RECADO DADO
Krretta
O eleitorado brasileiro transmitiu o
seu recado em alto e bom tom, quando depositou nas urnas deste último domingo
suas preferências para os cargos políticos em votação.
A democracia assim constituída
oportunizou que milhões de brasileiros pudessem manifestar os seus desejos na
política tupiniquim, e aí está o recado: mudança já!
Com isso, fica bastante claro o
rompimento do eleitorado com a história das duas últimas décadas,
definitivamente.
Vejam que quase a metade dos
brasileiros aptos a irem às urnas disseram NÃO, límpida e claramente, para as
duas forças partidárias que vinham dominando e polarizando o cenário político
brasileiro.
A prova disso está nos 49 milhões de
votos conquistados por Jair Bolsonaro, o equivalente a 46,2% dos votos válidos
e cerca de seis pontos percentuais acima do que as pesquisas previam.
Surpreendentemente, e na onda desse
rompimento com o passado, quem alinhou o seu nome ao de Bolsonaro, nitidamente
foi recompensado nas urnas, pois o fenômeno se repetiu nas eleições para as
assembleias legislativas, governos estaduais e Senado.
Com isso, fica nítido o movimento que o
Brasil dá em direção a novos rumos, dizendo um não bem grande ao que até agora
se viu em termos de gerenciamento do nosso país e todos os conglomerados dos
cargos políticos.
E para tudo isso existe uma grande
razão, ou seja, ninguém mais suportava esta corrupção que, se não fosse a
Operação Lava-Jato, nada seria feito para sofrear o assalto que estavam fazendo
aos cofres públicos.
Atrelados a estes escândalos, como a
crise econômica, as greves, os próprios conchavos políticos através do
toma-lá-da-cá, sendo o espetáculo comandado por PT, PSDB e MDB, fizeram com que
o copo d’água transbordasse.
Chega! – foi a palavra do eleitor neste
pleito.
É preciso renovação, foi o entendimento
das urnas, pois tudo e todos que até aqui vinham tomando como ação definitiva
de seus princípios políticos toda essa corrupção e enriquecimento ilícito,
sucumbiram sonoramente.
De um choro convulsivo em que os
brasileiros estavam, passam agora a ter uma outra esperança, e veja que falamos
tão somente em uma “nova esperança”, e milhões de sorrisos já estão estampados
nos rostos sofridos e vilipendiados desta grande maioria que sufragou “a mudança”.
Como convicção fica a certeza que a
classe política não deve jamais e em momento algum abscindir, golpear, vulnerar
os valores cívicos de uma nação, pois que a sua justiça pode tardar, mas não
vai falhar.
O povo brasileiro pode ser de muito boa
paz, mas também não é tolo, nem mesmo simplório como muitos pensaram e disseram
nos recônditos escuros e fétidos do palácio do Planalto, ao sabor de risadas
cáusticas.
E o Brasil, senhores e senhoras, tenham
a certeza que nos últimos anos foi vilipendiado, injuriado, ultrajado por gente
da pior espécie, e que hoje habitam os corredores das penitenciárias e salas de
carceragem.
Não atribuam a um só partido, não, mas
a um condomínio de partidos políticos que se utilizaram do poder e desceram as
mais desprezíveis atitudes.
Lembrem-se das pessoas morrendo nos
corredores dos hospitais, nas crianças sem merenda escolar, na juventude que a
todos os dias morrem pela violência urbana, e muito mais...
A mudança já começou, timidamente, mas
começou, pois a renovação no Senado poderá chegar a 61% (fonte: Portal do
Senado) e da Câmara Federal de 43,7% (fonte: Portal da Câmara).
Ainda não é o ideal, mas já demonstra
que o que foi pregado em todos os meios de comunicação responsáveis e com
desejo de uma política íntegra, ou seja, para que o eleitor tivesse o
discernimento de dirigir o seu voto para os candidatos ficha-limpa, com um
histórico de trabalho em prol do bem-comum e uma vida pregressa sem embaraços,
deu certo.
Parece
que renasce a esperança no horizonte verde-amarelo.
Mas nem por isso devemos negligenciar
nossa fiscalização e cobrança dos que foram eleitos, ao contrário, agora é a
hora de interagirmos bem mais junto a eles, e assumir de vez o protagonismo na
política.
Afinal de contas, como sempre dissemos,
mas nunca cobramos, somos nós quem pagamos os polpudos salários dos políticos
brasileiros, portanto, que eles trabalhem em prol do bem comum, porque a nós
cabe a fiscalização ferrenha dos seus atos e ações.
Existe sim uma luz no fim do túnel.
O recado está dado.
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