quinta-feira, 30 de agosto de 2018


F L U O X E T I N A




REFORMA JÁ!

            Assim como outras urgentes reformas, a da política perdeu seu tempo.
            Vamos enfrentar uma campanha eleitoral aos moldes antigos e, com isso, sofrer novamente as agruras dos absurdos.
            Houve paliativos, mas totalmente insuficientes.
            Sabe quando o telhado tem goteira e o consertador sobe lá e põe uma latinha onde pinga?
            Assim é que está.
            ...e novamente o povo brasileiro na berlinda.


DEBATES

            A opinião é geral, unânime.
            Nunca num país como o nosso o povo se ligou tanto no que os candidatos estão dizendo.
            E estão contra.
            Ao menos quanto aos presidenciáveis, até agora, mostraram-se incompetentes frente aos problemas brasileiros, incapazes e totalmente desprovidos de soluções convincentes.
            Todos dizem o que tem que fazer, mas nenhum diz “como fazer”.
            “Tá horrível!”


NA TELEVISÃO

            Esperei o primeiro candidato ser entrevistado.
            Achei um absurdo o que William Bonner e Renata Vasconcellos fizeram com o convidado.
            Não, acho que me enganei...
            Veio o segundo presidenciável.
            Muito pior.
            Praticamente fizeram um debate ao vivo no Jornal Nacional, com réplica e tréplica e acusações de ambos os lados.
            Pensei, isto aqui não é mais uma entrevista, isto virou defesas intransigentes de posições políticas.
            Já com o terceiro candidato, os ânimos se arrefeceram, houve algumas insistências sim, no entanto bem mais amenas.
            Temo que a produção e os editores do JN se excederam na falta de educação e propósito das entrevistas.


LI E GOSTEI

            “A propaganda política é custeada pelo nosso bolso, certo?
Pois bem, então se somos nós que pagamos tudo isso, vamos exigir do TSE que também publique, durante a campanha eleitoral, em todas as mídias, relação dos políticos e candidatos condenados em primeira instância.
            Afinal, propagando é a alma do negócio, não é?”


A PROPÓSITO

            Você imagina (nem vou perguntar se já sabe...) em quais candidatos você vai votar?


POBREZA DE ESPÍRITO

                                                                                                     Krretta

         Acho que não.
         Não é por aí.
         Potencialmente e, no calor dos debates, falam até em xenofobia.
         Não acredito.
         O brasileiro é essencialmente puro de alma, mais ainda solidário.
Não tem esse rancor no seu coração.
         Estão tratando um fato isolado como se estivesse acontecendo em todos os estados deste país, o que não é verdade.
         Estamos conversando do suposto preconceito contra os imigrantes venezuelanos.
         Falar de sentimentos é muito complicado.
         Saber o que a alma e o coração sentem é muito intrínseco, é quase que a mesma coisa que decifrar o DNA das emoções de um indivíduo.
         Estou tentando ver essa “rebeldia” que tanto a imprensa nacional vem destacando, como uma reação normal de quem vive num país onde as oportunidades de trabalho e o índice de pobreza batem recordes.
         Negativo, é claro.
         Seria mais como um sentimento de “preservação da espécie”.
         Num primeiro momento, a sensação dos brasileiros, nem todos é bem verdade, é de que estas pessoas que estão passando fome, que não possuem mais um emprego, uma casa, um lar, estariam ocupando espaços que poderiam ser seus.
         Não, isso não é assim.
         É preciso que se esclareça como tudo isso funciona.
         Pela ordem legal, o Brasil precisa cumprir o tratado que aderiu junto a Organização das Nações Unidas (ONU), Convenção de Genebra em 1951 e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1961.
         Num segundo momento está a ONU que paga a hospedagem dos venezuelanos e, o governo federal oferece mensalmente 400 reais por pessoa que o município aceite receber.
         Os governos são constituídos para isso, também.
         Portanto, não cometa tamanha desfaçatez: “então abriga ele na tua casa”.
         Num terceiro plano e, nem por isso de menor importância, está o ato humanitário para com um povo sofrido, esmagado por um governo despótico, tirânico, que transformou um país em fome, desemprego e populosas rotas de fuga.
         Lembrem-se ainda: não somos nós, Brasil, o país preferido para o abrigo de tão sofrida gente.
         Colômbia vem em primeiro lugar com 500 mil venezuelanos que lá buscaram refúgio.
         E, em se tratando do povo gaúcho, “no lo creo” em sentimentos contrários ao que estamos acostumados a ofertar.
         Nosso Estado desenvolveu-se e prosperou com o trabalho dos imigrantes, portanto, é inaceitável qualquer manifestação que não seja de solidariedade e carinho com gente tão sofrida.
         Como está dito em muitos lugares, não serão 200 ou 300 imigrantes que farão a diferença em municípios de 85/100 mil habitantes.
         Sim, com toda a certeza os municípios vivem às turras com problemas de desemprego, de saúde, de segurança, com a educação precária e infraestrutura paupérrima, mas aqui trata-se de seres humanos, trata-se de amparo, de ajuda e de apoio para nossos semelhantes.
         Essa é a situação que ora se apresenta.
         Com toda a certeza os gaúchos saberão entender esse momento.
         Não quero que meu Estado venha a ser maculado com um sentimento tão mesquinho que está inserido na pobreza de espírito.
         Logo aí, em seguida, estaremos comemorando a Semana Farroupilha, pois então façamos deste nosso orgulho, uma manifestação de solidariedade ao povo venezuelano.
         Está lá, desfraldada em nossa bandeira: Liberdade, Igualdade, Humanidade.
         Acredito no meu povo.
        
