AUSÊNCIA
Krretta
É extremamente corriqueiro as filantropias
que nos vemos envolvidos em nossos dias, pois a caridade é um dos preceitos do
bem e da complacência com os menos favorecidos.
“A melhor maneira de ser feliz é contribuir
para a felicidade dos outros”. (Confúcio)
A beneficência faz bem a alma e ao coração.
Isto é imutável.
Mas, também é a prova fiel e concreta
da imensa e indesculpável falha do Estado em não prover as necessidades básicas
de seus (des)protegidos.
Então, os (des)protegidos saem às ruas
para suprirem a ausência do poder público, que é mal e desinteressadamente
administrado e, recorrente a isto, não gera verba suficiente para sanar as
indigências dos seus munícipes.
Estão por aí os mais diversos exemplos
desta ausência, quando cidadãos exemplares, com grande e elogiável espírito de
coletividade, montam em tratores e vão cortar as gramas das praças, dos jardins
da cidade, quando formam equipes para alimentar os desabrigados, quando arrumam
calçadas esburacadas, quando fazem mutirões para pintar a escola de seus
filhos, e muito mais. . .
A verdade nua e crua, para que não nos
enganemos, e nem sejamos enganados por aqueles que insistem em fazer vistas grossas,
sim, é por detrás de todas essas ações, que estão os imperdoáveis hiatos das
administrações públicas.
Isto também é verdade, mas não é imutável.
Contudo, pior ainda é a tristeza de
saber que nos faltam líderes, líderes que vão à luta, que descolem a bunda da
cadeira e saiam de seus gabinetes fétidos de falcatruas, para irem em busca de
soluções, que inventem, reinventem, plantem bananeira se for preciso, mas que
lutem pela sua gente.
Ah! Esses não existem mais. . .
Alto lá!
Existem sim, mas são preteridos, ou seja, são
trocados e não são escolhidos, pois a grande maioria prefere o comando do
mandonismo, prática de cunho político-social que floresceu durante a Primeira
República 1889-1930, originando uma hipertrofia privada, onde o poder econômico
é quem (des)manda.
Um líder, ao ver um cidadão da sua urbe
substituir a função que lhe compete, deveria, em primeiro lugar, se envergonhar
imensamente, e, em ato contínuo, assumir com hombridade as suas funções e
enfrentar, sem prepotências, presunções e vaidades, os problemas do local em
que supostamente lidera, deveria honrar a confiança de seus eleitores, e não
jogar para outras esferas, a sua ineficiência, incapacidade e desinteresse.
As pessoas precisam compreender,
urgentemente, que devem eleger caráter, e esperar habilidades.
Habilidades para aliar desenvolvimento
com o bem-estar do seu povo.
Um grande líder deve ser inspirador. O
teu é?
Temos um grande problema aqui e em
muitos lugares, pois somos governados por pessoas que ligam mais para
sentimentos próprios do que pensamentos e ideias.
Um líder não se esconde por detrás de desculpas
terceirizadas, um líder: resolve!
Simples assim.
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