A G E N D A
. . .ENQUANTO A CARAVANA PASSA.
. . .ENQUANTO A CARAVANA PASSA.
Krretta
“Não tenho possibilidade de consertar nada,
mas eu tenho a obrigação de denunciar tudo.”
Chico Anysio
Sim, é óbvio, jamais diria que não.
Todos nós, indiferentemente de credo,
raça, sexo, classe social..., merecemos momentos de distração, entretenimento,
diversão, justamente para não tresloucarmos, ainda mais nos dias de hoje.
Escrevo esta coluna num domingo
casualmente em que, nesta Copa do Mundo de Futebol, Espanha, Rússia, Dinamarca
e Croácia, inauguraram a prorrogação e a disputa por pênaltis.
Emocionante.
Os guarda-metas deram verdadeira aula,
daquelas para fazer parte do compêndio/manual de curso pós-graduação de
goleiros.
Rússia e Croácia seguem em frente.
Amanhã, é o Brasil que entra em campo
contra o México.
E é precisamente esta Copa do Mundo que
está suscitando inúmeros comentários, ora a favor, ora contra, mas não da sua
realização, não, absolutamente não, mas da possível alienação do povo
brasileiro.
Guardemos os exageros, tanto de um lado
como do outro.
O assunto que trago hoje, (e deve estar
sendo abordado pelo Sérgio, articulista deste semanário ali do Agrobusiness,
pois é exatamente o seu “métier), suscita em seu âmago (o assunto), um dos
maiores absurdos que já presenciei, vi, ouvi, li e vou viver, principalmente
por se tratar da saúde humana.
Pois enquanto a Copa do Mundo acontece,
tramita numa comissão especial da Câmara dos Deputado, aprovação de lei que
dispõe sobre os agrotóxicos, projeto esse feitura de Blairo Maggi (ex-senador),
atualmente ministro da agricultura (sim, assim mesmo, com letras minúsculas,
pois não merece nenhuma deferência).
Pouco sei, ou nada sei sobre glifosato, mefosfolam, nuarimol, ciprodimil, mas o que sei é o suficientemente bastante para entender,
e ler, e ouvir os professores, os químicos, os “experts” em saúde pública da
Anvisa, os técnicos do Ibama, Fundação Osvaldo Cruz, os médicos do Instituto
Nacional do Câncer, que são elementos químicos cancerígenos, que o Brasil e,
por conseguinte os brasileiros (nos alimentos, na água, e pasmem, até no leite
materno), são os maiores consumidores de agrotóxicos do mundo.
Cinco litros ao ano, per capita.
Outro
dado informa que dos 50 “princípios ativos” mais utilizados na nação
tupiniquim, 22 deles são totalmente proibidos na União Europeia e outros 32 nos
EUA.
A minha indignação vem das informações
passadas pelo jornalista e escritor Flávio Tavares, no jornal Zero Hora, página
30, da edição deste fim-de-semana.
Baseia-se o projeto em nome de uma
falsa ideia de que é preciso agilizar o registro e comercialização de novos
produtos, capazes de aumentar a produção dos alimentos cultivados na agricultura,
principalmente. Leia-se: em detrimento a
uma saúde saudável, o lucro.
Como
estamos em plena Copa do Mundo, eu pergunto: Pode isso, Arnaldo?
Sai a Anvisa (responsável pela
avaliação toxicológica destes produtos) e o Ibama, e entra em cena a
politicagem e a safadeza do Ministério da Agricultura, pois será quem vai deter
a coordenação e o poder de registro.
Busquem, pesquisem, leiam sobre tudo isso, pois existe uma gama imensa de literatura sobre o assunto na imprensa
brasileira, depois, tirem as suas conclusões.
Já não bastasse a assistência de saúde
precária, para não dizer inexistente neste país, pois vamos conviver ainda mais
com doenças de fundo neurológico, respiratório, hepático, renal, entre outras.
Continuamos a ladrar, enquanto a
caravana politiqueira, incólume, passa. . .
PL
6.299/02 – “O Pacote do Veneno”!
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