Leia não para contradizer nem para acreditar, mas para ponderar e considerar. Francis Bacon – filósofo inglês
sexta-feira, 27 de abril de 2012
PENSANDO, PENSANDO, PENSANDO...
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Talvez as pessoas não tenham entendido muito bem, talvez não tenham alcançado onde a mensagem queria chegar, talvez o sucesso do grande evento estivesse justamente em quem é pensador, ou seja, livros rimam com pensamento, com pensativos, com Pensador.
É por aí.
Pois, esta semana eclodiu na imprensa, primeiramente estadual, e, creio que, posteriormente na imprensa nacional e, quiçá, estrangeira, o evento literário que estaria por acontecer na cidade serrana de Bento Gonçalves-RS, onde o rapper Gabriel, o Pensador, foi convidado para ser o patrono e, de lambuja, estaria assinando um contrato de nada mais, nada menos do que 170 mil reais, pela sua presença no evento, um show de rapper, pela venda de 2 mil livros de sua autoria e, uma plenária sobre o seu projeto sobre futebol, o qual mantém na cidade do Rio de Janeiro.
Não houve nenhuma dúvida quando da sua divulgação, de que não poderia “rolar” tal fato, o qual estaria sendo pago pela Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, através de algumas pastas encarregadas do evento, Educação e a pasta da Cultura.
Aliás, após a propaganda da festa literária, após a indignação do povo rio-grandense, vejam bem, não foi nem da comunidade de Bento Gonçalves, mas, sim, da comunidade rio-grandense, seus organizadores logo trataram de esclarecer os fatos, principalmente quando consultados pela culpabilidade do contrato, imediatamente dizendo que não sabiam das cifras tratadas e, que, tomariam as medidas necessárias.
Tais medidas, passados alguns dias, não se tratavam de outras se não, de que estavam ali para esclarecerem os fatos, no entanto, nunca, em nenhum momento, falaram em cancelar o “patrono”, seus dois mil livros, o show, e, a palestra.
Por vontade própria e sozinho, Gabriel, o Pensador, convocou uma entrevista coletiva em um hotel da cidade e, felizmente, desistiu do cachê, dizendo que não iria cobrar nada e, que, sempre valia a pena.
Não, isso não, afinal o que é 170 mil reais para um rapper da gema carioca vir aqui no frio do Rio Grande do Sul participar de um evento literário, por mais livros que possa ter escrito (Diário Noturno e Um Garoto Chamado Rorbeto), por mais obras que tenham se revelado best-seller, por mais que entenda de futebol, o que não é o caso em nenhuma das opções acima citadas, tenho a plena certeza de que o cachê “é muita areia para o caminhãozinho dele”.
Vamos deixar uma coisa bem clara: nada tenho nem contra e nem a favor de Gabriel, o Pensador, como se diz no mercado: a pedida é livre.
Tem quem pague, tem quem não pague, tem quem pague e ganhe um pouquinho, tem quem pague e ganhe um montão, tudo são tratativas do mundo moderno dos negócios.
Contudo, eu diria que, primeiramente, é uma falta de criatividade a toda prova a convocação de um cantor de rapper para ser patrono de um evento literário, e, depois, um disparate disponibilizar do erário público o valor de 170 mil reais para pagar um cachê.
Será que não temos nenhum escritor em condições de representar, e muito bem, a literatura gaúcha e brasileira em tal evento, será que não temos nenhum exponencial literário, nenhum músico nativista, nenhum cronista, articulista, ou, uma personalidade brilhante no afeto as letras para ser patrono de uma feira literária na cidade de Bento Gonçalves?
É, cada um com os seus...
É várzea? É o meu País, é o Brasil!
quinta-feira, 26 de abril de 2012
CIÚMES
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Sabe-se que o sentimento de ciúmes é um sentimento mesquinho, não generoso, avaro por assim dizer.
Muitas vezes ele nasce de um ressentimento, de uma suposta rivalidade, o que é bastante comum entre as pessoas, principalmente quando falamos nos relacionamentos, homens e mulheres, mulheres e homens.
Tais vibrações oprimem a harmonia onde se vive, tiraniza a saúde dos relacionamentos, envergonha possíveis amizades, que, talvez, seriam eternas, mas se deixaram contaminar pelo ciúme, muitas vezes por da cá aquela palha.
Com este sentimento presente em nossas vidas, contudo é bom que o leitor e a leitora imaginem não aquele ciúme que, por ser em tanto ínfimo, até apimenta os relacionamentos, mas, o ciúme doentio, presente em todas as circunstâncias, momentos, palavras e atos, também faz acirrar o espírito de competição, a disputa por tudo que se possa imaginar, o que não faz bem para ninguém, é bem verdade.
Importante é que as pessoas, não citemos sexo, que sempre demonstraram serem dóceis, compreensivas, amáveis, tornam-se ásperas, agressivas e, pouco ou quase nada solícitas.
Chegaram em minhas mãos, pelo correio eletrônico, algumas situações que expressam o poder de sentir ciúmes, o nascer da agressividade em muitos casos, asperezas acima citadas, contudo é preciso compreender que, em se falando de sexo, masculino e feminino, todavia, simplificar os muitos momentos de nossas vidas faz toda a diferença, e aí é que surgem as implicações, quando ELAS afirmam que os homens raramente estão deprimidos, portanto... olha o ciúmes!
- a garagem é sempre inteirinha deles;
- os preparativos para o casamento são sempre simples, nada é complicado;
- podem comer chocolate sempre que quiserem;
- não engravidam, portanto, também não...
