de uma longa viagem chegamos na praia, e eu, prevenido que sou, resolvi passar “de vereda” no supermercado para pegar uma cervejinha, uma carne de porco, uma farofinha e algumas frutas para a comemoração.
- Quem disse que tinha lugar no pátio do maldito supermercado?
- Tive que estacionar a quatro quadras adiante.
- Bueno, não há de ser nada, espírito de festa, espírito de festa...
- Chegamos no supermercado e já na porta não tinha nem carrinho e nem cestinha para carregar os produtos a serem comprados.
- Fila para esperar carrinho ou cestinha, de tanta gente que tinha.
-Meia hora.
- Então, já que a coisa tá assim, vamos direto na cervejinha, afinal de contas e nestas circunstâncias, é melhor prevenir... não tinha mais!
- Corre na fila da carne para garantir o porquinho... vinte e cinco pessoas na frente.
- Farinha não tem mais, grita alguém de lá.
- Frutas, frutas, frutas já é alguma coisa... sobrou só bananas.
- Tá bom, então vamos a um restaurante,
- Carretta véio, tava pior que velório de prefeito... nem um lugar para sentar e muito menos lista de espera
- Vamos passar num açougue, quem sabe se arranja alguma coisa... fechado.
- Calma, vamos manter a calma.
- Padaria!!! Só bolacha da semana passada.
- Vamos até o apartamento alugado e lá estudamos um jeito de contornar esta situação, tomamos um banho e refrescamos a “cachola”.
- O apartamento não tinha mais água. Água, praia, praia, quiosque...Foi então que me lembrei dos quiosques da praia e, bingo!!
- Não deu outra. Tinha aquelas cervejinhas pequenas, a tal da long neck, e comprei, cara mais comprei.
- Só não tinha gelada, ainda estavam nos fardinhos, paguei 18 pilas por cada uma e me fui gelar no apartamento.
- Carretta véio, tu acredita que faltou luz?
- Ir na “casinha” nem pensar!
- Carretta véio, que loucura...
- Então, para o mal dos pesares, me mandei de manhã do mesmo dia 01 de janeiro para as casas, de volta, e amarguei um engarrafamento já na saída da praia... calor de rachar...sem andar um milímetro...faltou água até prá beber...cheguei ás 23 horas da noite na nossa abençoada Encruzilhada do Sul.
- Não há de ser nada, amigo Pilhério, ano que vem tu vai de novo!
- **&¨%$#@+**!!!

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