HABILIDADES ESSENCIAIS
Krretta
Como dizem por aí: “vou morrer e não
vou ver tudo”!
Quando comecei a trabalhar no Banco do
Brasil, a empresa exigia dedicação integral e, muitas vezes chegávamos a 10, 12
horas de trabalho.
E ninguém reclamava, pois sempre fomos
muito dedicados e, mais ainda, gostávamos daquilo que fazíamos.
Também sempre fomos recompensados por
esta dedicação, com horas extras e folgas (Banco de Horas).
Não havia espaço para qualquer outra
atividade, mas um ou dois funcionários se superavam e buscavam forças para
cursar uma faculdade.
Foram raras exceções.
Com o passar do tempo o mercado começou
a exigir no currículo dos pretendentes a um emprego, curso superior.
As empresas passaram então a incentivar
seus funcionários, que antes eram focados na dedicação integral, curso superior
também.
Para tanto, qualquer promoção passou a
depender muito deste requisito.
Foi-se as 10, 12 horas de dedicação
exclusiva e veio a “maior capacitação” dos funcionários.
Balela, pois os grandes administradores
tiveram nas suas experiências, a capacidade e o discernimento em conduzir
situações de difícil resolução.
As fáceis eram fáceis...
Por isso as nossas estatais hoje em dia
não conseguem decolar, são ineficientes, pois quem lá está a administrá-las são
políticos, ou pessoas indicadas por estes, e que não são do ramo, não possuem
identificação com a empresa.
Sou adepto fervoroso do “pessoal de carreira”.
Eles possuem a história da sua empresa
no sangue...
Mas então, um canudo de papel e estamos
conversados?
Não, parece que não é mais assim, de
novo!
Segundo a Google, as pessoas que
conseguiram seu lugar no mundo mesmo sem curso superior são excepcionais e por
isso a empresa as quer.
Isto é o que nos diz Gabriela Ferreira,
líder de Impacto Social no Tecnopuc e diretora técnica da Anprotec, em sua
coluna do jornal ZH, dia desses.
O assunto é palpitante, pena que não
tenhamos espaço suficiente para debater o assunto.
Mas está lá: “Apple, Google e IBM não pedem mais diploma para contratação de funcionários. Essas
gigantes da tecnologia aparecem em uma lista, divulgada pelo site de empregos
Glassdoor, de 15 empresas dos Estados Unidos que não exigem formação superior. A notícia causou alvoroço e, claro, gerou dúvidas
para aqueles que estão em formação, os que pretendem acessar uma universidade e
para o mercado de forma geral”.
O Fórum Econômico Mundial indicou, em 2016, que as três principais
habilidades das pessoas em 2020 serão capacidade de resolver problemas
complexos, pensamento crítico e criatividade.
Ocorre que um curso superior deve desenvolver essas habilidades e não somente
as técnicas.
E a partir desse momento, passamos a discutir a educação em nosso país.
Segundo
a articulista, é preciso que o ensino superior evolua em seus modelos
formativos.
Pois é bem verdade que um curso superior específico, ou seja, da área onde o
profissional atua, ou vai atuar, é fundamental para que seu desempenho atinja
os propósitos que a empresa almeja.
Naquela
época geravam-se candidatos a empregos, e hoje o mercado exige um profissional
capaz de gerir conflitos ao mesmo tempo de produzir lucros.
Então
a Google, Apple e IBM estão equivocadas?
A
realidade dos Estados Unidos é completamente diferente da nossa.
Segundo
a colunista, lá as universidades cada vez mais são inacessíveis e no setor de
tecnologia há grande concorrência por funcionários.
Agora,
está muito claro de que precisamos investir, e muito, em educação neste país,
mas em plena época de mudar o governo, os projetos neste campo são confusos e,
sem nenhum detalhamento.
Mais
ainda: falam um pouco de “como”, mas não dizem em nenhum momento, o muito “de
onde”.
Assim
é que é.
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