- os mecânicos não mentem para eles;
- nunca precisam procurar outro posto de gasolina para achar um banheiro limpo;
- se der vontade, param o carro e fazem no acostamento mesmo;
- rugas são traços de caráter, barriga é sinal de prosperidade e cabelos brancos, é charme;
- ninguém fica encarando os peitos deles quando estão falando;
- os sapatos novos não machucam os pés, e, três pares são o suficiente para cinco anos;
- as conversas ao telefone duram no máximo 30 segundos;
- para férias de quinze dias precisam apenas de uma mochila;
- podem abrir qualquer tampa de qualquer frasco, lata, garrafa (principalmente de vinho);
- se outro aparecer na festa com a mesma roupa, não há problema, dão risada e, logo, logo são amigos;
- cera quente não chega nem perto de suas regiões íntimas;
- sua roupa íntima custa no máximo trinta reais (em pacote de três);
- seu corte de cabelo pode durar anos, aliás, décadas;
- meia dúzia de cervejas e um jogo de futebol na televisão já é o suficiente para a extrema felicidade;
- os shoppings não lhes fazem nenhuma falta;
- podem levantar a perna das calças sem se preocuparem com a aparência das pernas;
- se um amigo chamá-lo de gordo, careca, bicha, velho, esclerosado, etc., etc., etc., não abala em nada a amizade, aliás, é inclusive prova de grande amizade e, a melhor, ou então pior, como queiram...
- compram os presentes de Natal para vinte e cinco pessoas, no dia 24 de dezembro, em somente 25 minutos, PODE?????
Ah, tem mais, muito mais...
Olha os ciúmes!
sábado, 21 de abril de 2012
OS NARCISOS
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
“Narciso foi considerado um herói grego, mas só considerado, pois não se sabe de nenhum feito heroico dele. Sua história é de um rapaz que se apaixonou pelo próprio reflexo e morreu, mas a sua história têm outras versões.
Narciso é filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope. Foi dito em seu nascimento pelo profeta Tirésias, que Narciso teria uma vida longa desde que ele nunca admirasse muito a própria pessoa e a sua beleza. Na história arcaica Narciso era muito orgulhoso e conhece um jovem chamado Amantis, como Narciso era muito belo o jovem Amantis apesar de ser homem se apaixona por ele, mas Narciso o despreza, mesmo assim Amantis continua insistindo, sendo que Narciso para se livrar dele lhe da uma espada, Amantis aceita e a usa para se matar na porta de Narciso. Amantis antes de se matar pediu a deusa Nêmesis que Narciso um dia sofresse a dor do amor não correspondido, sendo que um dia Narciso andava pelo lago e viu a si próprio no reflexo do lago e tenta se seduzir, mas não é correspondido pelo reflexo, e, assim Narciso não aguenta a dor e se mata com sua espada, e, neste lago surgiu uma flor chamada Narciso.
Na história de Ovídio, Narciso também muito orgulhoso conhece a ninfa Eco.
Eco acha sua beleza de um deus, tanto que o comparou com Dionísio e Apolo,
Narciso a despreza, Eco fica muito deprimida e começa a definhar, deixando apenas uma voz melancólica, para dar uma lição em Narciso.
A deusa Nêmesis o condena a se apaixonar pelo seu próprio reflexo.
Um dia Narciso andava pelo lago e viu a si próprio no reflexo do lago, e fica se admirando, pela eternidade, outros dizem que ele caiu e se afogou, as ninfas foram enterrar seu corpo, mas só havia sobrado uma flor chamada Narciso”.
Assim podemos dizer que a política em Encruzilhada do Sul também conta em suas fileiras com heróis tal qual Narciso, sem nem mesmo terem a insígnia que os determinam como tal.
Muitos ainda pensam na imortalidade, quando nem mesmo são prescindíveis aos agrados dos votos nas urnas, o que acham ao contrário.
Na verdadeira compreensão dos fatos, caminham, eles, contra a história.
Os rumos não podem estar mais límpidos, claros, cristalinos do que estão.
No entanto, os entraves residem na disputa de alguns candidatos a candidato, sejam eles postulantes a qualquer nível, que, a bem da verdade trazem seus “Narcisos” arraigados na alma, coração e pele, quando, se não, refletem em seus olhares a própria imagem as margens do lago.
Ainda estamos muito longe de um consenso.
O tempo urge.
Mas, por infeliz coincidência ao herói grego, insistem em não compreender que o orgulho e a teimosia levarão a padecerem sob seus reflexos, podendo apenas e tão somente ficarem flores condenadas a determinar um passado bem próximo.
Correm o risco sim de se verem refletidos na vasa que restará quando após a tempestade, o lago se pôr a termo.
São incorrigíveis.
Por isso estão negando aos seus próprios olhos avistarem um futuro que logo ali se avizinha, bem mais rápido do tanto que imaginam, enquanto estão a admirar suas falsas e enganosas qualidades tal qual as formas sinuosas nas ondulações lacustres, falsamente enternecidas, em detrimento a uma postura bem mais eficiente e perspicaz.
Ah, os Narcisos...!!!!!
terça-feira, 17 de abril de 2012
"MAGISTRAIS"
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Impossível escusar-se em não interpretar o assunto mais polêmico da semana que passou, sobre o qual o STF versejou sobre regras de direito constitucional em análise a uma peculiaridade, diga-se de novo, uma peculiaridade no estado de gravidez das mulheres.
Que fique bem claro, e aí está à interpretação errônea, o Supremo Tribunal Federal não legalizou o aborto, quando muitos assim o pensam, seja por qual intenção, pois a clarividência da decisão não deixa margens de erro, pois então, não há mais nada a supor, se não o que foi determinado.
