quarta-feira, 30 de outubro de 2024

 


DE NOVO, E A MESMA TECLA...

 

                                                                                              Beto Carretta

 

 

          Sei lá por quantas vezes eu já abordei este mesmo assunto de hoje.

          Vocês podem achar que é um “saco” e não terem vontade nenhuma de ler, mas, desde a primeira e vai ser em todas as vezes, eu vou sempre ter vontade de escrever.

          As pessoas, principalmente aquelas que possuem “a caneta na mão”, estão na obrigação de entenderem o que as estatísticas falam, o que as estatísticas dizem e, por isto, é que escrevo.

          Afinal de contas, quer queiram ou não, este é o futuro não só do nosso estado, mas também do nosso município, pois justamente é nos municípios que as pessoas moram e onde tudo acontece na vida de cada um de nós.

          Eu fico indignado que, mesmo sabendo dos números, pouco ou quase nada é feito quanto as mensagens que eles (os números) trazem.

          Estão deixando tudo para quando?

          Para quando o futuro chegar?

          Já chegou e é hoje, aliás, já deveriam ter feito tudo e muito mais ontem.

          Do que estou falando?

          Pois bem, segundo dados do IBGE, e, como o título desta crônica está insinuando, novamente vou insistir no mesmo assunto... o RS é o Estado com o maior percentual de pessoas idosas do país (20,15%).

          Moram em solo gaúcho 2.193.426 indivíduos com 60 anos ou mais.

          E o que você que está no “nosso grupo dos 60+” tem visto de políticas para melhorar a vida dos idosos?

          Notem bem que “idosos” não são só as pessoas “necessitadas”, as quais precisam de um acompanhamento mais de perto, mas também são os “idosos 60+, jovens”, que fazem exercícios físicos, fazem pilates, fazem caminhadas, estão nas academias, viajam, vão a festas, a clubes, gostam de estar com os amigos, em cafés, bares e restaurantes, também são os 60+ que interagem na comunidade, em clubes de serviço, em entidades sociais, em associações comunitárias...sentam na praça e jogam conversa fora.

          Também e destes, de que estamos falando.

          O envelhecimento da população do RS está necessitando de um profundo estudo, e não é para amanhã, pois é para hoje, nas estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais.

          A bem da verdade pouco ou quase nada se vê.

          Afinal de contas, onde estão as secretarias especializadas no que tange a este assunto...coordenadorias... departamentos...conselhos?

          Os governantes têm o dever, a obrigação de resolver, amenizar este grave problema que já é realidade nas urbes do nosso Estado, ou seja, ter e cada vez mais de criar políticas para este segmento, que será a realidade num curto espaço de tempo.

          O que tudo que aí está, não é nem um pouco suficiente para amenizar ao que os números do IBGE estão nos contando.

          É mais do que preciso, por parte daqueles que possuem “a batuta na mão”, oportunizarem urgentemente políticas que patrocinem um envelhecimento do seu povo mais saudável, mais seguro, mais produtivo, participativo, com mais autonomia e independência.

          Tudo isso traz consigo e para “os jovens 60+, qualidade de vida e, em sendo assim, dignidade.

          Podemos confiar?

 

 

O jovem conhece as regras, mas o velho conhece as exceções

William Shakespeare

-:-

 

Agenda

 

 


quinta-feira, 24 de outubro de 2024

 


Anos inesquecíveis, DOURADOS...

 

                                                                                              Beto Carretta

 

 

          Dia desses deparei-me nas redes sociais por este dizer: “Somos solteiros porque buscamos amor dos anos 90 nesta geração de 2024”.

          Foi no perfil de um grande amigo e colega meu, de Bagé, mas que tenho absoluta certeza, não é de seu cunho.

          Porque se fosse de sua autoria, diria: “somos solteiros porque buscamos amor dos anos 70/80 em outras gerações e que nunca o encontraremos”.

          Nós vivemos nestes anos inesquecíveis.