        
        
        
        

quinta-feira, 23 de agosto de 2018


ATENÇÃO REDOBRADA

                                                                                                              Krretta

         Abrem-se as tampas, foi dada a largada!
         Daqui alguns dias estaremos em frente às urnas, para manifestar a nossa vontade, neste processo eleitoral.
         É uma corrida curta (graças a Deus!), e tomara, seja ela repleta de propostas coerentes e exequíveis, sem as enrolações que já estamos cansados de ver e ouvir.
         Não cabem mais mentiras.
         Os eleitores brasileiros já exauriram a paciência com “colóquios flácidos para vacum adormecer”, ou numa boa tradução, “conversa mole para boi dormir”.
         Resta saber se dessa vez, vão distinguir o joio do trigo.
         Parece incrível, mas é verdade que aqui no nosso país, se elege sempre aquele político que mente mais.
         Ao menos até aqui foi assim.
         Como assim, “mente mais”?
         Pois são as promessas que fazem em cima de palanques, mas que nunca passaram pela cabeça fazerem, ou planos mirabolantes que nunca na vida seriam realizados, e isto é mentir.
         Alguém já disse: “para te elegeres, minta muito, prometa muito, suba num palanque e diga o que o povo quer ouvir, mesmo que depois não faça nada, mas aí já estarás eleito”...e eles fazem e mentem tal qual.
         E é assim que acontece.
         Ah! Mas não são todos.
         Toda a regra tem as suas exceções...
         Portanto, o povo brasileiro e gaúcho deve estar muito mais do que atento, deve estar em vigília permanente com as propostas apresentadas, se quiserem ter uma esperança para os próximos quatro anos.
         Aqui, cabe uma ressalva: todos os postulantes aos cargos de mandatários sabem da penúria em que se encontram o nosso país e o nosso estado do Rio Grande do Sul.
         Então, como aconteceu nas eleições municipais há dois anos, não digam e não lamentem as grandes precariedades e os “cofres raspados” que encontrarão, não se façam de “eu não sabia”, “eu achava que não era assim”, “eu tinha outra ideia”...
         País e Estado estão “quebrados”, que fique bem claro isso.
         É preciso reinventar “a roda”, porque aumentar impostos para o povo e tentar sanar a máquina pública é uma prática ultrapassada e que não cabe mais, pois os limites de sacrifício do povo brasileiro e gaúcho já se esgotaram há muito tempo.
         Portanto, neste “campo minado” que se desenrola uma eleição, todo o cuidado é pouco.
         Discernir entre o certo e o errado é uma tarefa extremamente difícil.
         Como disse, mentiras, muitas mentiras hão de estar por aí...
         E, a cereja do bolo neste processo todo vai estar, como sempre esteve, e agora mais ainda, na vontade, nas mãos, no voto dos eleitores em NÃO ELEGER OS FICHAS-SUJAS!
         Mais do que antes, pesquise, converse, busque informações sobre os seus candidatos, e não eleja aqueles que praticaram atos ilícitos, que são corruptos, que estão na lista da justiça, pois o prejudicado sempre será você.
         Num só instante deixamos de ser a ponta mais fraca da corda, num só momento deixamos de ser os lesados, é agora, quando estamos empossados do poder de eleger os políticos que vão administrar o nosso país e o nosso estado por quatro anos, através do voto.
         O voto é seu! A vontade é sua! E, a hora é agora!
-:-

