sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018


CONTOS DA TERRA

                                                                                                    Krretta

      Esta ideia me acompanha desde muitos e muitos anos atrás.
      Sempre tive o desejo de compilar as muitas histórias da nossa querida Encruzilhada do Sul, as histórias hilárias e seus personagens folclóricos.
    Reuni-las em um só lugar, para tê-las catalogadas, e não deixar que o tempo as levasse embora, lá para junto do esquecimento.
         Para que não morressem pelo desinteresse e pelo descaso com a cultura de uma comunidade.
         Muitos foram os planos, muitas foram a estratégias, mas, a bem da verdade, nenhum desses mirabolantes intentos deram resultado.
         Ora por um motivo, ora por outro.
         Mas tudo serve como lição, e eu já deveria ter aprendido que as próprias vontades para se realizarem, você deve contar com você mesmo, sem muitas esperas e mais delongas, afinal, o desejo é seu, o interesse é seu e de mais ninguém.
         Sinceramente? Os outros também pensam assim.
         Mesmo que as ferramentas sejam poucas, e são, mas elas vão se multiplicando durante a caminhada, tenham certeza disso.
         Então, finalmente coloco meu tão desejado projeto em prática neste ano de 2018, já tendo iniciado a busca e catalogação desses “causos”.
         Muitos já tinham sido escritos na coluna Agenda, do Jornal 19 de julho, nesses mais de 25 anos de presença em suas páginas, e agora busco-os para ajudarem a compor este trabalho, com uma nova roupagem, mas fiel aos seus conteúdos.
         Outras tantas, pesquisando daqui, ouvindo falar dali, de conhecimento público, ou particular, vou produzindo-as, dando-me o direito de uma particular elaboração, mas tendo especial cuidado de não alterar, em nenhum momento, as suas essências.
         Recentemente me ocorreu de propagar no grupo Memória Encruzilhadense, no Facebook, este projeto, concitando aos participantes para que ficassem à vontade e mandassem as suas colaborações, tendo havido uma ótima receptividade, o que estendo esse convite, aqui e agora, a todos os leitores e leitoras desse semanário.
         No momento em que vamos nos envolvendo nas peculiaridades das histórias e de seus personagens, vamos descobrindo quão rica é a espontaneidade e a criatividade da nossa gente.
         Cada vez mais fica evidente que estamos no caminho certo, e que não poderíamos deixar cair no esquecimento estas histórias repletas de acasos, brincadeiras e bom humor.
         Sinto-me totalmente envolvido e gratificado nesses já quase 40 dias em que me ocupo deste mister, sendo que mais dois outros trabalhos fazem parte desta empolgação, onde também coleciono as histórias não escritas do Banco do Brasil, e um encontro de várias crônicas publicadas durante a minha trajetória nas páginas dos jornais por onde passei.
          Vão ser publicadas?
       Mentiria se não tivesse essa intenção, no entanto, o caminho até lá é árduo e envolve muitas outras coisas, principalmente custos.
         Seja como for, ao menos muitas destas histórias da nossa terra e da nossa gente, histórias hilariantes, folclóricas, pitorescas, com seus personagens que marcaram época, famosos, estarão, no mínimo, catalogadas.
         Com a visão e interpretação do autor, é claro, mas catalogadas.
         Por enquanto, nada de datas.
  Reforçamos o convite para que muitas colaborações aconteçam (hcarretta@yahoo.com.br), desde que não venham ferir a dignidade e a honra de outras pessoas.
         Antigamente diríamos, caneta e papel na mão, e mãos-a-obra, hoje. . .
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         Todo trabalho é a véspera de um sonho.
Hélio Pellegrino – poeta mineiro


         

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