quarta-feira, 19 de junho de 2019


PULA FOGUEIRA IÁIÁ...
                                                                                                      Krretta

“As festas juninas são comemoradas durante todo o mês, de 1 a 30 de junho, em honra a três santos: Antônio, João e Pedro.
Há quem defenda a ideia de que devem ter início no dia 12 (véspera de Santo Antônio) e terminar no dia 29 (véspera de São Pedro).
Elas também são conhecidas como festas de São João, afinal esse é o mês desse que é o “santo festeiro” da comemoração.
É possível que o nome decorra do mês, enquanto outros justificam que São João é o motivador dessa nomenclatura.                                                         Vale lembrar que no princípio a festa era conhecida como Festa Joanina.
Apesar de hoje estar embasado num forte teor cristão, a origem das festas juninas é pagã.
O mês de junho é final da primavera e começo do verão no hemisfério norte e o dia 24 é o solstício de verão no hemisfério norte, quando os povos promoviam festas para pedir fartura nas colheitas.
Como não conseguia extinguir essa tradição, a Igreja Católica introduziu nelas o caráter religioso. Fez isso aproveitando os dias dos santos mais populares que são comemorados no mês de junho. Primeiro com São João e São Pedro, e mais tarde, especialmente em Portugal, com Santo Antônio.
Tudo começa com Santo Antônio, seguindo-se o dia de São João e terminando com São Pedro.
O Brasil tem uma tradição forte em festas juninas.
Elas fazem parte do folclore brasileiro e compreendem aspectos de culinária, como a pipoca, canjica, bolo de fubá, milho, arroz-doce, vinho-quente ou quentão, a dança em forma de quadrilha, brincadeiras como pescaria, saltar a fogueira, subir no pau de sebo, e muitas outras tradições, tal como as simpatias.
Como São Pedro é padroeiro dos pescadores, as cidades costeiras do Brasil quase sempre têm uma capela em sua homenagem, o que contribui para a popularização da festa.
Igualmente, a devoção a São João e a Santo Antônio é popular devido aos portugueses.
Afinal, "João" foi o nome de vários reis de Portugal que faziam construir uma capela para honrar seu padroeiro.
Santo Antônio, como natural de Lisboa, sempre teve apreço entre os portugueses que trouxeram esta devoção para o Brasil.
Além dos templos levantados sob sua invocação é raro encontrar uma igreja que não tenha uma imagem sua”. (Fonte: Calendarr Brasil)
Confesso que hoje, não tenho notícias de uma festa que possa se dar destaque, aqui no sul do Brasil.
A não ser algumas poucas que ainda acontecem nos colégios, mas que estão muito distantes do que elas eram antigamente.
         Muitos hão de se lembrar dos grandes preparativos que aconteciam, das datas das festas repartidas entre os educandários, para que todos pudessem aproveitar esses belos momentos de diversão.
         Na minha Bagé, as duas grandes festas eram no Colégio Espírito Santo (colégio particular somente de gurias, e regido pelas freiras) e o meu estimado Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, também particular e administrado pelos padres salesianos.
         Geralmente elas culminavam com o encerramento do primeiro semestre, e aí a festa era ainda maior, porque depois, vinham as férias....
         E, ali muitos casais se conheceram, muitos namoros iniciaram, e tantos outros relacionamentos de amizade se solidificaram.
         Era um ambiente sadio, de brincadeiras e muitos sonhos.
         O serviço de telegrama geralmente mandava mensagens de pretensas paixões, a cadeia era o jeito de ter os guris mais perto da vista das enamoradas, o quentão era um jeito de disfarçar uma maioridade que não existia, pé-de-moleque, pipoca, pastel, pescaria, tiro-ao-alvo, barracas que liam a sorte... 
         Ficaríamos páginas e páginas aqui, falando sobre o assunto...
         O tempo passa, o tempo voa...até quentão já se compra pronto!


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