Krretta
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Fui pesquisar o dia certo dos avós, que sei ser em julho, mas uma desconfiança misturava a data junto com o Dia do Colono e Dia do Motorista, entre tantas outras datas festivas e importantes, como o 19 de julho, para o município de Encruzilhada do Sul.
Na busca efetuada conta a história que no século I a.C., Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança.
Apesar da idade avançada do casal, um anjo do Senhor apareceu e comunicou que Ana estava grávida e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada a quem batizaram de Maria. Santa Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos de idade.
Devido a sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e das que desejam ter filhos. Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por ele a escolhida para ser Mãe de Seu Filho Jesus.
São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avôs e avós, e, este dia é comemorado no dia 26 de julho.
Ah, este mês de julho é cheio de surpresas e comemorações, vejam só, dia 1 é o dia em que se comemora o dia da vacina BCG, dia 04 independência dos EUA, dia 13 dia do cantor, dia 14 dia mundial do rock, também dia da liberdade do pensamento, dia 19 dia nacional do futebol, dia 20 dia do amigo e o dia internacional da amizade...
Mas eram das vovozinhas e vovozinhos de quem estávamos falando, aquelas pessoas de uma voz mais embargada, mais experiente, já com uns óculos mais grosso na ponta do nariz, de pele um pouco enrugada, quando não um trabalhinho de mão, ou um tricô ou um crochê, já o vovô a bengala e o jornal dobrado entre a mão judiada pelas agruras da vida, segurando trêmulo as notícias que a princípio pensávamos que iam cair do jornal, mas de pensamentos e idéias sapientes que sempre nos diziam tudo da vida.
O inverno, um chinelo mais quente, a cadeira de balanço forrada com um pelego, ou uma coberta de “fuxico” mais “caliente”, e, quem tivesse o privilégio de um fogão a lenha ou uma lareira, um couro de vaca no chão e as cadeiras num vai e vêm de recordações que a vida deve rodar em suas lembranças, como máquinas projetoras do tempo que passou, e, que fizeram tudo o que nós também fizemos...
Mais que nada, as avós e os avôs de hoje não são nem parecidos.
Tudo e todos mudaram.
Têm balada, calça jean, cintura mais baixa só para dar aquele jeitinho maroto, a bota bico fino alongando a silhueta do pé, fetiche de muitos noctâmbulos,fragrâncias e perfumes, os rostos maquiados de levezas e extravagâncias, de quero ficar ou estou mais séria, amigos, amigas, a galera um busca da alegria, de histórias outras para contar, se saber da vida, de buscar a vida e, seguir em frente sem testemunhar o que poderia ter ficado para traz.
Não se fazem mais avós e avôs como antigamente, de saia de lã cumprida e jaleco cinza ao cair na cintura, óculos redondos e passos curtos...jornal e um guarda-chuva...
Nem faça o teste, pois as vovós e os vovôs vão estar na noite sim, é tudo diferente!
Filhos e filhas, pais e mães embalam juntos as suas liberdades, buscam juntos as suas realizações, entram nas baladas juntos, até que então os filhos, ou os netos, tenham sempre a guarida da responsabilidade, da segurança e do carinho das lobas.
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