Leia não para contradizer nem para acreditar, mas para ponderar e considerar. Francis Bacon – filósofo inglês
sexta-feira, 29 de junho de 2012
ABRAÇOS DE TAMANDUÁ
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
...está chegando a hora.
Um amigo caminhava pela rua descontraídamente, absorto em seus pensamentos, daquelas caminhadas que a vida passa junto com você por toda a sua intimidade e, aos outros, apenas um aceno, um abano, um cumprimento, e, nada mais.
Como se diz, caminhava livre, leve e solto, e, com pouca percepção dos espaços reais.
Pois foi quando, da rua, veio um buzinaço, e, um aceno espalhafatoso, acompanhado de um grito de – Olá, como vai, fulano, quanto tempo? Tudo bem? E a família?
Sabe aquelas coisas sem tempo, fora do lugar, e, com intenções outras?
Este amigo, ou conhecido, ou desconhecido, quem lhe acenava, sempre lhe tratara de antipático, pois agora mudara, e, a questão tornara-se favorável, sem nenhuma antipatia e muito menos aversão, mesmo sabendo, os dois, que suas opiniões divergiam totalmente.
São tempos outros, continuou este de quem nós falamos, confessando que sempre fora visto como uma pessoa recolhida aos seus afazeres, sem muitos alardes, de pouca participação nas rodas sociais, tido por muitos por “cheio”, antipático, com suas aversões e repulsas, no entanto, nesta época, as coisas mudam completamente – assim concluiu.
Como dissemos acima, e, como narra nosso dissertador, justamente nesta época as coisas mudam, e, todos nós ficamos simpáticos, amigos, e, principalmente, indispensáveis, com toda a certeza.
Somos parados na rua, no bar, no supermercado, no banco, na academia, farmácia, hospital, restaurante, no carro, em casa, no escritório, e, somos abraçados, amassados, apertados, como se todo o tempo em que estivemos vivendo aqui, nesta mesma cidade, nunca, em nenhum momento ou instante de aparição casual, tínhamos sido vistos.
- Que coincidência, meu amigo Fulano, como é que tá?
- E os teu, vão bem?
- Família, filhos, filhas, noras, genros, netos...?
- Que beleza te encontrar bem, isto é muito bom.
O interpelador não sabe nem se o cara está bem ou não, se está enfrentando alguma doença ou não, mas já vai logo mandando ver, e, afirmando que está tudo bem, e, depois do prólogo, então, vem os permeios, ou seja, os entretantos, já com a lábia decorada:
- Pois é, meu grande amigo, estamos aí oferecendo nosso nome para o julgamento da sociedade encruzilhadense no sentido de que queremos trabalhar em prol desta comunidade, e, para tanto, nada melhor que qualificarmos este trabalho com o nosso labor, sabedores que somos, tanto tu como eu, de que estava mais do que na hora desta participação, mas, para tanto, preciso do teu auxílio nesta caminhada, preciso da tua colaboração e da tua família, pois sem vocês, eu não consigo chegar lá e, não chegando lá, tu bem sabes que nunca vamos poder mostrar todo o nosso potencial, nossas ideias, projetos, mudanças, sempre, é claro, em prol dos munícipes de Encruzilhada do Sul, sempre trabalhando pela nossa comunidade, e, longe de pensar em partido político, ao contrário, nosso ideal sempre foi e será o povo da nossa terra...
...e por aí se vai, e, o que menos interessa ao interlocutor é se a pessoa está com pressa, ou tem algum compromisso, mas, sim, o que interessa é demonstrar o quanto ele está “interessado em trabalhar” em prol da nossa comunidade.
Só que, ainda ontem, este mesmo aspirante a um cargo eletivo, como diz este amigo que sugeriu o tema, era para ele um antipático, que suas opiniões eram totalmente divergentes, no entanto, é chegada a hora dos apertos de mão, dos abraços, dos largos sorrisos, mesmo entredentes, mas que não deixam de sorrir o tempo todo é chegado à hora que não existe mais nenhum antipático neste mundo, ou seja, todos são agradáveis, todos são maravilhosos, ninguém tem defeito nenhum, a não ser, é claro, quando a adversidade partidária se faz ouvir.
Estamos vivendo tempos de abraços de tamanduá.
Portanto, aos que tem o poder de eleger, cuidado!
quarta-feira, 27 de junho de 2012
ERA UMA VEZ
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
...uma lixeira, aliás, não era uma vez, ainda é uma lixeira, que mora na Rua Sete de Setembro, em frente a minha casa, feita de arames entrelaçados, com fundo em lata, pintada de marrom.