A anencefalia.
Por isso então não se fala em aborto neste caso.
A ciência médica determina, por diversos exames largamente comprovados, tutelados enfim pela legislação pertinente de que o feto anencéfalo não é um ser humano vivo, porque não tem cérebro e, infelizmente, como assim quis a natureza, nunca mais vai desenvolver alguma atividade cerebral, portanto, aí está definido, por esta morte cerebral, o fim da vida.
Uma das grandes definições da situação que ora se valia não foi por menos a citação do ministro do STF Ayres Britto quando em poético acalanto descreveu com maestria um sentimento até então pouco sentido, dizendo: “O anencéfalo é uma crisálida que jamais se tornará uma borboleta”.
Voltemos, então, ao assunto propriamente dito, reforçando que o aborto no Brasil não foi oficializado, pois nem mesmo era essa a matéria em discussão, contudo, o tema em debate era a anencefalia, ou, ausência de cérebro do feto que, agora, autoriza a gestante a “antecipação terapêutica do parto, ou a interrupção da gravidez”.
Reforça-se o dito: em existir a anencefalia numa gravidez, não quer dizer que as parturientes tenham a obrigação de realizar a antecipação terapêutica do parto, não, não é isso que foi votado, não é isso que ficou determinado, não é isso que a legislação em vigor quer que seja cumprido.
E, por que a ênfase em alertar sobre a lei votada, sua interpretação e obrigatoriedade?
Muito simples.
Para que não haja dividendos aos arautos da moral e dos bons costumes que se veem na situação de defensores humanistas e, contra os avanços civilizatórios.
É lógico que a antecipação terapêutica do parto e, uso esta terminologia para que não se faça aqui o comparativo com o simples aborto, por outras razões que não sejam ainda ao assunto que aqui estamos debatendo, o aborto por estupro, incesto e crime hediondo, sempre será, em qualquer circunstância, e não só para as teses religiosas, um ato incomum, triste e impetuoso, não se tem nenhuma dúvida.
No entanto, o STF foi prodigioso cumpriu sua missão com louvor, avançou civilizatóriamente, não foi arcaico, não se ateve a preconceitos já vencidos, dogmas perdidos nas antigas culturas que o próprio tempo se encarregou de apagar seus vestígios.
A racionalidade ás vezes mistura-se com a dura realidade da vida, com fatos que jamais imaginamos, é bem verdade, mas, ainda assim, precisamos viver em busca de nossos próprios princípios, em muito pelo respeito também a liberdade daqueles que nos cercam, pertos ou não, pois os sentimentos, muito embora as distâncias os amenizem, mas não os fazem desaparecer.
Respeitá-las, as gestantes e suas vontades é respeitar a dignidade da pessoa humana!
Parabéns ao Supremo Tribunal Federal e seus ministros, foram “magistrais”.
hcarretta@yahoo.com.br
Impossível escusar-se em não interpretar o assunto mais polêmico da semana que passou, sobre o qual o STF versejou sobre regras de direito constitucional em análise a uma peculiaridade, diga-se de novo, uma peculiaridade no estado de gravidez das mulheres.
Que fique bem claro, e aí está à interpretação errônea, o Supremo Tribunal Federal não legalizou o aborto, quando muitos assim o pensam, seja por qual intenção, pois a clarividência da decisão não deixa margens de erro, pois então, não há mais nada a supor, se não o que foi determinado.
A anencefalia.
Por isso então não se fala em aborto neste caso.
A ciência médica determina, por diversos exames largamente comprovados, tutelados enfim pela legislação pertinente de que o feto anencéfalo não é um ser humano vivo, porque não tem cérebro e, infelizmente, como assim quis a natureza, nunca mais vai desenvolver alguma atividade cerebral, portanto, aí está definido, por esta morte cerebral, o fim da vida.
Uma das grandes definições da situação que ora se valia não foi por menos a citação do ministro do STF Ayres Britto quando em poético acalanto descreveu com maestria um sentimento até então pouco sentido, dizendo: “O anencéfalo é uma crisálida que jamais se tornará uma borboleta”.
Voltemos, então, ao assunto propriamente dito, reforçando que o aborto no Brasil não foi oficializado, pois nem mesmo era essa a matéria em discussão, contudo, o tema em debate era a anencefalia, ou, ausência de cérebro do feto que, agora, autoriza a gestante a “antecipação terapêutica do parto, ou a interrupção da gravidez”.
Reforça-se o dito: em existir a anencefalia numa gravidez, não quer dizer que as parturientes tenham a obrigação de realizar a antecipação terapêutica do parto, não, não é isso que foi votado, não é isso que ficou determinado, não é isso que a legislação em vigor quer que seja cumprido.
E, por que a ênfase em alertar sobre a lei votada, sua interpretação e obrigatoriedade?
Muito simples.
Para que não haja dividendos aos arautos da moral e dos bons costumes que se veem na situação de defensores humanistas e, contra os avanços civilizatórios.
É lógico que a antecipação terapêutica do parto e, uso esta terminologia para que não se faça aqui o comparativo com o simples aborto, por outras razões que não sejam ainda ao assunto que aqui estamos debatendo, o aborto por estupro, incesto e crime hediondo, sempre será, em qualquer circunstância, e não só para as teses religiosas, um ato incomum, triste e impetuoso, não se tem nenhuma dúvida.
No entanto, o STF foi prodigioso cumpriu sua missão com louvor, avançou civilizatóriamente, não foi arcaico, não se ateve a preconceitos já vencidos, dogmas perdidos nas antigas culturas que o próprio tempo se encarregou de apagar seus vestígios.