          Tínhamos por lá o despontar de bandas de rock como Led Zeppelin, Pink Floyd, Black Sabbath; no Brasil Os Novos Baianos, Belchior, Gonzaguinha, Djavan, Ivan Lins entre outros; em tecnologia foi lançado o primeiro microprocessador do mundo, o Intel 4004; foi criado o primeiro avião supersônico comercial, o Concorde; a criação da Apple; discotecas, calças boca de sino, saltos plataforma, roupas coloridas e, para não alongar...o tricampeonato mundial de futebol do Brasil...

          Estão lembrados?

          Para nossa geração, foram os Anos Dourados, os anos inesquecíveis.

          Daí, transformando para os solteiros que buscam seus amores dos anos 90, na geração 2024, diríamos que lá nos saudosos anos 70/80, tudo era diferente.

          Sim, é verdade, cada um com as suas gerações, cada um com os seus tempos, as suas juventudes, as manias, os jeitos, os acontecimentos, as baladas, as músicas, os ídolos, porque cada um viveu ou está vivendo momentos diferentes neste planeta chamado Terra.

          Pois então, se fôssemos nós solteiros e a procurar novos amores, é certo que não buscaríamos amores dos anos 70 em outras gerações...não iria dar certo.

          Lá, naquele tempo, uma menina de cabelos morenos, longos, blusa preta de Ban-Lon justa, uma maxi saia de tweed quadriculada em tons de amarelo queimado, ora forte, ora fraco, umas botas de cano longo, pretas também, em um balanço sensual, numa reunião dançante acontecendo na sala principal da casa de uma amiga ou na festa junina do Colégio Espírito Santo (colégio só de meninas, que admitia os guris somente nesta festa), não preciso dizer que era um espetáculo à parte, ou seja, para os solteiros, a pretendida desta geração.

          Quem sabe o amor platônico que pode ter acontecido...

          Ou, uma menina que entrou na Boate do Clube Encruzilhadense (1978), no mês de maio, de cabelos castanho-claro, longos, trajando uma blusa branca franzida (bata), com desenhos coloridos, calça branca e sandálias de salto alto... de um charme resplandecente, fúlgida, vívida...linda, que aconteceu.

          Sim, para nós, geração 70/80, tudo isso era a nossa vida, os nossos momentos, as nossas paixões...

          Aliás, estas meninas, estes amores, esta geração anos 70/80, podemos dizer e sem nenhuma restrição que sim, que foi na época dos transístores, das televisões valvuladas, da Apollo 15, de Tim Maia, de Roberto Carlos, Erasmo e Wanderléa, de Dancin’ Days, Sônia Braga, Antonio Fagundes e Lauro Corona... e que hoje são miragens, oásis nos desertos de convivências dos tempos modernos, tempos nostálgicos quando nos dias presentes, percorrem-se por entre gigabytes e terabytes...

          Foi um tempo que, se hoje tivéssemos que buscar novos amores, era lá onde iríamos buscar a felicidade... as outras gerações que nos perdoem, mas o tempo tem prioridade...

          Antiguidade é posto...antiguidade confere respeito e admiração, saudades e muitas lembranças, pois que foram ANOS DOURADOS, INESQUECÍVEIS.

         


terça-feira, 22 de outubro de 2024

 

TRAGÉDIA NO ESPORTE

 

                                                                                              Beto Carretta

 

 

          Eram jovens.

          Tinham uma vida pela frente e um futuro brilhante, pois escolheram o esporte como instrumento das suas aspirações.

          Escrevo esta coluna quando são exatamente 07h51m, do dia 22/10/2024 e, neste exato momento, famílias de sete jovens, de um coordenador e de um motorista, lamentam profundamente suas partidas, precocemente, mas, com toda a certeza e, quero muito crer nisso, devem estar ao lado do Nosso Criador.

          Foi um acidente terrível.

          Mas, me sinto confortado, porque tudo nesta vida são os desígnios de Deus e, nada acontece por acaso, a não ser por Sua vontade.

          Após conquistar sete medalhas no remo, em SP, equipe de Pelotas-RS, mais precisamente do projeto social Remar para o Futuro, sofreram um acidente no litoral paranaense, na BR-376, em Guaratuba, onde morreram nove pessoas.

