Krretta
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É bem provável que você já ouviu diversas vezes o que acima esta escrito, pois esta grande verdade foi dita por um homem que se chamava Jose Daltrino, empresário do ramo de caminhões, nascido na cidade de Cafelândia, São Paulo, em 11 de abril de 1917.
Ele se tornou o Profeta Gentileza, quando, após uma tragédia acontecida com o Gran Circus Americano, em Niterói-RJ, onde morreram inúmeras pessoas, a maioria crianças, ele ofereceu consolo e solidariedade aos parentes das vítimas e, plantou um jardim sobre as cinzas do circo.
A partir daí o Profeta Gentileza, alegando ter ouvido “vozes astrais”, que o mandavam abandonar o mundo material e, se dedicar somente ao seu lado espiritual, passou a cumprir sua jornada como personagem andarilho, sendo visto por ruas, praças, barcas da travessia Rio - Niterói, trens, ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza, a todos que cruzassem o seu caminho.
Aos que o chamavam de louco, ele respondia: -“ Sou maluco para te amar e louco para te salvar”.
Então, está aí, estamos vivendo uma grande carência de gentilezas.
Ser gentil.
Quantas pessoas conhecem esta palavra e, a usam pela excelência da educação, da delicadeza, do sentimento solidário e, pela excelência do amor desinteressado?
Você viu o seu vizinho hoje? Cumprimentou-o?
Seus colegas de trabalho ouviram o seu “bom dia”?
Pacientemente, você deu passagem a alguém mais apressado que você no trânsito?
Você esteve em paz com a vida e com o carro da frente que, mesmo com o sinal aberto não se movimentou, sem “tacar” a mão na buzina?
Já cedeu seu lugar no ônibus, numa sala de espera, num consultório a uma pessoa idosa, uma grávida ou alguém que necessitasse este recosto?
Assim, como estas, outras tantas atitudes poderiam fazer parte de nosso cotidiano, mas, infelizmente, esta qualidade muito pouco ou quase nada está presente em nossas atitudes e pensamentos.
Talvez estejamos vivendo uma aridez de sensibilidade e brandura...
Segundo o livro A Arte da Gentileza, de Piero Ferrari, pesquisas científicas confirmam que pessoas gentis são mais saudáveis e vivem mais, são mais amadas e produtivas, têm mais sucesso nos negócios e são mais felizes.
O “Gentileza” pregava em suas viagens educadoras que tudo passa pelo favor, pois o simples fato de pedir, ”por favor,” e agradecer com um “muito obrigado”, gera uma reação anímica, que mexe com a alma e o coração, na atitude educada e desprovida de qualquer sentimento de malquerença.
Presenciamos, e muito, a frieza e a rispidez em grande maioria da humanidade.
Estamos perdendo o sentimento de afetividade com nossos semelhantes.
Talvez, também por isso, a vida esteja mais estressada, com mais violência, com mais hostilidade, com mais raiva, e, nos levando, sem que percebamos, guardadas a proporções, de volta a sociedade de Neandertal.
Mas, beleza da vida, felizmente, não está muito longe de nosso alcance, para tanto, basta rever conceitos e aceitá-los como eles o são, valorizando bem mais a troca de sentimentos desinteressada, estes sentimentos de pureza refrescante que vivificam o princípio da existência, a condição primacial, a essência, o sentimento de generosidade da alma.
Gentileza gera gentileza!!!
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