A racionalidade ás vezes mistura-se com a dura realidade da vida, com fatos que jamais imaginamos, é bem verdade, mas, ainda assim, precisamos viver em busca de nossos próprios princípios, em muito pelo respeito também a liberdade daqueles que nos cercam, pertos ou não, pois os sentimentos, muito embora as distâncias os amenizem, mas não os fazem desaparecer.
Respeitá-las, as gestantes e suas vontades é respeitar a dignidade da pessoa humana!
Parabéns ao Supremo Tribunal Federal e seus ministros, foram “magistrais”.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
TUDO ESTÁ QUIETO...
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
…no “Quartel d’Abrantes”.
A bem da verdade a frase correta é “Tudo como dantes no Quartel d’ Abrantes”, surgida no século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica.
Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês.
Em 1807, uma das primeiras cidades invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 km de Lisboa, as margens do rio Tejo.
Lá instalou seu quartel-general, e, meses depois se fez nomear Duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o príncipe regente, D.João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido para o Brasil.
Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao Duque.
A tranquilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico.
A quem perguntasse com iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.
Até hoje se usa a frase para se indicar que nada mudou.
Pois então, aí está um pouco de história aos nossos leitores e leitoras, como também é válida a afirmação, ou o dito, como queiram, que em nosso quartel, ou melhor, em nossa Encruzilhada do Sul, no que se refere ao próximo pleito, está como dantes...
Pouco ou quase nada aconteceu até o presente momento, salvo que do dia em que hoje escrevo a coluna até a publicação do Correio Popular Encruzilhadense, algo contundente venha a acontecer, o que duvido muito, no entanto, não é difícil de surgir novidades.
Mas ao que nos referimos não são pequenas novidades, pois estas espocam a cada semana e, são que nem pipocas, como diz o termo, pouco ou nada mudam o cenário político.
É claro, sabe-se de antemão que alguma coisa já está delineada, diria mais ainda, patenteada, bastando para tanto que se abram as cortinas da propaganda eleitoral e já teremos de cara uma coligação mais do que pronta para o seu espetáculo.
Se o programa é bom ou não caberá ao eleitor avaliar e, mais do que contracenar, confirmar nas urnas, se bem que nomes ainda não deram a resposta esperada, ao menos são os comentários.
Todavia, enquanto esta não alça voo, outras simplesmente não existem e, continuam com suas disputas internas, bem pouco, mais ainda as turras com as dificuldades encontradas para algum nome ser consenso.
A coisa mais certa de todas as coisas, e isto está provado, e bem provado há questão de muito pouco tempo atrás, quem viveu, sofreu, e muito, é que, se não houver consenso em torno de apenas um nome, se não houver uma oposição coerente e engajada no processo eleitoral ao redor de um só propósito, se não houver entendimento das partes interessadas e se deixarem se levar pela disputa de quem é o mais belo, ou faz mais votos, tenham a certeza de que o prélio será imensamente prejudicado, extremamente difícil, uma tarefa para gigantes.
Já ter o piloto, muito embora não consiga alçar voo é uma coisa, agora, muito pior é apertar os cintos porque o piloto sumiu... ou melhor, não existe.
Então, é verdade, está tudo como dantes no quartel d’Abrantes!
Tenho dito.
hcarretta@yahoo.com.br
…no “Quartel d’Abrantes”.
A bem da verdade a frase correta é “Tudo como dantes no Quartel d’ Abrantes”, surgida no século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica.
Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês.
Em 1807, uma das primeiras cidades invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 km de Lisboa, as margens do rio Tejo.
Lá instalou seu quartel-general, e, meses depois se fez nomear Duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o príncipe regente, D.João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido para o Brasil.
Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao Duque.
A tranquilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico.
A quem perguntasse com iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.
Até hoje se usa a frase para se indicar que nada mudou.
Pois então, aí está um pouco de história aos nossos leitores e leitoras, como também é válida a afirmação, ou o dito, como queiram, que em nosso quartel, ou melhor, em nossa Encruzilhada do Sul, no que se refere ao próximo pleito, está como dantes...
Pouco ou quase nada aconteceu até o presente momento, salvo que do dia em que hoje escrevo a coluna até a publicação do Correio Popular Encruzilhadense, algo contundente venha a acontecer, o que duvido muito, no entanto, não é difícil de surgir novidades.
Mas ao que nos referimos não são pequenas novidades, pois estas espocam a cada semana e, são que nem pipocas, como diz o termo, pouco ou nada mudam o cenário político.
É claro, sabe-se de antemão que alguma coisa já está delineada, diria mais ainda, patenteada, bastando para tanto que se abram as cortinas da propaganda eleitoral e já teremos de cara uma coligação mais do que pronta para o seu espetáculo.
Se o programa é bom ou não caberá ao eleitor avaliar e, mais do que contracenar, confirmar nas urnas, se bem que nomes ainda não deram a resposta esperada, ao menos são os comentários.
Todavia, enquanto esta não alça voo, outras simplesmente não existem e, continuam com suas disputas internas, bem pouco, mais ainda as turras com as dificuldades encontradas para algum nome ser consenso.
A coisa mais certa de todas as coisas, e isto está provado, e bem provado há questão de muito pouco tempo atrás, quem viveu, sofreu, e muito, é que, se não houver consenso em torno de apenas um nome, se não houver uma oposição coerente e engajada no processo eleitoral ao redor de um só propósito, se não houver entendimento das partes interessadas e se deixarem se levar pela disputa de quem é o mais belo, ou faz mais votos, tenham a certeza de que o prélio será imensamente prejudicado, extremamente difícil, uma tarefa para gigantes.
