CHEGOU A NOSSA VEZ
Krretta
Para
nunca esquecermos mais esta data: 07 de outubro de 2019.
Se
vocês querem saber o motivo, eu lhes digo...
Precisamente
nesta data, segundo dados do IBGE e através de pesquisas direcionadas ao segmento,
a população gaúcha acima dos 60 anos ou mais, passaram a ser a maioria em
relação aos jovens de 0 a 14 anos.
De
saída vamos deixar bem claro que esta faixa etária (60+) não é aquela que lá no
tempo de nossos avós, aos 50 anos estavam numa cadeira de balanço lendo jornal
ou fazendo tricô.
Bem
ao contrário, sentem-se muito mais jovens.
Ao
olharem-se no espelho, gostam do que veem.
Curtem
Netflix, vão às baladas, namoram “ficando” e trocam playlists no Spotify.
Aqui
a idade cronológica perde, e longe para o novo e agitado espírito de vida dos
grisalhos.
Diferentemente
do estereótipo do idoso envelhecido e ocioso, essa turma encara sua atual fase
da vida com um novo momento de realizações, de experiências e busca de novos
objetivos.
Seja
no lazer ou no campo de trabalho.
Vejam
que as coisas mudaram, e muito.
Acontece
que o Rio Grande do Sul, não estava preparado para a nova fase de vida desta
faixa etária.
Segundo
ainda a pesquisa, os outros Estados somente atingirão esta maturidade lá pelo
ano de 2039, se bem entendi, por isso é que o nosso Rio Grande já deveria estar
debatido e construído para este evento, há bem mais tempo.
Já
deveriam ter acontecido as mudanças, mas, no momento que isto não aconteceu, é
preciso que urgentes decisões e ações sejam tomadas.
O
ex-diretor do programa de envelhecimento da ONU, o médico brasileiro Alexandre
Kalache, alerta para a inexistência de políticas públicas voltadas a essa
virada demográfica.
Além das políticas
públicas, como a mobilidade urbana e a saúde mantida pelo Estado, o mercado de
trabalho, lazer e consumo já devem (aliás “deviam”) estar mais do que
“antenados”, se não quiserem perder o bonde desta história.
A
indústria, o comércio, os prestadores de serviços, se quiserem ter êxito em
seus empreendimentos, deverão olhar com muito mais apreço para a turma dos
cabelos grisalhos.
Em
tempo: estas mudanças devem ser sérias, fundamentadas e duradouras, pois a
expectativa de vida mudou.
Chegou
a hora e a vez dos 60+.
Não
é uma questão de tempo, mas sim uma realidade de vida e de mercado, uma
imposição dos fatos.
Exatamente
dia 07 de outubro de 2019, o RS muda o seu perfil etário.
Traduzindo,
para que não seja preciso desenhar: a mais pura verdade é que a vida acontece
nos municípios, então, recai nas prefeituras o dever não só moral, mas como
gestores públicos que se dizem ser, o engajamento o mais rápido possível nesta
causa.
Vai
ser nas cidades que tudo vai acontecer, e não poderia ser diferente.
Enfim,
o reconhecimento para a turma que levou o rock’n roll no peito e na raça até os
dias de hoje, viu o homem descer na lua, andou de patinete, o mesmo que hoje
faz sucesso nas ruas das grandes capitais, viveu momentos cruciais da política
brasileira, lutou bravamente por seus direitos constitucionais, vibrou com seus
fuscas incrementados com tala larga e toca-fitas auto reverse, usou pantalonas
e botinhas sem meia...essa mesma geração que respeitou seus mestres, que um
olhar feio era sinal de muita tempestade, da calça Topeka, tênis Bamba e das
reuniões dançantes nas garagens das noites de sábado...essa geração tem ainda
muito para fazer e contar...
Todos vivemos o mesmo
céu, mas nem todos vemos o mesmo horizonte.
Konrad Adenauer –
político
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