Dessas que ficam á beira da calçada e que servem para organizar o lixo, para que não fique solto pelo chão, para que os animais não o revirem, para que não suje a calçada, para que facilite aos profissionais da limpeza pública juntarem, enfim, para colaborar ainda mais na organização da cidade e, não deixar lixo espalhado por aí.
Uma simples lixeira.
Uma lixeira que não faz mal para ninguém, muito antes, pelo contrário, sua presença é de grande valia e, nestes termos, patrocina como facilitadora na limpeza urbana, além, é claro, de tornar-se um lugar onde nós possamos depositar o lixo doméstico, facilitando-nos também.
Pois não é que implicaram com a pobre lixeira?
Antes de qualquer coisa, é preciso que se diga que ela não faz mal para ninguém, que ela é do bem, que ela facilita a limpeza urbana, que ela serve, inclusive, para nos fins de tarde, muitas vezes, de cesta para a gurizada jogar basquete, como muitas vezes vi acontecer, afrouxando-a, o que faz com que no outro dia, tenhamos que fixá-la ao chão, novamente.
É claro que ela não é cesta de basquete, e, para tanto, pedimos a gentileza para gurizada que por ali brinca que não fizesse dela, uma caçapa.
Tempos se passaram e ela passou a ser uma das traves de uma goleira imaginária.
Dentre suas serventias, mais uma surgiu.
Sem falar que já foi até cabide de roupas, depósito de pedras, entre outras...
Pois bem, mas, agora, tomaram-na para bode expiatório e, dia desses, jazia no chão a inocente lixeira, entrelaçada por arames, com fundo em lata, pintada de marrom, com sua haste que é fixada no chão, quebrada.
Era um corpo inerte jogado ao solo, que, depois de tantas outras utilidades, além de sua real finalidade, é claro, tombava por mãos que supostamente não foram com a sua cara, ou seu jeito de ser, ou, o seu jeito de estar, ou, pelo simples fato de ver um patrimônio depredado, senão, por que a lixeira de arames entrelaçados, com fundo em lata e pintada de marrom havia sido danificada?
Eis a pergunta que não quer calar.
Afinal de contas, se ela servia, ou melhor, serve para colocar o lixo, para que não fique solto pelo chão, para que os animais não o revirem, para que não suje a calçada, para que facilite os profissionais da limpeza pública, para ser cesta de basquete, um dos postes de uma goleira, guarda-roupas, entre outros empregos, por que danificá-la?
Pois seu sofrimento foi ainda maior.
Foi literalmente arrancada de sua posição original, quebrada em sua haste, e, sabe-se porque razão, jogada por cima de um muro, para estatelar-se no pátio de uma autoescola, sem dó nem piedade.
Em uma ação de arrependimento, a lixeira voltou ao seu local de origem, mas, ainda estirada ao solo, quando, novamente, a fixamos, no entanto, de lá para cá, a inocente lixeira, feita de arames entrelaçados, com fundo em lata e pintada de marrom, continua a sua sina de sofrer depredações e, está sempre torta pela ação, talvez, das mesmas mãos que arrancaram-na, só que agora, entortam-na pelo simples fato de não mais querer arrancá-la, pois, provavelmente não teve nenhuma graça.
Amiguinhos, perdoem à lixeira, ela não lhes fez mal nenhum, e vejam-na como um objeto de grande valia pelo trabalho que ela desempenha em prol da limpeza urbana.
Pensem nisso, pensem no que aprenderam na escola, pensem...
segunda-feira, 25 de junho de 2012
O BODE NA SALA
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Nada que não possa ficar pior. Essa é na prática a essência da filosofia do bode na sala. Seus pressupostos teóricos apontam para uma razão simples: o impressionismo. Ele procura disseminar naqueles com quem ela entra em contato, a certeza de que vivia melhor do que achava que vivia. É uma espécie de simancol psicológico, dado a frio e sem generosidade nenhuma. É uma filosofia toda embasada em experimentos concretos e indiscutíveis em resultados. Se não vejamos.
O líder dessa filosofia, importunado que foi em seu dia de descanso, por um desafortunado morador que resolveu lhe procurar para se queixar do dia a dia da sua vida. Começou reclamando que o filho não gostava de estudar, que a filha só queria agora saber de namorar, que a esposa só vivia a lhe pedir pra comprar isso e aquilo etc., etc., etc. Debulhou um rosário de queixas e infelicidades.