Já ter o piloto, muito embora não consiga alçar voo é uma coisa, agora, muito pior é apertar os cintos porque o piloto sumiu... ou melhor, não existe.
Então, é verdade, está tudo como dantes no quartel d’Abrantes!
Tenho dito.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
INCREDULIDADE
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
A família brasileira está incrédula, o povo brasileiro ímpio ante o fato descerrado na Corte em Brasília, quando o considerado arauto da moralidade caiu em descrédito frente a sua parceria com o contraventor Carlinhos Cachoeira, senador Demóstenes Torres (ex-Dem-GO).
Percorrendo as folhas dos jornais, todos, sem exceção, dedicam ainda páginas e páginas com comentários sobre o fato e, o que me levou a estar aqui, também escrevendo sobre o mesmo assunto é que, em certo veículo de comunicação, em quatro páginas seguidas, em colunas e comentários diferentes, mais de seis vezes, o defensor acérrimo da ética é citado.
Foi e continua sendo uma das mais propaladas quedas de que já se ouviu falar no Paço Governamental, na Capital Federal, por enquanto...
E por que, por enquanto?
Porque já estamos nos acostumando a cada dia ver, ouvir, ler as mais dignas autoridades políticas, assim ditas em épocas outras, caírem suas máscaras intocáveis, e, ao público, serem expostas suas mais fétidas ações, sejam elas do tipo que forem.
Querem ver?
“Por que nos arrepiamos só agora, se o Senado, há tempos, é um dos núcleos do horror da vida pública?
Lembram-se dos atos de ACM, Jáder Barbalho ou Renan Calheiros?
O mais grave no escândalo de agora é a descoberta do fingimento. Um lugar reservado (em teoria) às grandes figuras da política surge como algo muito próximo à gazua com que a bandidagem abre o cofre alheio. Se Demóstenes Torres não era o que aparentava ser, se apenas fingia, quantos outros não estarão, até hoje, simulando cínica honestidade para encobrir o delito sorrateiro? “Flávio Tavares – Jornalista e escritor – Coluna Zero Hora – 08.04.2012
Para que o leitor e a leitora venham a saber, se já não sabem, dos 63 membros dos conselhos de Ética do Senado e da Câmara dos Deputados, pelo menos 20 respondem a inquéritos no Supremo Tribunal, por crimes contra a administração pública, corrupção ou fraude à Previdência Social.
Como é que ainda vamos acreditar em políticos? Sejam quem forem, que nome tenham, onde estão, numa boa, não dá mais! Já lhes falta, há muito tempo: CREDIBILIDADE.
Ah, e ainda mais, é preciso que se esclareça, bastando para isso apenas se inteirar de leis, se sobrar tempo ao cidadão comum, caso contrário é nossa obrigação também informa-los, de que tais regras estão cada vez mais mitigas, mais brandas, mais suaves com quem merece rigor.
É caótica a vida política brasileira e seus atores.
Marcos Rolim, também jornalista e em sua coluna de Zero Hora, diz o seguinte: “... a política no Brasil é um caso perdido; a má política aqui praticada se sustenta só em três grandes pilares: a) os favores prestados pelos governantes e parlamentares aos eleitores e ao poder econômico – fenômenos do clientelismo político e da representação obscura de interesses privados; b) o financiamento privado das campanhas eleitorais e, c) a ocupação da máquina de Estado por indicações dos partidos da base aliada, o que mentirosamente chamam-na de “governabilidade”.
Muito disso também é nossa culpa, nossa máxima culpa, ou seja, por um lado a nossa maneira de escolher os candidatos, e, por que não “curriculum vitae”, pois se ele nos exigem em qualquer ínfimo emprego?
A outra está em não ocuparmos nossos espaços, omitir-nos na política, não participar ativamente e postular sim, cargos, no intuito de banir as más intenções, acanhar propósitos escusos, exterminar por vez o profissionalismo político, corrupto, devasso, oxidado nas entranhas do poder de se valer cada vez mais da nossa omissão, para se locupletarem sem percalços ou sobressaltos.
Eleições se avizinham e, muitos devem colocar “suas barbas de molho”...
Eleitores: Tomem tenência!!!!
hcarretta@yahoo.com.br
A família brasileira está incrédula, o povo brasileiro ímpio ante o fato descerrado na Corte em Brasília, quando o considerado arauto da moralidade caiu em descrédito frente a sua parceria com o contraventor Carlinhos Cachoeira, senador Demóstenes Torres (ex-Dem-GO).
Percorrendo as folhas dos jornais, todos, sem exceção, dedicam ainda páginas e páginas com comentários sobre o fato e, o que me levou a estar aqui, também escrevendo sobre o mesmo assunto é que, em certo veículo de comunicação, em quatro páginas seguidas, em colunas e comentários diferentes, mais de seis vezes, o defensor acérrimo da ética é citado.
Foi e continua sendo uma das mais propaladas quedas de que já se ouviu falar no Paço Governamental, na Capital Federal, por enquanto...
E por que, por enquanto?
Porque já estamos nos acostumando a cada dia ver, ouvir, ler as mais dignas autoridades políticas, assim ditas em épocas outras, caírem suas máscaras intocáveis, e, ao público, serem expostas suas mais fétidas ações, sejam elas do tipo que forem.
Querem ver?
“Por que nos arrepiamos só agora, se o Senado, há tempos, é um dos núcleos do horror da vida pública?
