SEGUE O BAILE...
Krretta
Lembram? Estávamos chegando ao
intervalo do nosso baile...
A inigualável banda que anima a nossa
festa pede um tempo para recobrar o fôlego.
Enquanto isso, os dançarinos voltam as
suas mesas para também refazerem suas energias, e tomarem uma “bebidinha”,
afinal, não houve quase tempo para tanto.
As conversas são as mais diversas, mas
a qualidade da banda, seus músicos, cantores e repertório é ponto comum.
Amigos se abraçam, confraternizam, sorriem,
a felicidade está no ar.
A pequena meia hora para restabelecer o
fôlego passou
voando e, agora, já soava os primeiros acordes
da banda interpretando a linda valsa, Danúbio Azul, de Johann Strauss.
Lembram esta de Lamartine Babo? “Eu sonhei que tu
estavas tão linda, numa festa de raro esplendor, teu vestido de baile lembro
ainda, era branco, todo branco, meu amor...
Pois veio logo a seguir de Danúbio Azul, com
Blue Moon e Moonlight Serenade, para os enamorados...
E, aproveitando que o romantismo tomava
conta dos pares, agora tocava Champagne, per brindare um’incontro... Peppino Di
Capri.
Aos poucos vamos saindo da catarse do amor e
numa interpretação de luxo, Stand By Me chega para balançar a noite.
Então, o rock dos anos de ouro enche o
salão de Elvis Presley, Beatles, Bob Dylan, Rolling Stones e, para
contrabalançar, não poderia deixar de tocar Celly Campello, Erasmo Carlos,
Eduardo Araújo...
Neste ritmo, Bee Gees volta com os
Embalos de Sábado à Noite e chegam para reviver uma época que traz para muita
gente belas recordações.
É lindo a performance dos bailarinos,
que se esmeram para repetir suas façanhas daquele tempo.
Os mais jovens encantam-se pelas danças
e suas coreografias, pois que é sensacional mesmo.
Misturam-se aí a Blitz, Barão Vermelho,
Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso.
Festa geral, é hora do rock and roll
tupiniquim.
E, quando tudo parece que daqui prá
frente não tem outro jeito de continuar neste frenesi, o pagode de Alexandre
Pires e o SPC chegam de mansinho: “... o que é que eu vou fazer com essa tal
liberdade...”
Exaltasamba, Negritude Júnior, Raça
Negra, entre outros, desfilam pelo repertório da maravilhosa orquestra do nosso
intenso baile.
E a festa cai no samba literalmente:
Aquarela do Brasil, Barracão, Trem das Onze e Saudosa Maloca puxam a frente
para Benito Di Paula, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Alcione, Beth Carvalho, e
por aí se vai...
Tá lindo demais.
A música brasileira realmente é
fantástica e o samba é a nossa marca registrada, que faz dançar, que faz
cantar, que faz a alegria do povo...
Vamos que vamos!
E o nosso salão de festas, agora, vira
uma Sapucaí.
Entram em cena os sambas “das antigas”:
Kizomba, Bum, Bum, Paticumbum..., Liberdade, Liberdade, Vira, Virou, De bar em bar...
haja fôlego...
De repente, “nossa escola de samba”
silencia todos os seus instrumentos, e um dos “crooners” da banda pede licença
para fazer uma homenagem ao maior dos maiores intérpretes de samba deste nosso
país: Jamelão.
E, desce do morro a Estação Primeira de
Mangueira... “me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde-rosa só não vai
quem já morreu...”
Estamos vivendo o mais puro carnaval, é
intensa a descontração, a alegria, a felicidade de todos que presenciam este
momento, mas, tudo o que é bom tem um fim...
Bis! Bis! Bis! O Baile Perfeito não
pode acabar.
Mas, era hora da despedida: “Sonhar não custa nada, o
meu sonho é tão real...”, quando caía os panos da noite e vestia-se brilhante o
dia com o sol...
Feliz Páscoa!
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