ESTÁ NA HORA DE MUDAR
Krretta
Não sei se vou me lembrar de todas, mas
vamos lá: Português, Matemática, Química, Física, Biologia, Geografia,
História, Inglês, Francês, Moral e Cívica, Desenho, Educação Física...
Naquela época era o jardim da infância,
primário, admissão, ginásio e científico ou clássico.
Simples assim.
Cada matéria tinha uma lição escrita e
uma sabatina no mês, sobre o conteúdo estudado.
A lição escrita servia para um alerta
ou, para teste sobre o conteúdo já dado e, a sabatina era a prova final do mês.
Somavam-se as duas e obtinha-se a nota
mensal.
Nota sete (7), passava por média,
senão, exame.
Tinha exame de primeira época para quem
não conseguiu atingir a média 7 e, segunda época para quem ainda rodasse no exame
de primeira época.
Rodou nos dois exames, repetia o ano.
Simples assim.
Sem delongas ou qualquer outro tipo de
invenção.
Não conheço ninguém, mas ninguém mesmo
da minha geração que tenha estudado e dado valor ao conhecimento e aos seus
professores, e que não tenha vencido na vida.
Meu pai sempre me dizia: “nesta fase da vida,
meu filho, tu só precisas estudar, mais nada...estudar é a tua única
responsabilidade e missão...”
E, também não conheço nenhuma pessoa
neste mundo que tenha se arrependido de ter estudado, contudo, conheço uma
multidão que se arrependeu amargamente de NÃO ter estudado.
Tivemos a sorte de viver uma época em
que o ensino era extremamente bem qualificado, professores de gabarito,
profissionais de extrema dedicação e que faziam questão de que seus alunos
aprendessem, e não decorassem os ensinamentos dados nas salas de aula.
Por favor, não estou fazendo nenhuma
comparação com os também dedicados professores de agora e, que sofrem as
agruras do abandono e do descaso de tantos governos que por Brasília já
passaram.
A franca degradação do ensino
brasileiro vem de muito tempo.
Quando findávamos o segundo grau e,
tínhamos pela frente o apavorante monstro chamado “vestibular”, ali começou as
tantas invenções e aplicações de novos métodos de ensino, todos inócuos na
minha avaliação.
Livros de uso em comum, aulas em
grupos, professores desorientados, não houve nenhum preparo para as mudanças
que queriam implementar, e deu no que deu.
Uma balbúrdia.
O ensino brasileiro foi à bancarrota,
perdeu-se no rumo do abandono, do descaso e dos desmandos, virou uma miscelânea
de tentativas e desistidas.
Cobrem o que quiserem cobrar, digam o
que quiserem dizer, mas o ensino de antigamente, do tempo dos meus pais aos
meus tempos, era infinitamente melhor, tinham mais coragem de sustentar o
ideal.
Aqui, não souberam fazer a “revolução”,
não souberam aproveitar a chance de crescer e mudar.
Paulo Freire foi útil, mas já não é
mais...transformaram-no em mote político, em corporativismo...
É preciso, urgentemente, redesenhar
toda a experiência educacional brasileira, buscar algo de útil que se fez
nestes tempos perdidos e fazer a roda rodar, desde a 1ª- infância até o ensino
superior.
Sinto que falta objetividade na
educação, pois a matemática não precisa ensinar trigonometria e polinômios para
todos os alunos, pois nem todos estão interessados em engenharia civil, por
exemplo, sendo que quem quer medicina está interessado em biologia e química...
A educação escolar precisa ensinar a
resolver os problemas reais das pessoas e organizações.
Simples assim.
Não podemos mais perder tempo, é preciso
repensar com muita objetividade nosso ensino, e entregar para os clientes o
mais rápido possível, se for o caso, para ontem.
Os tantos anos de bancos escolares,
desde o primeiro grau até o ensino superior não garantem necessariamente
aprendizado, mas qualidade SIM.
Está na hora de mudar!
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