O nosso arrependimento não é tanto um remorso do mal que cometemos, mas um temor daquilo que nos pode acontecer.
        
        

sexta-feira, 17 de agosto de 2018


GAÚCHO DE APARTAMENTO

                                                                                                    Krretta

Bah, então tavam os dois magrinhos do Bonfa no Acampamento da Harmonia, curtindo as coisas do campo, quando chegou um outro gaúcho, só que caprichado nas pilchas, tapeou o seu aba larga, apeou de um “upa” do cavalo, um zaino apurado e de cola atada, donde se destacava a lindeza das encilhas, e tilintando as chilenas, maneou o seu pingo.
Mais do que ligeiro, um magrinho olhou para o outro, e disse:
- Bah cara, seguinte, sente só: a pinta algemou o horse”!
(Crédito – Betinho Griguc)
-:-

         Essa piada foi contada no programa Aperitivo de sábado passado, para ilustrar uma situação que suscitei, e que considero-a bastante repulsiva, principalmente quando estamos nos aproximando da Semana Farroupilha, onde digo que todos nós somos gaúchos, em qualquer lugar.
         Pois roda pelas redes sociais, em textos e fotos, dezenas de publicações de tom certamente duvidoso, onde criticam de forma bastante irônica “os gaúchos de apartamento”, ou de “Semana Farroupilha”.
         Falam abertamente das pessoas que não participam, pelas mais diversas razões, da vida do campo, mas que, galhardamente, gostam de festejar a data magna deste Estado.
         Eles esperam um ano inteiro para vestirem sim, suas pilchas, seja no trabalho, na escola, nas ruas ou aonde for, e são sim gaúchos legítimos, autênticos, como toda e qualquer outra pessoa nascida aqui neste Estado.
         Chega deste preconceito idiota e antipático, onde só quem vive diariamente tratando das lides de campo, seja por profissão ou por esporte, que são os verdadeiros gaúchos.
         E muito mais do que isso, saibam todas estas pessoas que vivemos num país que prega a liberdade, e se somos livres, portanto nasce da nossa vontade toda e qualquer manifestação de amor as nossas tradições, seja por A ou B, e se são legítimas, são verdadeiras, seja gaúcho do campo ou da cidade, do galpão ou de apartamento, dos Centros Nativistas ou só da Semana Farroupilha.
         Esse ranço inepto, néscio, desprovido de qualquer outro senso que não seja o de se achar o “dono da razão”, esse fanatismo descabido de se achar “por cima da carne seca”, semeia mágoa, repulsa e tantos outros sentimentos de ojeriza, que em nada ajudam na causa.
         Ao contrário, afastam cada vez mais as pessoas que só querem festejar um momento nobre e glorificar a sua história, que é tão bonita, e que só querem vestir as suas pilchas e demonstrar o orgulho que sentem pelo seu Estado, mas que começam a se afastar deste movimento, e ainda mais, passam a sentir repulsa, por estas atitudes ignóbeis.
         Não seria mais fraterno acolhê-los com alegria, com satisfação, fazê-los se sentirem “em casa”?
         O gaúcho, por tradição, se orgulha da sua hospitalidade, no entanto, com os seus próprios irmãos, ignora totalmente esta hospitalidade, usando e abusando de um tom jocoso e descabido.
         Não, não é isso que queremos.
         Queremos o sentimento do gaúcho que une, que congrega, que abre espaço para um aconchego e se torna protagonista em desvendar novos horizontes aos seus patrícios.
         Mas, infelizmente, parece que não é isso que está acontecendo.
         O dito campeiro, o “sabidão”, por sua autossuficiência, por sua soberba e ignorância, não nota e nem percebe que o gaúcho de apartamento, de Semana Farroupilha quando se pilcha, e humildemente pede a um “tradicionalista” dar um nó em seu lenço, a bem da verdade está reverenciando ele, o campeiro, o tradicionalista, está venerando a cultura através dele, por servir ele, “o sabichão”, de referência.
         Será que é preciso desenhar?
         Já passou da hora de terminar com esse azedume, com esse mofo, com essa rancidez.
         Pior de tudo que este sentimento já afastou muita gente dos centros de tradições, das semanas farroupilhas, dos rodeios e muitas outras atividades gauchescas.
         Infelizmente.
         O homem do campo, aquele que cria gado, que cura “bicheira”, que para rodeio, que laça e gineteia, que empertigado nos CTGs dança a Chimarrita e o Chamamé Figurado. . . pode ficar tranquilo e sossegado.
Pois que lhe garanto, não vai ficar menos campeiro, menos laçador, menos ginete ou dançarino porque o gaúcho de apartamento, de Semana Farroupilha, e da cidade o faz de referência, cultuando-o ao vestir bombacha, bota e ao estampar, orgulhoso, um lenço no pescoço!!
“Liberdade, Igualdade e Humanidade”, simples assim.
        