          Não só o Brasil, como o Rio Grande do Sul, Pelotas e todos nós, estamos consternados com o acontecido, pois que, além do coordenador do projeto, do motorista da van que transportava os atletas, sete jovens entre 15 e 20 anos, pereceram neste fatídico acidente.

          Lamentável.

          Muito mais estou desolado porque também, lá na década de 1970, eu muito participei destas excursões para competir em outras cidades, quando viajávamos de ônibus para estes encontros.

          Foram inúmeros JIRGS, intercâmbios, campeonatos, torneios, e lá estávamos nós competindo.

          Dormíamos em hotéis, em alojamentos dos quartéis do exército, em escolas públicas das cidades, enfim, passei por tudo aquilo que na minha juventude e como atleta de vôlei e basquete, acontecia.

          Hora ou outra, o ônibus estragava, a kombi (naquela época não existia van) pifava e, geralmente em estradas de chão batido, lá ficávamos nós empenhados, mas sempre com muito bom humor, pois a juventude nos dava esta leveza, principalmente, nos percalços da vida de atleta.

          E, olhando para toda essa tragédia, não custa nada, ainda hoje, levantar as mãos e dar Graças a Deus, por termos passados incólumes por toda essas nossas jornadas.

          Quem viveu estes momentos de atleta, sabem muito bem de tudo isso que falo, das viagens, dos veículos de transporte que nos carregavam, dos percalços que passávamos, dificuldades que vivíamos, mas que o amor pelo esporte ajudava-nos, e muito, a transpor tudo isso e, mais, muito mais, sempre voltamos são e salvos para as nossas casas.

          Todavia, estamos muito tristes, pois o momento agora, lá em Pelotas-RS, no Centro Português, familiares, amigos, companheiros do remo e, tenho certeza de todos os outros esportes, lamentam profundamente a perda de todos esses atletas, do coordenador do projeto e do motorista, pois nos deixaram abruptamente, fazendo o que lhes era prazeroso: competir.

 Eis o consolo.

          Ficam em nossas memórias para sempre, do mesmo jeito que sete medalhas vão representar todo o esforço, a competitividade e o brilhantismo destes extraordinários atletas, sendo que podemos afirmar, com toda certeza, perderam as suas vidas no esporte e pelo esporte.

          Estamos todos de luto.

 

 

 


sexta-feira, 18 de outubro de 2024


 

VOCÊS ACHAM QUE DEU CERTO?

(Cismas – Coluna de Opinião)

 

                                                                               Beto Carretta

 

 

          Todos nós sabemos que o custo de vida, depois da pandemia, e com secas e inundações, aumentou e muito.

          Hoje, ao entrarmos num supermercado, podemos nos preparar porque as mercadorias nas prateleiras estão de assustar.

          Os preços aumentaram e vocês já perceberam que a quantidade diminuiu?

          Vou lhes dar dois exemplos que ainda ontem eu estava comentando: o papel higiênico, que antes tinha 40/50m, hoje você o encontra com apenas 30m e, em um pacote com 12 rolos, você deverá pagar em torno de R$ 21,13; um sabão em pó para máquina de lavar roupa, que antes vinha em embalagem de 1kg, hoje baixou para 800g, em compensação o preço subiu para em torno de R$ 16,99.

          Sendo assim, não tem como o custo de vida neste país ser tolerável.

          Muito antes e pelo contrário, pois ele está insuportável.

Eu tenho a curiosidade de saber quem foi que autorizou a redução das medidas das embalagens e o aumento dos preços...quem foi?

Já de algum tempo, esse nosso vício salutar de tomar chimarrão também foi “violentado”.

Quem não reduziu a sua cuia, para não gastar tanto assim na erva-mate?

Um quilo da nossa tradicional erva, passou de 4/5 pilas, para hoje, R$ 13,38.

Viram...muita e muita gente foi nas agropecuárias e casas do ramo para adquirir uma cuia menor, vai dizer que não?

Eu tomava chimarrão numa cuia de estimação, todavia ela carregava um “eito” de erva-mate e, portanto, não tive outra alternativa e comprei uma cuia um pouco menor.

