A
MORTE DE UM GÊNIO
Krretta
Poucas pessoas, exceto do mundo
astrofísico, deram a devida importância para as pequenas manchetes que foram
estampadas nos jornais do dia 15/03/18.
“Se nós encontrarmos a resposta, seria o último triunfo da
razão humana – nesse momento, saberemos o pensamento de Deus e conheceremos o
espírito de Deus” – sobre o porquê
da existência do universo
Stephen Hawking.
Não pelas manchetes, e muito menos pelos
jornais, mas por quem foi Stephen Hawking.
Uma simples definição daria a resposta:
era o cientista mais popular desde Albert Einstein.
Mas isso não traduz nem um centésimo da
sua inteligência, da sua genialidade, da complexidade das ideias que desenvolveu.
Infelizmente, e a grande maioria deste
planeta não percebeu, este homem que tinha status de um astro de rock, morreu
aos 76 anos de idade, depois de surpreender também o mundo da medicina, em ter
sobrevivido a sua doença (ELA – Esclerose lateral amiotrófica), que
diagnosticada (quando ele tinha 21 anos), lhe dava 24 a 36 meses de vida.
“Eu vivi
cinco décadas mais do que os médicos haviam predito. Tentei fazer bom uso do
meu tempo”.
Dentre tantas contribuições para a
humanidade, duas causaram grande impacto, quando detalhou o funcionamento dos
buracos negros, que desafia a intuição comum dos mortais, e a necessidade de
procurarmos outro planeta, se quisermos continuar a viver.
“Se os
extraterrestres nos visitarem um dia, acho que o resultado será semelhante ao
que aconteceu quando Cristóvão Colombo desembarcou na América, resultado que
não é realmente positivo para os índios”.
Recentemente
começou a se falar em inteligência artificial (AI), e as notícias que se tem
ouvido não são as melhores, pois que o seu emprego, por exemplo, poderá estar
sendo extinto.
Nosso gênio destacava, já há algum
tempo, que a inteligência artificial, transformará todos os aspectos das nossas
vidas, e destacava as incertezas quando aos benefícios ou malefícios deste avanço.
Particularmente, e seria uma total
alienação a fuga deste debate, tenho a convicção de que ela, a inteligência
artificial, instala-se cada vez mais em nosso dia-a-dia, portanto está viva e
presente, e vai continuar progredindo, até chegar ao tempo de termos a noção de
seus prós e contras.
Vale ressaltar aqui, as coincidências de
datas que interligam mentes brilhantes: Hawking nasceu em 08 de janeiro de
1942, data que marcava os 300 anos da morte do astrônomo italiano Galileu, ao passo que a sua morte ocorreu
na mesma idade, 76 anos, e no mesmo dia de nascimento de Einstein.
Stephen Hawking foi a certeza da vitória
do cérebro sobre o corpo, devido a sua doença, principalmente por desenvolver
fórmulas complicadíssimas e fazer cálculos inimagináveis dentro do seu cérebro,
pois as suas grandes limitações, o impediam de usar qualquer tipo de anotação,
muito menos rabiscar um papel.
“Sem
imperfeição, você e eu não existiríamos”.
E,
pasmem, mesmo com a infelicidade das suas condições físicas, mesmo com a seriedade
de seus estudos, a cosmologia, ainda assim, tinha um bom humor apuradíssimo.
Certa feita, lhe foi feito uma pergunta,
com a esperança de que a resposta fosse algo bombástico:
-
Em todo o universo, o que mais o intriga?
O único músculo que ele conseguia
movimentar em todo o seu corpo, que era o da bochecha, servia para a sua
comunicação por meio de um computador que interpretava seus gestos faciais e os
traduzia para uma voz eletrônica, sua marca registrada.
Ah, sim, a resposta que mais o intrigava
no universo?
-
A mulher!
-:-
(Fonte
de pesquisa: ZH – 15/03/18 – Pgs. 28 e 29)
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