segunda-feira, 24 de setembro de 2018


HABILIDADES ESSENCIAIS

                                                                                                   Krretta

         Como dizem por aí: “vou morrer e não vou ver tudo”!
         Quando comecei a trabalhar no Banco do Brasil, a empresa exigia dedicação integral e, muitas vezes chegávamos a 10, 12 horas de trabalho.
         E ninguém reclamava, pois sempre fomos muito dedicados e, mais ainda, gostávamos daquilo que fazíamos.
         Também sempre fomos recompensados por esta dedicação, com horas extras e folgas (Banco de Horas).
         Não havia espaço para qualquer outra atividade, mas um ou dois funcionários se superavam e buscavam forças para cursar uma faculdade.
         Foram raras exceções.
         Com o passar do tempo o mercado começou a exigir no currículo dos pretendentes a um emprego, curso superior.
         As empresas passaram então a incentivar seus funcionários, que antes eram focados na dedicação integral, curso superior também.
         Para tanto, qualquer promoção passou a depender muito deste requisito.
         Foi-se as 10, 12 horas de dedicação exclusiva e veio a “maior capacitação” dos funcionários.
         Balela, pois os grandes administradores tiveram nas suas experiências, a capacidade e o discernimento em conduzir situações de difícil resolução.
         As fáceis eram fáceis...
         Por isso as nossas estatais hoje em dia não conseguem decolar, são ineficientes, pois quem lá está a administrá-las são políticos, ou pessoas indicadas por estes, e que não são do ramo, não possuem identificação com a empresa.
Sou adepto fervoroso do “pessoal de carreira”.
         Eles possuem a história da sua empresa no sangue...
         Mas então, um canudo de papel e estamos conversados?
         Não, parece que não é mais assim, de novo!
         Segundo a Google, as pessoas que conseguiram seu lugar no mundo mesmo sem curso superior são excepcionais e por isso a empresa as quer.
         Isto é o que nos diz Gabriela Ferreira, líder de Impacto Social no Tecnopuc e diretora técnica da Anprotec, em sua coluna do jornal ZH, dia desses.
         O assunto é palpitante, pena que não tenhamos espaço suficiente para debater o assunto.
         Mas está lá: AppleGoogle e IBM não pedem mais diploma para contratação de funcionários. Essas gigantes da tecnologia aparecem em uma lista, divulgada pelo site de empregos Glassdoor, de 15 empresas dos Estados Unidos que não exigem formação superior. A notícia causou alvoroço e, claro, gerou dúvidas para aqueles que estão em formação, os que pretendem acessar uma universidade e para o mercado de forma geral”.
         O Fórum Econômico Mundial indicou, em 2016, que as três principais habilidades das pessoas em 2020 serão capacidade de resolver problemas complexos, pensamento crítico e criatividade.
Ocorre que um curso superior deve desenvolver essas habilidades e não somente as técnicas.
E a partir desse momento, passamos a discutir a educação em nosso país.
Segundo a articulista, é preciso que o ensino superior evolua em seus modelos formativos.
 Pois é bem verdade que um curso superior específico, ou seja, da área onde o profissional atua, ou vai atuar, é fundamental para que seu desempenho atinja os propósitos que a empresa almeja.
Naquela época geravam-se candidatos a empregos, e hoje o mercado exige um profissional capaz de gerir conflitos ao mesmo tempo de produzir lucros.
Então a Google, Apple e IBM estão equivocadas?
A realidade dos Estados Unidos é completamente diferente da nossa.
Segundo a colunista, lá as universidades cada vez mais são inacessíveis e no setor de tecnologia há grande concorrência por funcionários.
Agora, está muito claro de que precisamos investir, e muito, em educação neste país, mas em plena época de mudar o governo, os projetos neste campo são confusos e, sem nenhum detalhamento.
Mais ainda: falam um pouco de “como”, mas não dizem em nenhum momento, o muito “de onde”.
Assim é que é.

        

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