PILHÉRIO NO RÉVEILLON
Krretta
-
Carretta véio, resolvi passar as “entradas” esse ano, na praia.
-
Sabe como é, a mulher véia pediu e eu resolvi fazer uma surpresa para ela, e
fui.
-
Carretta véio, que loucura...
- Que
legal Pilhério, ao menos atendestes ao pedido da tua senhora, isso é muito louvável.
E, pelo visto gostastes?
-
Carretta véio, que loucura...
-
Sim, eu sei, os fogos de artifícios são muito lindos, cumprir os rituais para
se ter um bom ano também é legal, e, amigo Pilhério, estar na praia já é um
privilégio. Vai dizer que não?
-
Pilhério, gabaritou as simpatias?
- Que
simpatias?Carretta véio, que loucura, mas não é o que tu tá pensando, é loucura
mesmo, loucura de loucura!
-
Tchê, Carretta véio, eu tava tão feliz que ia proporcionar para minha esposa
momentos inesquecíveis, o que não deixaram de ser, mas ao contrário, foram
momentos inesquecíveis de verdadeiro suplício.
-
Mas, o que houve, Pilhério?
-
Tchê, a tortura começou quando entramos na BR 290, que, por favor, está intransitável.
- É
buraco para tudo que é lado, na frente, em cima, em baixo, é um Deus nos acuda.
-
Depois, já na entrada daquela tal de freeway, a coisa empacou e não teve
cristão que fizesse andar... ali ficamos naquele vai mas não vai por mais de
hora,,,
- Só
andou mesmo quando passamos no pedágio, pois é de graça e de graça todo mundo
adora, só que agora, ali a velocidade mínima é de 40 km/h, e eu passei a 60
km/h, adivinha... fui multado.
-
Mas, tudo bem, pensamento positivo, é um novo ano que chega, vamos aproveitar a
praia, esquece a multa (só que depois tem que pagar)...
-
Depois de uma longa viagem chegamos na praia, e eu, prevenido que sou, resolvi
passar “de vereda” no supermercado para pegar uma cervejinha, uma carne de
porco, uma farofinha e algumas frutas para a comemoração.
-
Quem disse que tinha lugar no pátio do maldito supermercado?
-
Tive que estacionar a quatro quadras adiante.
-
Bueno, não há de ser nada, espírito de festa, espírito de festa...
-
Chegamos no supermercado e já na porta não tinha nem carrinho e nem cestinha
para carregar os produtos a serem comprados.
-
Fila para esperar carrinho ou cestinha, de tanta gente que tinha.
-Meia
hora.
-
Então, já que a coisa tá assim, vamos direto na cervejinha, afinal de contas e
nestas circunstâncias, é melhor prevenir... não tinha mais!
-
Corre na fila da carne para garantir o porquinho... vinte e cinco pessoas na
frente.
-
Farinha não tem mais, grita alguém de lá.
-
Frutas, frutas, frutas já é alguma coisa... sobrou só bananas.
- Tá
bom, então vamos a um restaurante,
-
Carretta véio, tava pior que velório de prefeito... nem um lugar para sentar e
muito menos lista de espera
-
Vamos passar num açougue, quem sabe se arranja alguma coisa... fechado.
-
Calma, vamos manter a calma.
-
Padaria!!! Só bolacha da semana passada.
-
Vamos até o apartamento alugado e lá estudamos um jeito de contornar esta
situação, tomamos um banho e refrescamos a “cachola”.
- O
apartamento não tinha mais água. Água, praia, praia, quiosque...Foi então que
me lembrei dos quiosques da praia e, bingo!!
- Não
deu outra. Tinha aquelas cervejinhas pequenas, a tal da long neck, e comprei,
cara mais comprei.
- Só
não tinha gelada, ainda estavam nos fardinhos, paguei 18 pilas por cada uma e
me fui gelar no apartamento.
-
Carretta véio, tu acredita que faltou luz?
- Ir
na “casinha” nem pensar!
-
Carretta véio, que loucura...
-
Então, para o mal dos pesares, me mandei de manhã do mesmo dia 01 de janeiro
para as casas, de volta, e amarguei um engarrafamento já na saída da praia...
calor de rachar...sem andar um milímetro...faltou água até prá beber...cheguei
ás 23 horas da noite na nossa abençoada Encruzilhada do Sul.
- Não
há de ser nada, amigo Pilhério, ano que vem tu vai de novo!
-
**&¨%$#@+**!!!
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