COMO ENTENDER?
Krretta
“O
governo decidiu criar uma Agência para Água da Chuva.
Não o
brasileiro, mas o alemão.
Preocupada
com a quantidade de temporais e alagamentos, a prefeitura de Berlim criou a
instituição que deverá ter um papel central
no processo de adaptação para as mudanças climáticas.
Mas
nada de cabide de emprego. A equipe contará com três funcionários.
Terá
como principal missão evitar a inundação do sistema de esgoto da cidade.
Entre
as ideias iniciais está o planejamento de ruas e calçadas que não sejam
completamente cobertas de concreto”.
(Zero
Hora – 22/05/18 – Informe Especial)
-:-
O que você acabou de ler é um tópico que traz o jornal
Zero Hora, mas que surpreende sobremaneira, se o leitor for astuto, e prestou atenção.
Às vezes, procurar entender o ser humano é uma das tarefas
mais difíceis, visto que nem mesmo nós nos entendemos.
Nem o tão propalado desenvolvimento e a
dita modernidade da Alemanha, pode-se confiar.
Pior, pois isso é uma verdadeira involução.
Pois bem, o que queremos dizer é que
acontecem coisas absurdas, sem planejamento e muito menos visão futura da vida,
e das pessoas.
Sinceramente, na Alemanha, para mim, é
uma surpresa. Mas como se viu e se
leu, acontece.
Mas os alemães!!??
Antes de qualquer discussão mais
exacerbada, críticas com tons bélicos e preferências políticas, é preciso que
se arregimente tal acontecido, como uma lição.
Todo o aprendizado é enriquecedor,
portanto, nobre.
Entendo que já nesta altura do texto você saiba do que estamos
falando, ou escrevendo.
Pois bem, estamos falando das irresponsabilidades e
atos desvairados que vemos por aí, nas salas burocráticas e emperradas do poder
público.
Vamos lá: antigamente, muito antigamente, nossas ruas e
calçadas eram constituídas de chão batido, sem calçamentos.
Desconfortáveis, poeirentas, subdesenvolvidas, daí
então, em nome da evolução, vieram as pavimentações.
Primeiro, as tijoletas e os paralelepípedos, depois
lajotas, asfalto, e também o concreto.
Eis aqui o erro crasso, pois não houve um estudo mais
aprofundado, não houve planejamento, ou desconhecimento total de causa e
efeito.
Mas não desconfiar que pavimentações de asfalto ou
concreto geraria impermeabilização do solo?
Então, com “as modernidades”, vieram as tempestades e as
enchentes.
Detecção: a água já não infiltra mais no solo, ao
contrário, inunda ruas e cidades, invade
os prédios, transborda rios e lagos, desabriga famílias inteiras, e ocasiona
imensos prejuízos.
Foi o homem, o bicho homem.
Agora praguejam: “Maldito asfalto, odiável concreto,
lajotas e tudo o mais que inventaram. . .voltemos ao início da vida enquanto é
tempo.
Destruam com tudo! Acabem com calçadas de lajotas, com
o asfalto, com toda a pavimentação de concreto.
Afinal, a água da chuva não tem mais para onde ir. . .”
Isso não deveria ter sido pensado antes, bem antes?
Vai-se também o dinheiro público empregado nessas
intempestivas ações enchente abaixo.
Paga-se o alto preço da incompetência para voltar
atrás.
(Entre as ideias iniciais está o planejamento de ruas e
calçadas que não sejam completamente cobertas de concreto).
De verdade, precisamos ser mais zelosos, pois existe um
futuro para todos nós se conseguirmos ser parceiros e amigos da natureza.
-:-
Os erros de uns são lições para os outros; estes
acertam porque aqueles erraram.
Mariano da Fonseca – Marquês de Maricá – político
carioca
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