O grande líder ouviu tudo em silencio – como um grande líder – e disse pra ele que tinha uma determinação ao queixante. Que fosse agora mesmo ao chiqueiro dos bodes e pegasse o pai de chiqueiro (o maior bode de todos) e levasse pra sua casa e o amarrasse na sala de visitas e o deixasse por lá por sete dias e só após retornasse para que ele tivesse tempo de pensar no que fazer. E claro, como líder, não poderia ser contrariado. Assim foi feito.
O reclamante da vida levou o pai de chiqueiro, o maior bode que tinha, afinal, líder é líder. Não precisa nem dizer que a casa ficou um pandemônio. Um pai de chiqueiro amarrado na sala com aquele cheiro de bodum incensando tudo tirou a família de vez do sério. Todo mundo reclamava, culpavam-se uns aos outros, todos tinham culpa e ninguém tinha razão. A semana passou sob o caos total dentro de casa. Ninguém nem se cumprimentava mais.
Ele voltou com o bode para a segunda visita ao líder. O líder perguntou como ia à vida e ele numa frase só respondeu: um inferno! Minha vida está muito pior agora, depois que esse bode invadiu minha sala. O líder ouviu calado todas as reclamações, como um líder. Mandou que ele devolve-se o bode ao chiqueiro e voltasse pra casa o mais rápido possível e tocasse a sua vida em frente. E só voltasse daqui a sete dias.
Passados os sete dias, ele chegou todo feliz na casa do líder, foi entrando e dizendo logo que agora estava tudo bem. O filho voltou a estudar, a filha só namorava nos finais de semana e estava até ajudando a mãe em casa. A mulher suspendeu os pedidos e estava até mais atenciosa. Claro, ele é que tinha ficado mais compreensivo. Mais colaboracionista e tudo estava melhor depois que aquele bode fedorento saiu do meio da sala de visita deles. (Ivaldo Gomes).
-:-
Pois foi exatamente isso que faltou aos administradores do Paço Municipal quanto às desavenças da Praça Ozi Teixeira.
Sensibilidade, ou, talvez, um líder...
É claro que a população deveria ser comunicada com mais ênfase, é claro que deveria ter muito mais divulgação, é claro que a maquete (se é que existe...) deveria ser exposta nos quatro cantos da cidade, palestra do paisagista (se é que tem...), dos responsáveis pelas secretarias responsáveis pelo processo, propagandas, enfim, tudo aquilo que se possa fazer entender o motivo das mudanças, que, a bem da verdade devem existir, a revitalização é importante sim, todavia, sem ferir ninguém.
Nada de imposições desenfreadas e despóticas.
Assim, o que ficou foi, por ser um ano de eleições o enorme desejo de mostrar “perfumarias” à população, quando na verdade deveriam ter colocado o bode na sala assim como já fizeram com a remodelação do trânsito no perímetro urbano, ou seja, uma grande maioria dos munícipes já sabe que a circulação pelas ruas dos veículos automotores e afins vai ter mudanças radicais, e, nem por isso, haverá de ter tantas controvérsias além das que já existem.
Aguardem!
quinta-feira, 21 de junho de 2012
INCONSISTENTE
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Falavam que o papo dele era inconsistente.
Sabe como é que é?
Faltava conteúdo, não tinha consistência, não era denso, compacto, em síntese, nunca e em nenhum momento me convenceu.
Aliás, não era a mim que ele tinha que convencer e, sim, uma das meninas mais bonitas do Colégio Espírito Santo, o colégio das freiras, como era chamado o educandário que acolhia somente meninas, naquele idos tempos de Bagé, ali na Rua General Osório.
Achávamos que por direito e, por estudar no Colégio Auxiliadora, o colégio dos padres, tínhamos preferência sobre as meninas do colégio das freiras, afinal de contas, freiras e padres, nós e as meninas, era tudo a ver.
Pois o Miguel, colega e amigo, muitas vezes conclamado a se fazer presente na linha de frente das batalhas enamoradas, cada vez mais achávamos que ia dar certo e cada vez mais, ou melhor, a cada vez que compunha seu repertório para enfrentar a luta, decepcionava.
Não era consistente.
Faltava-lhe força, intensidade, potência, talvez um grande desejo de vencer, de ser respeitado nas suas intenções, mas, faltava aquele tipo de imposição, não pelo medo de lhe enfrentar, não, longe disso, mas temor sim pelo o que ele poderia fazer, ou melhor, agir em sua defesa, pelas suas conquistas, que, até então, já não eram mais corriqueiras.
