terça-feira, 29 de janeiro de 2019


F L U O X E T I N A


VISÃO ESTRATÉGICA

            US News e World Report, do BAV Group e da Wharton School da Pensilvânia-US, foi quem conduziu o projeto e publicou o Relatório de Melhores Países de 2019.
            Entre 80 nações o Brasil ficou em 28º- lugar, melhorando já 1 posição, em relação ao ano passado.
            Foram ouvidas 20 mil pessoas, sendo que a Suíça, Japão, Canadá, Alemanha e Reino Unido, ocuparam as cinco primeiras colocações, respectivamente.
            Entre os diversos itens avaliados, mantivemos o primeiro lugar em “turismo de aventura”.
            E, mal classificados em: transparência (64º-), qualidade de vida (62º-) e abertura de negócios (57º-).
            Turismo de aventura??


BRUMADINHO

            Ganância. Lucratividade. Impunidade. Luto. Raiva. Impunidade. Desespero. Aflição. Impunidade. Lágrimas. Milagres. Impunidade. Inércia. Desleixo. Impunidade.
            Resquícios contundentes dos governos anteriores e da Justiça deste País.


BANCO DOS RÉUS

            O advogado gaúcho Manir Zeni impetrou na Justiça Federal, ação contra o auxílio-mudança que os deputados federais e senadores teriam direito, no início e fim de mandato parlamentar.
            Mas a ação foi extinta, pois que o questionamento referido só pode ser inquerido pelo Ministério Público ou OAB.
            Vamos e convenhamos, a justiça brasileira é complicada...


BANCO DOS RÉUS II

            Então, não dando de um lado, o ilustre advogado foi do outro.
            Entrou com ação no TJ gaúcho, contra esta mesma ajuda que a Assembleia Legislativa propicia aos deputados eleitos (R$ 25,3 mil), sendo que os reeleitos recebem dobrado.
            Moralidade e eficiência na gestão pública são as causas alegadas, quando na verdade os próprios deputados é quem deveriam rejeitar esta verba, dando exemplo de cidadania e respeito ao erário público.
            Infelizmente não é assim.


MADURO

            Jornalistas estrangeiros, de grupos de mídia e independentes, estão sendo ameaçados e intimados a retornarem aos seus países de origem, na Venezuela.
            Maduro acusa a imprensa, nacional e estrangeira, de acirrar os ânimos em seu país, criando um clima para provocar um golpe de Estado contra o seu regime.
            Pergunta: Se o regime político da Venezuela, atualmente, é tão bom, se o presidente é tão bom, se não há crise e nem o povo está passando fome e outras tantas dificuldades, porque este senhor está encastelado no Palácio Miraflores, em Caracas?
            E a culpa é da imprensa?


PERGUNTA OPORTUNA...

            Com o está o controle, o monitoramento, as vistorias, os relatórios, a fiscalização e acompanhamento das barragens no Estado do Rio Grande do Sul?
            Antes tarde do que nunca, temos o exemplo da Boate Kiss...






 A DOR DE UMA INDENIZAÇÃO
                                                       
                                                                                                      Krretta

         Todo o mundo vêm acompanhando a tragédia, agora, de Brumadinho-MG.
         Muito embora lá em Mariana-MG, há três anos atrás, aquele desastre-crime não tenha servido de lição, os mineiros e brasileiros revivem momentos de luto, angústia e desespero.
         O luto é porque já são mais de 60 mortos, mais de uma centena de desaparecidos e o tempo passando, sem que se revigorem novas esperanças, ao contrário, pois aqui as horas são implacáveis.
         A angústia vem por conta da espera das notícias, da espera pelos possíveis resgates, pelas equipes de socorro, pelas equipes de apoio, pelos órgãos públicos, pois ainda existem muitas informações desencontradas, regiões que ainda não foram vasculhadas, com possíveis sobreviventes nas matas da região, enfim, é uma agonia sem fim que vai minando a resistência física e mental dos parentes e amigos a espera de uma boa-nova.
         Estressante.
         Contudo, o desespero é o que mais comove a todos nós, pois que sabemos que já não há mais nada a fazer.
         São famílias inteiras que viram todos os seus pertences serem sugados pela lama da barragem, a casa destruída, tudo aquilo que conquistaram com sacrifício e tenacidade já não existe mais, já não existe mais para onde voltar, o patrimônio desvaneceu-se, acabou, simplesmente acabou tudo.
         Incalculável não só o prejuízo dessa gente, mas o sofrimento, a dor, a tristeza de ver o seu mundo acabar diante dos seus olhos...
         E, mais ainda, quando tudo isso vêm carregado da desconsolação pela perda de um ente querido.
         Teria coisa pior que tudo isso?
         Teria.
         Pois que muitos corpos ainda não foram localizados e existem grandes possibilidades de que nunca sejam encontrados, para ao menos receberem as homenagens póstumas dos seus familiares.
         Talvez seja essa a dor maior.
         Nunca mais ter paz de espírito, sabendo que embaixo de um mar de lama jaz o corpo do seu marido, ou de um filho, ou de uma mãe...
         Impossível conviver com isso.
         Cobram das autoridades, e cobram com razão, ao menos o direito de ter um corpo para sepultar.
         E dizer que tudo isso vêm da ganância de alguns seres que nem merecem classificação, pois que colocam o lucro de uma empresa à frente da vida dos seus funcionários.
         E o pior e ter que vê-los em entrevistas, manifestarem todo os seus pesares: MENTIRA!
         Não estão sentindo nada, ou melhor, estão sim, estão sentindo a dor do prejuízo que tudo isso vai causar no balanço de fim de ano da companhia.
         Isto é crueldade.
         Vejo muito o clamor universal pelas indenizações aos familiares das vítimas, como vi no caso da Boate Kiss, em Santa Maria-RS...
         Isto muito me comove.
         Pois me coloco no lugar dos pais, dos irmãos, dos filhos, ao receberem as indenizações, se é que elas algum dia vão acontecer, e confesso que meus olhos ficam marejados de emoção.
         Imagino uma quantia razoável de dinheiro, sendo recebido em mãos num Juizado qualquer, através de um cheque ou uma ordem bancária...
         E ver que a vida do seu filho, mãe ou marido virou num papel, traduzido em um valor qualquer, entregue pela Justiça, legitimando a reparação dos responsáveis por aquela tragédia e quitando a dívida.
         Não, isso não...!
         Confesso que termino este texto em lágrimas...