Lembram-se dos atos de ACM, Jáder Barbalho ou Renan Calheiros?
O mais grave no escândalo de agora é a descoberta do fingimento. Um lugar reservado (em teoria) às grandes figuras da política surge como algo muito próximo à gazua com que a bandidagem abre o cofre alheio. Se Demóstenes Torres não era o que aparentava ser, se apenas fingia, quantos outros não estarão, até hoje, simulando cínica honestidade para encobrir o delito sorrateiro? “Flávio Tavares – Jornalista e escritor – Coluna Zero Hora – 08.04.2012
Para que o leitor e a leitora venham a saber, se já não sabem, dos 63 membros dos conselhos de Ética do Senado e da Câmara dos Deputados, pelo menos 20 respondem a inquéritos no Supremo Tribunal, por crimes contra a administração pública, corrupção ou fraude à Previdência Social.
Como é que ainda vamos acreditar em políticos? Sejam quem forem, que nome tenham, onde estão, numa boa, não dá mais! Já lhes falta, há muito tempo: CREDIBILIDADE.
Ah, e ainda mais, é preciso que se esclareça, bastando para isso apenas se inteirar de leis, se sobrar tempo ao cidadão comum, caso contrário é nossa obrigação também informa-los, de que tais regras estão cada vez mais mitigas, mais brandas, mais suaves com quem merece rigor.
É caótica a vida política brasileira e seus atores.
Marcos Rolim, também jornalista e em sua coluna de Zero Hora, diz o seguinte: “... a política no Brasil é um caso perdido; a má política aqui praticada se sustenta só em três grandes pilares: a) os favores prestados pelos governantes e parlamentares aos eleitores e ao poder econômico – fenômenos do clientelismo político e da representação obscura de interesses privados; b) o financiamento privado das campanhas eleitorais e, c) a ocupação da máquina de Estado por indicações dos partidos da base aliada, o que mentirosamente chamam-na de “governabilidade”.
Muito disso também é nossa culpa, nossa máxima culpa, ou seja, por um lado a nossa maneira de escolher os candidatos, e, por que não “curriculum vitae”, pois se ele nos exigem em qualquer ínfimo emprego?
A outra está em não ocuparmos nossos espaços, omitir-nos na política, não participar ativamente e postular sim, cargos, no intuito de banir as más intenções, acanhar propósitos escusos, exterminar por vez o profissionalismo político, corrupto, devasso, oxidado nas entranhas do poder de se valer cada vez mais da nossa omissão, para se locupletarem sem percalços ou sobressaltos.
Eleições se avizinham e, muitos devem colocar “suas barbas de molho”...
Eleitores: Tomem tenência!!!!
quarta-feira, 4 de abril de 2012
O CREPÚSCULO DE UMA CLASSE
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Não há mais nada o que dizer.
Quando um ministro de estado entende que se deva cumprir, em todos os estados da Federação, o piso básico de remuneração de uma categoria, e, ajuda a promulgar a lei para que se cumpra, nada mais se espera do que realmente se cumpra a determinada lei, não é verdade?
Não, não é verdade!
Então, vem à campanha eleitoral para eleição dos governadores de estado, e, lá está aquele ex-ministro, o mesmo que ajudou a sancionar a lei do piso básico de certa categoria, e, afirma que se eleito fosse, faria cumprir esta determinada lei, como compromisso de campanha, e o que se espera?
Que seja cumprida a promessa de campanha, não é verdade?
Não, não é verdade!
Tenho saudades dos bancos escolares, da tenra idade estudantil, do Grupo Escolar Silveira Martins, principalmente das professoras, dedicadas, solícitas, impregnadas de novos horizontes, cheias de boa vontade, incutidas de grandes sabedorias, e, que, pacientemente nos trouxeram a alfabetização e o aprendizado, desde aquela época, até quando escrevo estas linhas, que por elas me foram adestradas.
Se hoje o prezado leitor, a prezada leitora consegue ler este texto, é porque também frequentou os bancos escolares, é porque também esteve na fonte de ensino de uma professora, talvez de um professor, não seria diferente o indício da vocação de transmitir conhecimentos os catedráticos.
Talvez fossem tempos diferentes, talvez houvesse mais reconhecimento, talvez houvesse mais carinho, talvez houvesse mais respeito e inegável gratidão ao magistério, não sei, mas o que sei me basta para admirar e, sempre agradecer aos professores o que hoje posso fazer, mesmo o trivial, que é ler e escrever.
Nada hoje é mais verdade que durante ao longo dos anos depauperaram a classe do professorado, e, como se não bastasse, num desespero da sociedade que pede socorro quanto à educação de seus filhos, basicamente transferiram aos poucos esta tarefa para as salas de aula, onerando ainda mais a responsabilidade moral dos abnegados ensinadores, sem lhes darem guarida, tanto monetária, quanto logisticamente.
Reclamar a quem, se a quem de direito lhes dá as costas, e, nem a lei será cumprida com o pagamento do piso salarial nacional?
Os que antes apoiavam o magistério são os que hoje lhes negam abrigo aos rigores da lei e, os que ontem lhes negaram melhores condições de vida, hoje, agarram-se desesperados a corda da crítica, defendendo não somente o professorado, como também querendo as migalhas de alguns possíveis votos.
Infelizmente, usurpam da classe como massa de manobra.
Até mesmo o seu próprio sindicato, ou melhor, os ocupantes de cargos dentro deste mesmo sindicato, usaram-no como trampolim político, isso é público e é notório, para mais adiante locupletarem-se nas entrâncias do poder, esquecendo-se totalmente de suas origens sindicalistas e, viraram as costas aos catedráticos.
