DE NOVO, E A MESMA TECLA...
Beto Carretta
Sei
lá por quantas vezes eu já abordei este mesmo assunto de hoje.
Vocês
podem achar que é um “saco” e não terem vontade nenhuma de ler, mas, desde a
primeira e vai ser em todas as vezes, eu vou sempre ter vontade de escrever.
As
pessoas, principalmente aquelas que possuem “a caneta na mão”, estão na
obrigação de entenderem o que as estatísticas falam, o que as estatísticas
dizem e, por isto, é que escrevo.
Afinal
de contas, quer queiram ou não, este é o futuro não só do nosso estado, mas
também do nosso município, pois justamente é nos municípios que as pessoas
moram e onde tudo acontece na vida de cada um de nós.
Eu
fico indignado que, mesmo sabendo dos números, pouco ou quase nada é feito
quanto as mensagens que eles (os números) trazem.
Estão
deixando tudo para quando?
Para
quando o futuro chegar?
Já
chegou e é hoje, aliás, já deveriam ter feito tudo e muito mais ontem.
Do
que estou falando?
Pois
bem, segundo dados do IBGE, e, como o título desta crônica está insinuando,
novamente vou insistir no mesmo assunto... o RS é o Estado com o maior
percentual de pessoas idosas do país (20,15%).
Moram
em solo gaúcho 2.193.426 indivíduos com 60 anos ou mais.
E
o que você que está no “nosso grupo dos 60+” tem visto de políticas para
melhorar a vida dos idosos?
Notem
bem que “idosos” não são só as pessoas “necessitadas”, as quais precisam de um
acompanhamento mais de perto, mas também são os “idosos 60+, jovens”, que fazem
exercícios físicos, fazem pilates, fazem caminhadas, estão nas academias,
viajam, vão a festas, a clubes, gostam de estar com os amigos, em cafés, bares
e restaurantes, também são os 60+ que interagem na comunidade, em clubes de
serviço, em entidades sociais, em associações comunitárias...sentam na praça e
jogam conversa fora.
Também
e destes, de que estamos falando.
O
envelhecimento da população do RS está necessitando de um profundo estudo, e
não é para amanhã, pois é para hoje, nas estruturas sociais, políticas,
econômicas e culturais.
A
bem da verdade pouco ou quase nada se vê.
Afinal
de contas, onde estão as secretarias especializadas no que tange a este
assunto...coordenadorias... departamentos...conselhos?
Os
governantes têm o dever, a obrigação de resolver, amenizar este grave problema
que já é realidade nas urbes do nosso Estado, ou seja, ter e cada vez mais de
criar políticas para este segmento, que será a realidade num curto espaço de
tempo.
O
que tudo que aí está, não é nem um pouco suficiente para amenizar ao que os
números do IBGE estão nos contando.
É
mais do que preciso, por parte daqueles que possuem “a batuta na mão”,
oportunizarem urgentemente políticas que patrocinem um envelhecimento do seu
povo mais saudável, mais seguro, mais produtivo, participativo, com mais
autonomia e independência.
Tudo
isso traz consigo e para “os jovens 60+, qualidade de vida e, em sendo assim,
dignidade.
Podemos
confiar?
O jovem conhece as regras, mas o velho conhece as exceções
William Shakespeare
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