Tenho um amigo meu que sempre diz:

- Me nego a tomar chimarrão em “piorra”.

- Bueno, parceiro “véio”, vais ter que abrir a guaiaca!

          Em compensação, uma outra amiga toma quatro/cinco cuias de chimarrão e, vai logo oferecendo para a visita se ela não quer que faça outra “ceva”, que aquela já “tá lavada”.

- Mas Fulana, tá caro a erva-mate!

- Só que tu tens que te lembrar que uma cerveja custa muito mais caro que 1kg de erva-mate e faz quantas cuias de chimarrão?

          Não deixa de ter razão essa minha amiga.

          Mas voltando “a piorra”, que fez com que a gauchada toda reduzisse as cuias, para economizar na erva-mate, pois na carona de toda essa história, uma multinacional lançou uma cuia prá gaúcho de apartamento, só pode ser.

          A mesma que lançou aqueles copos que para tomar uma cerveja, um chope, uma caipirinha é maravilhoso, não restam dúvidas, pois conserva as bebidas totalmente geladas e também conserva o gelo por muitas e muitas horas, agora, colocou no mercado uma cuia do mesmo material e, com o apelo comercial de que o chimarrão fica sempre quente.

          A erva não esfria e a temperatura da água (na garrafa térmica deles, também), vai estar sempre como você gosta.

          Falei em papel higiênico, em sabão em pó e na nossa estimada erva-mate, contudo, a minha grande pergunta é: será que essa cuia, de metal (eu presumo), do tamanho de uma “piorra” e que está aí para conservar as temperaturas da água e da erva-mate, vocês acham que DEU CERTO?

 

 

quarta-feira, 16 de outubro de 2024


VAMOS FALAR DE LIBERDADE?

(Cismas – Coluna de Opinião)

 

 

                                                                                Beto Carretta

 

 

          Tomemos como exemplo a nossa Capital do Estado, Porto Alegre-RS.

          Os dados são atualíssimos, pois aconteceram nestas últimas eleições, tanto para prefeito como para vereadores.

          Absurdo?

          Definitivamente não!

          Pois que as coisas neste país estão mudando e, parece-nos que o povo está caindo em si, ou seja, tomando consciência dos seus direitos, com a avançada aversão aos políticos e à política.

          Estamos falando neste número que parece uma incredulidade, mas é totalmente verdadeiro: a abstenção nestas últimas eleições na Capital do Estado que obteve um índice de, nada mais e nada menos do que 31,5%.

          Em nosso pequenino mundo chamado Encruzilhada do Sul, ela (a abstenção) chegou ao patamar de 20,38%, o que se obtém o número de 3.858 eleitores que não foram às urnas.

          Estamos no caminho de que o voto, por paradoxal que seja, já não é mais obrigatório neste país.

          E, por quê?

          São diversas as nuances, todavia, a que mais chama a atenção é o total desinteresse dos eleitores a respeito de política, deixando-nos a impressão que a responsabilidade de tudo isso é dos próprios políticos.

          Corrupção, péssimas administrações, locupletação, interesses escusos, salários, penduricalhos...e por aí se vai...

          Ir votar para quê?

          Ainda bem que a multa pelo não comparecimento às urnas, é irrisória.

          Aliás, não deveria nem existir, pois aí sim é liberdade.

          Todos nós sabemos que a abstenção não interfere em nada, pois é uma decisão individual e soberana, portanto, deveria ser um adendo a nossa própria liberdade.

          Ah, mas os “ausentes” darão carta branca para que os eleitores que vão às urnas elejam a quem eles querem...

          E, daí?

          Pois então, me digam: se você não simpatiza com nenhum candidato, se você acha as opções totalmente fora de seus anseios, se você tem a “obrigação” de votar, logo, você vai votar com o “fígado” e não com o coração, não com responsabilidade, não com convencimento... você vai sair de casa contrariado.

          Vale a pena votar?

          Não me venham com essa de que o voto é a sua arma, o voto é uma atitude democrática, o voto é uma expressão de cidadania... são filosofias vencidas, suplantadas, arcaicas.