Senti de perto a emoção dos professores quando o assunto em pauta dava conta de mais uma batalha perdida na longa luta do magistério, vi lágrimas de vergonha, de tristeza, de impotência em face de mais uma derrota, mas vi, também, a honradez, a fibra, a lucidez de seus compromissos como educadores, o que já há muito tempo não é mais uma profissão, mas uma vibrante e verdadeira vocação, qual não seja o de apenas e tão somente ensinar, mesmo os que hoje lhes negam dignidade.
Tenho dito.
hcarretta@yahoo.com.br
Não há mais nada o que dizer.
Quando um ministro de estado entende que se deva cumprir, em todos os estados da Federação, o piso básico de remuneração de uma categoria, e, ajuda a promulgar a lei para que se cumpra, nada mais se espera do que realmente se cumpra a determinada lei, não é verdade?
Não, não é verdade!
Então, vem à campanha eleitoral para eleição dos governadores de estado, e, lá está aquele ex-ministro, o mesmo que ajudou a sancionar a lei do piso básico de certa categoria, e, afirma que se eleito fosse, faria cumprir esta determinada lei, como compromisso de campanha, e o que se espera?
Que seja cumprida a promessa de campanha, não é verdade?
Não, não é verdade!
Tenho saudades dos bancos escolares, da tenra idade estudantil, do Grupo Escolar Silveira Martins, principalmente das professoras, dedicadas, solícitas, impregnadas de novos horizontes, cheias de boa vontade, incutidas de grandes sabedorias, e, que, pacientemente nos trouxeram a alfabetização e o aprendizado, desde aquela época, até quando escrevo estas linhas, que por elas me foram adestradas.
Se hoje o prezado leitor, a prezada leitora consegue ler este texto, é porque também frequentou os bancos escolares, é porque também esteve na fonte de ensino de uma professora, talvez de um professor, não seria diferente o indício da vocação de transmitir conhecimentos os catedráticos.
Talvez fossem tempos diferentes, talvez houvesse mais reconhecimento, talvez houvesse mais carinho, talvez houvesse mais respeito e inegável gratidão ao magistério, não sei, mas o que sei me basta para admirar e, sempre agradecer aos professores o que hoje posso fazer, mesmo o trivial, que é ler e escrever.
Nada hoje é mais verdade que durante ao longo dos anos depauperaram a classe do professorado, e, como se não bastasse, num desespero da sociedade que pede socorro quanto à educação de seus filhos, basicamente transferiram aos poucos esta tarefa para as salas de aula, onerando ainda mais a responsabilidade moral dos abnegados ensinadores, sem lhes darem guarida, tanto monetária, quanto logisticamente.
Reclamar a quem, se a quem de direito lhes dá as costas, e, nem a lei será cumprida com o pagamento do piso salarial nacional?
Os que antes apoiavam o magistério são os que hoje lhes negam abrigo aos rigores da lei e, os que ontem lhes negaram melhores condições de vida, hoje, agarram-se desesperados a corda da crítica, defendendo não somente o professorado, como também querendo as migalhas de alguns possíveis votos.
Infelizmente, usurpam da classe como massa de manobra.
Até mesmo o seu próprio sindicato, ou melhor, os ocupantes de cargos dentro deste mesmo sindicato, usaram-no como trampolim político, isso é público e é notório, para mais adiante locupletarem-se nas entrâncias do poder, esquecendo-se totalmente de suas origens sindicalistas e, viraram as costas aos catedráticos.
Senti de perto a emoção dos professores quando o assunto em pauta dava conta de mais uma batalha perdida na longa luta do magistério, vi lágrimas de vergonha, de tristeza, de impotência em face de mais uma derrota, mas vi, também, a honradez, a fibra, a lucidez de seus compromissos como educadores, o que já há muito tempo não é mais uma profissão, mas uma vibrante e verdadeira vocação, qual não seja o de apenas e tão somente ensinar, mesmo os que hoje lhes negam dignidade.
Tenho dito.
LER : EIS A QUESTÃO
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
A notícia: terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pela Fundação Pró-Livro e pelo Ibope, feito com 5 mil pessoas em 315 municípios do país, dá conta de que de 2007 para cá, o índice de leitura caiu de 4,7 livros por pessoa para quatro títulos, ao ano.
O número de leitores caiu de 95,6 milhões há cinco anos para 88,2 milhões no ano passado, quando a população cresceu 2,9%.
O comentário: mesmo que este assunto já tenha sido tratado aqui nesta coluna, por mais de uma vez, nada nos custa voltarmos ao tema, uma vez que ele é empolgante, face à leitura ser um dos caminhos mais curtos para a sapiência, ao mesmo tempo em que é cada vez menos acessível a quem tem vontade de ler.
Muito embora o analfabetismo tenha decrescido no território nacional, vez que os governos, morosamente, dão-se conta do absurdo que cometem, pelos valores investidos na educação e, pelos repasses que mesmo feitos, consomem-se por entre corredores das casas executivas investidos em naus descontroladas, muito embora os avisos da meteorologia administrativa, quando as possuem e são idôneas, ainda assim, pode-se afirmar que a luta contra o analfabetismo, continua.
Pois bem, então por que os brasileiros estão lendo menos, ou melhor, diminuíram o consumo de livros, e, pela tendência, vemos o gráfico cada vez mais apresentar-se negativo?
A bem da verdade sente-se um desapreço dos brasileiros a leitura tradicional.