Muito ao contrário, Miguel falhava cada vez mais.
E, isso, nos aborrecia, indignava a torcida.
Afinal de contas um grande amigo, de infância, um amigo que sempre torcíamos para que vencesse suas batalhas nas conquistas amorosas, mas, de um longo tempo em frente, nada lhe acontecia.
O que lhe emprestávamos era solidariedade, mais não podíamos fazer, pois autossuficiente, era direto o recado: - Eu vou conseguir, tranquilo, eu vou conseguir.
- Não deu desta vez, mas vamos trabalhar, trabalhar, e, na próxima...
Contudo, não conseguia bom êxito em suas empreitadas
E, assim, o tempo ai passando, aliás, os anos iam passando e, lá estava o colégio
das freiras, as meninas mais bonitas de Bagé, muitas enamoradas de Miguel, mas as conversas, as estratégias, os esquemas não funcionavam tão bem quanto queríamos, não funcionavam tão bem quanto ele queria, e, suas tentativas de mudanças eram sempre mal sucedidas.
A cada prélio, já nos repartíamos, uns achando que mais uma vez não ia dar certo e, outros, “enfeitados”, tinham a certeza que tudo terminaria bem.
E, não terminava, salvo raríssimas exceções.
Miguel e suas conquistas, lembro-me bem.
Tal qual o Grêmio.
São 20h54min h, de um domingo com garoa, temperatura mais para um friozinho do que qualquer outra coisa e o Miguel, ou melhor, o Grêmio aos 46 minutos do segundo tempo perdeu para o Náutico.
Inconsistente, tal qual o Miguel, mais uma decepção e, ainda tem alguns amigos que teimam em achar o time do Grêmio confiável, que vai conseguir suas intenções e, vamos acabar que nem meu amigo, na rua da amargura, de novo.
Na quarta-feira, portanto quando estiverem lendo esta crônica, será véspera do dia da batalha, Grêmio X Palmeiras, precisando de um bom papo, de um sistema convincente, de boa vontade de seus atletas, de garra, uma equipe densa, compacta, com intensidade, contudo, não posso me iludir, pois acreditar numa virada, só um milagre, pois nem do Náutico conseguimos ganhar.
Talvez o Miguel, depois de tanto tempo, tenha vencido suas batalhas, o que já não podemos dizer do nosso Grêmio, infelizmente, pois lhe falta apetite para vencer.
Não se iludam, ou eu vou queimar a língua?
segunda-feira, 18 de junho de 2012
TAXAS E IMPOSTOS
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Recentemente, mais precisamente na terça-feira, dia 05 de junho de 2012, depois de duas horas e meia de discussões, foi aprovado na Assembleia Legislativa, o projeto do Governador Tarso Genro que reajusta as principais taxas do Detran.
Até aí nenhuma novidade, pois quando o governo sente sede no seu caixa, recorre imediatamente ao contribuinte, em forma de taxas e impostos, para que, novamente, voltem a correr “águas” em suas fontes.
A medida passa a valer a partir de janeiro de 2013.
É bom que se registre que a vitória do governador foi bastante apertada, ou seja, foram 29 votos – um a mais do que o mínimo necessário – o que lhe garantiu o triunfo sobre a oposição.
Vejam, por exemplo, para quem vai comprar um carro zero:
- Vistoria e identificação, hoje: R$ 52,33 A partir de janeiro: R$ 52,33
- Expedição de CRV/CRLV, hoje: R$ 40,95 A partir de janeiro: R$ 98,34
Variação de 61,5% de aumento.
Carro usado:
- Vistoria e identificação, hoje: R$ 52,33 A partir de janeiro: R$ 52,33
- Alteração de registro de veículo: R$ 195,68 A partir de janeiro: R$ 232,08
- Expedição de CRV/CRLV, hoje: R$ 40,95 A partir de janeiro: R$ 98,34
Variação de 32,4% de aumento.
Mas, o que nos deixa confuso são as explicações, tal qual o presidente do Detran, Alessandro Barcellos, garantindo que os R$ 15 milhões arrecadados com os aumentos das taxas serão destinados ao Fundo Estadual de Segurança e que o restante será aplicado no órgão, sem riscos de se perder no CAIXA ÚNICO.
Já está dada a resposta, Caixa único.
Inclusive as manifestações dos opositores a estes aumentos são taxativos em afirmar que provavelmente o dinheiro vai reverter para pagamento de cargos de confiança que o governo criou, e, isso lembra muito bem a famosa CPMF, que, criada para um fim, sabe-se que nunca, em nenhum momento a este fim de destinou, caindo, naturalmente no tal Caixa Único.