          Porque a política perdeu todo o sentido, os políticos foi quem enlamearam a natureza, os atributos, a vocação da política.

          Ninguém mais acredita, estamos todos desencantados, principalmente pela incomensurável distância entre o que  prometem e o que fazem.

          Tanto os políticos quanto a política perderam a total transcendência, pelo prisma dos brasileiros honestos e responsáveis.

          Eles (políticos e política), não representam mais a possível realização dos anseios do povo.

          Sendo assim, a abstenção é a total liberdade para todos nós, em qualquer eleição, pois é uma decisão individual e soberana.

          E, mais: o voto é um direito e não uma obrigação!

          Tenho dito.

  

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

 



Também carregam na bolsa!

(Coluna Agenda)

 

 

                                                                                              Beto Carretta

 

 

        Mas, também, usam em casa.

        Aliás, este é um tema que, com toda a certeza, já deve ter sido abordado inúmeras, centenas, milhares de vezes pelos cronistas.

        Ele é muito interessante, ele é curioso, ele desperta indagações das mais diversas vontades em querer saber, e você, agora também deve estar indagando qual o assunto.

        Então vai lá: mas, afinal de contas, o que as mulheres carregam dentro das bolsas?

        Não esqueçamos que os homens também usam bolsas.

        Contudo, nas grandes cidades, e por ser bem mais prático e caber bem mais coisas, a grande maioria das pessoas, ao invés das bolsas, estão lá nas suas costas, as mochilas.

        Os homens também usam bolsas, é bem verdade, porém, acredito que as pessoas e, principalmente as mulheres, não têm a curiosidade de saber o que os homens carregam dentro delas.

        Já as bolsas das mulheres...ah!, existem os curiosos que possuem o desejo de “derramar” o conteúdo delas e, de preferência, em cima de uma mesa ou no sofá da sala...mas, talvez seria muito deselegante “esparramar” o teor em cima de uma mesa de bar...

        Vai dizer que não?

        Agora, tem uma coisa que é um material indispensável dentro de uma bolsa de mulher e que vocês talvez nem possam imaginar, mas sempre está lá.

        Aliás, elas sabem que está lá, embora a confusão de uma bolsa de mulher e, ainda mais, daquelas modelo “bag”, mas o material, que é um “pedido de socorro”, está lá.

        Mas, qual é o material?

        Provavelmente todos sabem um pouco das coisas que são carregadas dentro das bolsas femininas, como escova de cabelo, escova de dente, fio dental, pasta de dente, caixa de grampos, “piranhas” para prender o cabelo, batom, “modess”, com aba ou sem aba ou “O.B.”, um perfuminho, um esmalte para qualquer retoque, um alicate para cortar cutículas, uma base, um ruge, creme Nívea para umedecer as mãos, uma cadernetinha para as anotações (agenda, com o advento do celular, caiu de moda), caneta, lenços secos e umedecidos, celular, carteira de dinheiro e de documentos, cartões de crédito, moedeira, chaves de casa, do trabalho, do carro, do céu...sim, porque as mulheres são sempre “divinas”, “tufinhos” de algodão, um band-aid, e, também aquilo que usam em casa, mas estão também na bolsa, sempre.

        Sei que existem outras “cositas” que as mulheres carregam em suas “bags”, todavia daquilo que estou falando, isto sim me parece que é fundamental.

        Alguém deve estar perguntando: mas se ele citou um monte de coisas, de que ele, então, estaria falando?

        E, olha que eu antepus em não citar mais outras “cositas” ...mas do que estou falando, ah, isto sim eu vou dizer.

        Pois dia desses, eu estava viajando com minha digníssima esposa e, ao olhar para o lado, vi que ela estava fazendo, o que é muito comum quando estamos em casa, principalmente na sala, assistindo algum programa na televisão.

        Mas na estrada, viajando, dentro do carro, deixando de admirar as paisagens?

        Pois ela estava removendo os esmaltes das unhas.

        Perceberam do que falo?

        TAMBÉM CARREGAM NA BOLSA!