terça-feira, 8 de janeiro de 2019


PILHÉRIO NO RÉVEILLON

                                                                                                    Krretta

- Carretta véio, resolvi passar as “entradas” esse ano, na praia.
- Sabe como é, a mulher véia pediu e eu resolvi fazer uma surpresa para ela, e fui.
- Carretta véio, que loucura...
- Que legal Pilhério, ao menos atendestes ao pedido da tua senhora, isso é muito louvável. E, pelo visto gostastes?
- Carretta véio, que loucura...
- Sim, eu sei, os fogos de artifícios são muito lindos, cumprir os rituais para se ter um bom ano também é legal, e, amigo Pilhério, estar na praia já é um privilégio. Vai dizer que não?
- Pilhério, gabaritou as simpatias?
- Que simpatias?Carretta véio, que loucura, mas não é o que tu tá pensando, é loucura mesmo, loucura de loucura!
- Tchê, Carretta véio, eu tava tão feliz que ia proporcionar para minha esposa momentos inesquecíveis, o que não deixaram de ser, mas ao contrário, foram momentos inesquecíveis de verdadeiro suplício.
- Mas, o que houve, Pilhério?
- Tchê, a tortura começou quando entramos na BR 290, que, por favor, está intransitável.
- É buraco para tudo que é lado, na frente, em cima, em baixo, é um Deus nos acuda.
- Depois, já na entrada daquela tal de freeway, a coisa empacou e não teve cristão que fizesse andar... ali ficamos naquele vai mas não vai por mais de hora,,,
- Só andou mesmo quando passamos no pedágio, pois é de graça e de graça todo mundo adora, só que agora, ali a velocidade mínima é de 40 km/h, e eu passei a 60 km/h, adivinha... fui multado.
- Mas, tudo bem, pensamento positivo, é um novo ano que chega, vamos aproveitar a praia, esquece a multa (só que depois tem que pagar)...
- Depois de uma longa viagem chegamos na praia, e eu, prevenido que sou, resolvi passar “de vereda” no supermercado para pegar uma cervejinha, uma carne de porco, uma farofinha e algumas frutas para a comemoração.
- Quem disse que tinha lugar no pátio do maldito supermercado?
- Tive que estacionar a quatro quadras adiante.
- Bueno, não há de ser nada, espírito de festa, espírito de festa...
- Chegamos no supermercado e já na porta não tinha nem carrinho e nem cestinha para carregar os produtos a serem comprados.
- Fila para esperar carrinho ou cestinha, de tanta gente que tinha.
-Meia hora.
- Então, já que a coisa tá assim, vamos direto na cervejinha, afinal de contas e nestas circunstâncias, é melhor prevenir... não tinha mais!
- Corre na fila da carne para garantir o porquinho... vinte e cinco pessoas na frente.
- Farinha não tem mais, grita alguém de lá.
- Frutas, frutas, frutas já é alguma coisa... sobrou só bananas.
- Tá bom, então vamos a um restaurante,
- Carretta véio, tava pior que velório de prefeito... nem um lugar para sentar e muito menos lista de espera
- Vamos passar num açougue, quem sabe se arranja alguma coisa... fechado.
- Calma, vamos manter a calma.
- Padaria!!! Só bolacha da semana passada.
- Vamos até o apartamento alugado e lá estudamos um jeito de contornar esta situação, tomamos um banho e refrescamos a “cachola”.
- O apartamento não tinha mais água. Água, praia, praia, quiosque...Foi então que me lembrei dos quiosques da praia e, bingo!!
- Não deu outra. Tinha aquelas cervejinhas pequenas, a tal da long neck, e comprei, cara mais comprei.
- Só não tinha gelada, ainda estavam nos fardinhos, paguei 18 pilas por cada uma e me fui gelar no apartamento.
- Carretta véio, tu acredita que faltou luz?
- Ir na “casinha” nem pensar!
- Carretta véio, que loucura...
- Então, para o mal dos pesares, me mandei de manhã do mesmo dia 01 de janeiro para as casas, de volta, e amarguei um engarrafamento já na saída da praia... calor de rachar...sem andar um milímetro...faltou água até prá beber...cheguei ás 23 horas da noite na nossa abençoada Encruzilhada do Sul.
- Não há de ser nada, amigo Pilhério, ano que vem tu vai de novo!
- **&¨%$#@+**!!!