terça-feira, 2 de janeiro de 2018

TRANSPARÊNCIA

                                                                                                                                                                                                       Krretta

             De verdade, não gostaria de estar escrevendo isso...
            Queira o Bom Deus que eu esteja totalmente enganado.
            Não é nada comum, e muito menos alentador chegar nos primeiros dias do novo ano e ter essa posição.
            Mas preciso ser racional, e abomino a hipocrisia.
            Sou e sempre fui convicto de que a verdade precisa vir sempre a frente de nossas atitudes.
            De que adianta viver de mentiras?
            Usar disfarces, esconder sentimentos e verdades, são decisões que não fazem parte dos meus atos.
            Vocês sabem, todos nós sabemos que, mais dia ou menos dia, a verdade sempre aparece.
            O ato de iludir soa sempre como um ato falho.
            Disfarçar, tentar dissimular, criar expectativas que não estão em conformidade com suas convicções, não é o ideal, mesmo porque conviver com estas atitudes é pisar em areias movediças.
            Volto a dizer: tomara esteja eu totalmente equivocado.
            Queria sim poder estar escrevendo a todos os que me leem, de que outros dias estariam vindo por aí...bem melhores do que vivenciamos no ano que já passou...queria.
            Todavia, os fatos e as circunstâncias dão conta de que nada vai mudar, de que nada vai acontecer para melhorar a vida dos brasileiros, de que as angústias ainda vão habitar o nosso dia-a-dia...
            Sinceramente?
            Não acredito em tempos melhores, infelizmente.
            É disso que eu falo.
            É disso que eu não sei como trazer à vista de vocês nestes primeiros dias do ano, pois que os cenários da vida brasileira que ora se avizinham, no meu entender, são os piores possíveis.
            Basta lembrar nos “presentes” que os brasileiros ganharam do Sr. Temer e seus asseclas, neste fim-de-ano.
            Espero que não tenham esquecido!
            Verdadeiramente, vocês são convictos de que a saúde, a segurança, a educação, a infraestrutura, a taxa de desemprego, e todas as mazelas do povo tupiniquim vai melhorar?
            Essa imagem é que vejo num Brasil logo ali adiante, a continuar como sempre foi.
            E mais, é ano eleitoral, é dinheiro público aos borbotões, servindo as mais diversas e indecentes falcatruas, inerente a estes senhores da Corte.
            Ah! E creiam, piamente, de que um salvador da pátria deverá aparecer no meio de toda essa balbúrdia que vai ser estas eleições, e como Don Quixote de La Mancha, lutará bravamente contra os moinhos, e se dirá o salvador da pátria, só que não...
            Se tudo neste país fosse normal e seguissem as normas da boa conduta, do respeito, da honestidade, da prática do bem, com certeza hoje, aqui e agora, estaríamos falando de tempos muito melhores, de alegrias e de um futuro promissor...
            Repito de novo: tomara a Deus que eu esteja totalmente enganado.
            Mas, nesses dias que ora começam a engatinhar, estreando o ano de 2018, não tenho nenhuma convicção de bons ventos.
            Quero ser sincero, antes de mais nada comigo mesmo, e é claro que com vocês.
            Lhes digo: Brasil, para mim, é sinônimo de pessimismo.
            No entanto, como tudo na vida, e como bons brasileiros que somos, não devemos em hipótese alguma perder nossas esperanças.
            Como diz o professor Cortella, “a esperança de esperançar, não a esperança de esperar”... porque se formos esperar que o nosso Brasil mude para melhor, pelas mãos destes políticos que aí estão, vamos sucumbir definitivamente e para sempre.
            Sendo assim, mesmo nos primórdios de um novo ano, cumpro o meu dever com muita sinceridade, leal a mim e aos meus princípios, racional e sem hipocrisias, longe das mentiras, dos disfarces e das dissimulações, externando apenas aquilo que sinto e que penso, ou seja, nada no amanhã do meu Brasil me entusiasma, ao contrário...
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