          Não só usam em casa, viajando e dentro do carro, na sala e “bispando” um programa de televisão, como também no “instituto” e, mais ainda: pelo visto é totalmente imprescindível, pois TAMBÉM CARREGAM NA BOLSA...

          Sabem o que é?

          Simples: um vidro de acetona.

         

 

       


terça-feira, 8 de outubro de 2024


 

Como é TÃO TRISTE...

(Coluna Agenda)

 

 

                                                                                          Beto Carretta

 

 

        ...a despedida, também, aos animais de estimação.

        Tenho visto e tenho lido tanta história triste destes casos, que não tem como não se emocionar.

        Daí, minha imaginação viaja aos confins dos relacionamentos homem/animal e de todo o tempo em que conviveram, por suas mãos ou relatos e, tomo-me de uma grande tristeza ao lembrar que se separaram.

        Não é nada fácil, a gente sabe.

        Os animais entram em nossas vidas como qualquer outro ser vivo, é bem verdade, e, com o passar do tempo, nos tomam em sentimentos de amor e companheirismo, que, ao partirem, nos deixam totalmente prostrados.

        Por diversas vezes isso já aconteceu comigo, pois que cachorros sempre estiveram na minha vida, como tais momentos de separação definitiva também já aconteceram.

        É doído.

        São tantas as nuances e sentimentos que nos deixam deveras tristes, quando a morte é a separação definitiva de todo esse convívio.

        Mas, e quando você tem que se despedir do seu cão ou gato, por não poder levá-los?

        Sem nem mesmo que eles tenham partido para nunca mais voltar...

        Também acontece.

        Recentemente li pelas redes sociais de uma pessoa, tutora de dois cães machos, da raça Maltês, que foi obrigada a deixar no Brasil pois que estava de viagem definitiva para o Canadá e, não lhe foi permitido levá-los.

        Vi a foto dos animais...sozinhos...

        Não preciso lhes dizer que meus olhos se encheram de lágrimas e percebi todo o abandono que aqueles animais estavam sentindo naquela hora.

        Eram dois machos, castrados, vacinados, lindos...

        Mas seus olhos (dos cachorros), naquela foto, demonstravam uma tristeza tão grande...imaginem...nunca mais iam ver os seus tutores, nunca mais teriam eles por perto...nunca mais...cheios de vida e saúde...o quanto dói tudo isso...

        ...para todos...os tutores, os cães, e, para mim também, porque hoje, na idade em que já estou, as emoções estão em todos os lugares, é verdade.

        Li, também, que um jornalista que tinha um lindo gato de estimação, siamês, depois de 18 anos de convívio, notou que um dia ele ficou com as pernas bambas, e não conseguia mais ficar de pé...se deitou (o gato) e olhou para ele tristemente.

        Ficou ali de plantão à noite toda e, vendo-o definhar aos poucos, pela manhã ao ir para o trabalho, lhe disse, com muito carinho e afeto:

- Amigo, muito obrigado por todos estes bons momentos que convivemos – e saiu para trabalhar.

        Ao voltar, o bichano tinha partido.

        Doutra feita, e foi a minha própria irmã, com seu vira-lata de estimação, acometido de uma paralisia total, sem poder se locomover para nada, foi aconselhada pela veterinária a permitir a eutanásia.

        E, fui eu que a tive que levar para a clínica, com o Bobi, para deixá-lo partir...

        Nossa viagem foi em prantos, ainda mais quando fitávamos os seus olhinhos, talvez nos consolando, talvez...

        Ele ia embora, aquela era a sua última viagem, aquele era os nossos momentos derradeiros com ele...nem quis entrar na clínica e deixei a tarefa de alcançar o Bobi nas mãos da veterinária, para a minha irmã.

        Não queria ter esse momento na retina das minhas recordações.

        Ela entrou no carro de volta, nos abraçamos e choramos um bom bocado...

        E o Bobi até hoje está em nossas lembranças...

        Como tudo isso é tão triste...!!!

       

 

 

       

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2024


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Cismas - Coluna de Opinião 


ELE, É VOCÊ!