Injuriados, ainda os opositores afirmam que o Detran já tem uma arrecadação superavitária, portanto, não havendo justificativa para o que aconteceu, a não ser ter este ímpeto de arrecadação outro destino.
E, dentre toda esta polêmica estamos nós, contribuintes, que ainda temos o seguro obrigatório e o IPVA a pagar.
Portanto, enquanto os grandes brigam por taxas e impostos, nós, meros contribuintes continuamos a pagar a conta do governo, e, o pior é que “eles” não têm dó nem piedade, e, sem cerimônia nos mandam a conta.
É como sempre digo, a caravana vai passando, os cães a latir, no entanto, sem eco e nem repercussões, valendo a vontade daqueles que, um dia, foram eleitos pelo voto popular, e, que, com toda certeza, prometeram criatividade ao invés de aumento de impostos e taxas, todavia, a maneira mais fácil de não deixar a fonte secar, sem pestanejar, somos nós, os contribuintes.
Ainda assim, alguém contestou, do lado mais forte, é claro, que o aumento das taxas nada tem a ver com impostos, ao que devolvo com a pergunta: e quem paga as taxas e os impostos?
Taxas pagamos nós, contribuintes e, impostos os fantasmas?
Ainda por cima estão de brincadeira conosco, pois bem sabem que tudo sai de um mesmo bolso, não importando ser taxa ou imposto, ou seja, do nosso bolso.
Ainda estamos à cata de um governo sério e criativo.
Eleições, valorize e seu voto!
DITADOS GAÚCHOS
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Em algum tempo atrás um amigo pediu-me que publicasse nesta coluna alguns ditados gaúchos, pois, dizia ele, teria em mãos “nossas filosofias”, uma vez que estava afastado do pago já há algum tempo, e, queria poder beber de nossa sabedoria popular e mostrar aos outros, também, um pouco de nossa cultura.
Passou-se um tempo, no entanto a tarefa a que me foi imposta não esqueci, e, casualmente, esta semana visitei um endereço na internet que trazia a “encomenda”, nem tão completa assim, mas que trouxe a necessidade de cumprir o que me foi solicitado, todavia bastante interessante e que vai fazer você ler até o fim, garanto e, assim o faço, a saber:
* Quieto no canto como guri cagado
* Mais ligado que rádio de preso
* Mais curto que coice de porco
* Firme que nem prego em polenta
* Mais nojento que mocotó de ontem
* Saracoteando mais que bolacha em boca de velha
* Solto que nem peido em bombacha
* Mais curto que estribo de anão
* Mais pesado que sono de surdo
* Calmo que nem água de poço
* Mais amontoado que uva em cacho
* Mais perdido que cego em tiroteio
* Mais perdido que cachorro em dia de mudança
* Mais perdido do que cusco em procissão
* Mais faceiro que guri de bombacha nova
* Mais assustado que velha em canoa
* Mais angustiado que barata de ponta-cabeça
* Mais por fora que quarto de empregada
* Mais por fora que surdo em bingo
* Mais sofrido que joelho de freira em semana Santa
* Feliz que nem lambari de sanga
* Mais ansioso que anão em comício
* Mais apressado que cavalo de carteiro
* Mais atirado que alpargata em cancha de bocha
* Mais baixo que voo de marreca choca
* Mais bonita que laranja de amostra
* De boca aberta que nem burro que comeu urtiga
* Mais chato que gilete caída em chão de banheiro
* Mais cheio que corvo em carniça de vaca atolada
* Mais constrangido que padre em zona de tolerância
* Mais conhecido que parteira de campanha
* Mais comprido que moral de gago
* Mais comprido que cuspe de bêbado
* Mais coxuda que leitoa em engorde
* Devagarzito como enterro de viúva rica
* Mais difícil que nadar de poncho
* Mais duro que salame de colônia
* Mais encolhido que tripa na brasa
* Extraviado que nem chinelo de bêbado
* Mais faceiro que mosca em tampa de xarope
* Mais faceiro que ganso novo em taipa de açude
* Mais faceiro que pica-pau em tronqueira
* Mais feio que briga de foice no escuro
* Mais feio que sapato de padre
* Mais feio que paraguaio baleado
* Mais feio que indigestão de torresmo
* Mais firme que palanque em banhado
* Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro
* Mais gasto que fundilho de tropeiro
* Mais gostoso que beijo de prima
* Mais grosso que dedo destroncado
* Mais grosso que rolha de poço
* Mais grosso que parafuso de patrola
* Mais informado que gerente de funerária
* Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro
* Mais nervoso que potro com mosca no ouvido
* Quente que nem frigideira sem cabo
* Mais sério que defunto
* Mais sujo que pau de galinheiro
* Tranquilo que nem cozinheiro de hospício
* Tranquilo que nem água de poço
* Bobagem é espirrar na farofa
* Mais gorduroso que telefone de açougueiro
* Mais perdido que cebola em salada de frutas
* Mais feliz que gordo de camiseta
* Mais chato que chinelo de gordo
Se leu até aqui, é porque gostou, então, cumprida a missão, algo mais a acrescentar?