          

           
           

domingo, 12 de agosto de 2018


F L U O X E T I N A





SEGURANÇA ELEITORAL

            Parabéns a você! A urna eletrônica está comemorando 22 anos, e, segundo os especialistas no assunto, “sem fraude”.
            Foi desenvolvida no ano de 1995, atuando pela primeira vez em 1996, quando 32% dos eleitores usaram-na.
            A partir de 2000, a votação eletrônica atingiu 100%.
            O projeto é 100% nacional e pertence ao TSE.
            Você acredita no “sem fraude”?
-:-


COLÓQUIO FLÁCIDO

            Colóquio flácido para vacum adormecer, ou, conversa mole para boi dormir.
     Esse foi o tom do primeiro debate, promovido pelo Grupo Bandeirantes, que predominou durante três horas.
            Quem ali esteve não disse nada com nada, ou seja, não tiveram a coragem de tratar dos assuntos emergenciais do nosso país.
            Ao contrário de quem diz que não perderam nada, perderam e muito, pois vimos e ouvimos que nenhum dos que ali estiveram possuem condições mínimas de ser o futuro Presidente deste país.



INACREDITÁVEL

             E, inaceitável.
            Pois acreditem, os deputados da tropa de choque de Temer, que provavelmente não vão se eleger (tomara!), já mandaram um recado muito explícito para a executiva nacional do MDB: “exigem serem incluídos no pacote de negociação do partido com o próximo presidente da República”.
     Ou seja, reivindicam cargos remunerados, e bem remunerados, no próximo governo da Esplanada.
            Pode isso?


AINDA O DEBATE

            Reafirmando que os temas principais ficaram totalmente de fora, estão aí os números expostos, tal qual a pasta da Segurança que amarga uma derrota de aproximadamente 63 mil homicídios a.a., e nenhuma palavra e nenhum plano, além dos dados estatísticos, foi proferido.
            Também pudera, ninguém mais engole mentiras.


E AGORA JOSÉ?

            O Judiciário vem sendo alvo das atenções da população brasileira, visto que legislou em causa própria, “sugerindo” aumento em seus salários de 16,38%, o que já é um disparate pela situação econômica do nosso país.
            Todos sabem que existe uma regra que estabelece um teto para os gastos dos Três Poderes, no entanto, o Judiciário já no primeiro semestre feriu esta regra ultrapassando-a dos 7,2% permitidos, para 8,8%, segundo dados do Tesouro Nacional.
            Logo o Judiciário. . .


DISCURSOS

            A época é bastante conturbada, e não faltam os aproveitadores para confundir, atribular, emaranhar a cabeça dos eleitores com notícias falsas e facciosas.
   Muitos e muitos candidatos prezam citar estatísticas que não existem, superavaliam ações duvidosas de suas autorias, criam fatos inexistentes, ou seja, assumem nas campanhas eleitorais um descompromisso total com a verdade, por um único fim: a sua eleição.
            Cuidado!
            De preferência, averigue, pesquise para votar certo, e somente nos que possuem um passado ilibado, pautado na honestidade e compromisso com o seu eleitorado.