Muito, também, se deve ao largo consumismo de informações junto às redes sociais, isto é um fato, e, dele não podemos nos afastar, por ser real e pertencer, seguramente ao nosso dia-a-dia, o que não quer dizer qualidade e suficiência para uma possível transformação na vida de cada praticante virtual.
É preciso que se estabeleça a importância da leitura na vida de cada um, principalmente como fator de transformação, de entendimento, de descobertas, enfim, o fato de ler faz com que haja uma maior interação entre pensamentos e verdades das coisas que nos cercam e, também, daquilo que consideramos desconhecido, pois está nas palavras, e, não na decifração de signos, a interpretação dos fatos.
Pois com toda a retórica, também dissemos de uma eloquência robusta, nada poderia afastar-nos de uma boa leitura, de um bom livro, de um resumo crítico e, de autores admirados, pois, ainda assim estamos bastante longe da tão propalada cultura que sempre gostaríamos de ter.
Voltamos para a mesma tecla, voltamos para o mesmo ponto de partida, voltamos para o princípio de tudo, qual não seja de que os livros continuam caros o suficiente para que não tenhamos acesso a tão desejada cultura e, portanto, as pesquisas não poderiam dizer outra coisa se não, o que retratam.
No entanto poderia haver contrapartida em vista do que oferecem as bibliotecas, todavia e em primeiro lugar não temos o costume de frequentar tal ambiente, segundo de que infelizmente, e, muito embora o governo tente muni-las, em sua maioria estão desatualizadas quanto às obras recentes e, que, são atrativas aos olhos ávidos dos leitores e, por fim, nada melhor que ter um livro a sua disposição para ler ao tempo que puder e quiser, sem tempo estipulado para a sua devolução, não é verdade?
Não podemos dizer que os brasileiros são desinteressados pela leitura, enquanto não for proporcionado ao povo livros com preços acessíveis a realidade do salário nacional, pois é extamente assim que não existe o incentivo necessário para que todos possamos usufruir desta transformação e capacitação para entender o mundo.
FELIZ PÁSCOA A TODOS!!! (com um bom livro)
hcarretta@yahoo.com.br
A notícia: terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pela Fundação Pró-Livro e pelo Ibope, feito com 5 mil pessoas em 315 municípios do país, dá conta de que de 2007 para cá, o índice de leitura caiu de 4,7 livros por pessoa para quatro títulos, ao ano.
O número de leitores caiu de 95,6 milhões há cinco anos para 88,2 milhões no ano passado, quando a população cresceu 2,9%.
O comentário: mesmo que este assunto já tenha sido tratado aqui nesta coluna, por mais de uma vez, nada nos custa voltarmos ao tema, uma vez que ele é empolgante, face à leitura ser um dos caminhos mais curtos para a sapiência, ao mesmo tempo em que é cada vez menos acessível a quem tem vontade de ler.
Muito embora o analfabetismo tenha decrescido no território nacional, vez que os governos, morosamente, dão-se conta do absurdo que cometem, pelos valores investidos na educação e, pelos repasses que mesmo feitos, consomem-se por entre corredores das casas executivas investidos em naus descontroladas, muito embora os avisos da meteorologia administrativa, quando as possuem e são idôneas, ainda assim, pode-se afirmar que a luta contra o analfabetismo, continua.
Pois bem, então por que os brasileiros estão lendo menos, ou melhor, diminuíram o consumo de livros, e, pela tendência, vemos o gráfico cada vez mais apresentar-se negativo?
A bem da verdade sente-se um desapreço dos brasileiros a leitura tradicional.
Muito, também, se deve ao largo consumismo de informações junto às redes sociais, isto é um fato, e, dele não podemos nos afastar, por ser real e pertencer, seguramente ao nosso dia-a-dia, o que não quer dizer qualidade e suficiência para uma possível transformação na vida de cada praticante virtual.
É preciso que se estabeleça a importância da leitura na vida de cada um, principalmente como fator de transformação, de entendimento, de descobertas, enfim, o fato de ler faz com que haja uma maior interação entre pensamentos e verdades das coisas que nos cercam e, também, daquilo que consideramos desconhecido, pois está nas palavras, e, não na decifração de signos, a interpretação dos fatos.
Pois com toda a retórica, também dissemos de uma eloquência robusta, nada poderia afastar-nos de uma boa leitura, de um bom livro, de um resumo crítico e, de autores admirados, pois, ainda assim estamos bastante longe da tão propalada cultura que sempre gostaríamos de ter.
Voltamos para a mesma tecla, voltamos para o mesmo ponto de partida, voltamos para o princípio de tudo, qual não seja de que os livros continuam caros o suficiente para que não tenhamos acesso a tão desejada cultura e, portanto, as pesquisas não poderiam dizer outra coisa se não, o que retratam.
No entanto poderia haver contrapartida em vista do que oferecem as bibliotecas, todavia e em primeiro lugar não temos o costume de frequentar tal ambiente, segundo de que infelizmente, e, muito embora o governo tente muni-las, em sua maioria estão desatualizadas quanto às obras recentes e, que, são atrativas aos olhos ávidos dos leitores e, por fim, nada melhor que ter um livro a sua disposição para ler ao tempo que puder e quiser, sem tempo estipulado para a sua devolução, não é verdade?
Não podemos dizer que os brasileiros são desinteressados pela leitura, enquanto não for proporcionado ao povo livros com preços acessíveis a realidade do salário nacional, pois é extamente assim que não existe o incentivo necessário para que todos possamos usufruir desta transformação e capacitação para entender o mundo.
FELIZ PÁSCOA A TODOS!!! (com um bom livro)
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