quinta-feira, 7 de junho de 2012
CADÊ A CALCINHA?
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Charles de Gaulle, general, politico, estadista francês disse uma das mais célebres frases referindo-se ao nosso país quando afirmou: “O Brasil não é um país sério”.
E eu me pergunto, quantos brasileiros ficaram indignados com sua audácia, com sua petulância em pronunciar algo desditoso de nossa nação, quando afirmava com todas as letras que não éramos confiáveis?
Doutra feita, o cidadão Edson Arantes do Nascimento, sim, o Pelé que todos nós conhecemos, nosso melhor jogador de futebol de todos os tempos, considerado pelo mundo inteiro como o atleta do Século XX, e, que muitos ainda o consideram analfabeto, sendo que é o eterno Embaixador do Brasil, disse: “Os brasileiros não sabem votar”.
Não é preciso dizer que a maioria dos tupiniquins desandaram a criticar aquele cara que saiu de um subúrbio santista e, agora, por ter se tornado uma grande figura nacional, dava-se o luxo de criticar o voto dos brasileiros, como isso?
E, eu do meu cantinho ponha-me a pensar e tenho a sensação de que os brasileiros, letrados ou não, pouco estão se importando com a política nacional, para os governos, para as instituições, para os políticos em geral.
Pouco se dão, também, pela roubalheira e assaltos ao erário público, pela subjugação entre propinas e enriquecimentos ilícitos, pela desordem nacional, pela balbúrdia nos corredores do Palácio Nacional.
Todos estão preocupados, isto sim, em trabalhar, ganhar o seu quinhão e, tentar dar sustento a sua família com a miséria que ganham, quando não estão estudando, nas horas vagas, para galgarem uma melhor posição na sua labuta diária, que foi o que sobrou.
O erário público, os saques indevidos, a ganância, a política e suas falcatruas, nada mais interessa.
E, cada vez mais os exemplos afloram nas notícias de explodem na imprensa nacional e, que, por muitas vezes, nem horrorizam mais quem as recebe, pois também não estão interessados e, assim, a caravana libidinosa ganha estrada e desfila incólume diante de uma estarrecida e desmotivada plateia.
Pois querem ver, está no jornal Zero Hora, 01/06/2012, manchete: Mistério na Câmara.
“Há duas semanas, nos corredores, parlamentares, assessores e funcionários falam da lingerie que caiu do bolso de um deputado em plenário.
Pois há quinze dias, um deputado, ao entrar no plenário, deixou a peça íntima cair do bolso do paletó. Ele tinha pressa por estar atrasado para votar o projeto sobre crimes cibernéticos. Segundo relatos, mexeu no bolso para pegar o celular e deixou cair no chão UMA CALCINHA VERMELHA E BRANCA – modelo grande, de algodão. Ocupado com o telefone, não percebeu que a peça ficou no chão, no centro do plenário.
As poucas testemunhas, que naturalmente não querem aparecer, não o identificam, apenas insinuam ser um integrante do chamado “baixo-clero”, que reúne deputados sem grande destaque. Um segurança que acompanhou a cena se aproximou, recolheu a calcinha e a escondeu atrás de uma lixeira. Alertado, um assessor do presidente recolheu a lingerie, a colocou em um envelope e indicou que a levaria para o departamento de achados e perdidos”.
E agora, onde estão os críticos de Charles de Gaulle, de Pelé, onde estão os que teimam em afirmar que os corredores palacianos são sérios, que a política é séria, onde está a moral de um plenário quando um de seus integrantes leva calcinha vermelha e branca, modelo grande e de algodão no paletó para votar, cadê o caráter, cadê a vergonha, cadê a responsabilidade, o brio, a honra, a dignidade, cadê a calcinha?
Segundo informações, a peça foi incinerada, mas a polêmica continua...
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