                                                                                            Beto Carretta

         Não tem como ser diferente disso, se você for digno, íntegro e honesto consigo mesmo.

         ELE, É VOCÊ!

Dias desses, fui interrogado na rua, se eu não ia falar de eleições em minhas crônicas.

         A bem da verdade, é um assunto muito palpitante, porém é polêmico, e traz diversas outras interpretações em tudo aquilo que o cronista pensa ou quer exprimir, com suas ideias.

         Principalmente nas redes sociais, “a crucificação” é decorrente e está sempre de plantão, onde pouco ou quase nada existe de “gentilezas” e amenidades, com atestações educadas, coerentes e incentivadoras, mesmo que sejam contrárias.

         Quem gosta de criar uma linha de raciocínio, transcrevê-la para uma coluna e, receber, de “presente”, paus e pedras e apenas uma gota de incentivo?

         Difícil.

         Por isso que falar em política nos tempos de hoje, transformou-se num verdadeiro campo de batalha medieval, pois a manutenção de uma ideia geralmente não resiste, e cai por terra, não só pelas tantas e tantas insinuações irresponsáveis, agressivas e incoerentes, como também a falta de respeito e nenhuma consideração para com o articulador.

         Por fim, não as componho e publico.

         Ah, se todos conhecessem o dito de um dos maiores tribunos deste país, de nome Gaspar Silveira Martins, que um dia cunhou: “Ideias não são metais que se fundem”.

         Mas, vamos lá…

         Por aquele pedido de um amigo, feito nas andanças pelas ruas da nossa querida Encruzilhada do Sul.

         Tenho comigo que as eleições municipais são as mais importantes de todo este contexto de nome “democracia”, pois que é exatamente aqui, no município, que vivem as pessoas e, portanto, é aqui que as coisas acontecem.

         Ninguém vive no ar, no céu, no mar, pois que vivem na terra, em um município e este lugar, seja capital federal, de estado ou cidades, é justamente onde as pessoas existem e convivem.

         Sendo assim, a escolha daqueles que vão “comandar” a administração de uma comunidade, é de vital importância.

         Eles, os que vão ganhar o pleito, terão uma grande influência na gestão do município, não esqueçam.

         Contudo, sou adepto de que o voto não deveria ser obrigatório, pois vota quem quer, vota quem tem devoção por esta ou aquela ideologia (coisa que nem existe mais – as ideologias), quem tem amizade por candidato, quem tem alguma obrigação, porém, quem não se sente à vontade com tudo isso, deveria ter a opção de não votar.

         E, não ser punido.

         É natural que ele, por não votar, vai delegar aos outros a escolha dos administradores do seu município, e isso é o ônus pela sua indignação, pela não preferência dos candidatos oferecidos, ou seja, pela falta de opções e de tantas outras razões.

         Na minha concepção, o voto é um direito e não uma obrigação.

         Daí a razoabilidade criada no sistema eleitoral, por mim não convicta (a razoabilidade), do voto em branco e nulo.

         Deveria, isto sim, ser opcional, não obrigatório.

         Mas, enfim…

         Nesta e em todas as eleições, o voto vai para as pessoas que se candidataram e este seu voto, no meu entender, precisa ser de muita convicção, pois que você deve escolher aquele que mais se identifica contigo.

         Simples assim.

         Aquele que mais se identifica contigo. O teu espelho.

         Responsabilidade, honestidade, comprometimento, trabalho, eis o reflexo ideal.

         Ele, o candidato por você escolhido, deve refletir aquilo que você é, aquilo que você sente, aquilo que você quer, ou seja, em questão de política, ao olhar por este prisma, você vai escolher por se espelhar nele, com todas as suas qualidades, mas também com os seus defeitos.

         Afinal de contas, você o escolheu, então, ELE É VOCÊ!

         Ou seja, escolha um candidato pela identificação de como você é.

         Sem devaneios ou anseios de tentar mudar a tua personalidade, personificada em um candidato.

         Seja sincero, íntegro, digno e honesto consigo mesmo.

         ELE, É VOCÊ!

         Não se esqueça disso.

         Boa sorte.