Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
Todo o gordinho é feliz, vai dizer que não?
Você já viu um gordinho triste?
Sempre tenho ouvido esta afirmação através de um grande amigo meu, meu irmão camarada, amigo de tantos caminhos, de tantas jornadas, que diz peremptóriamente ser uma grande verdade, é claro que também ele é um pouco gordinho e, vive as turras com a balança, contudo, um grande centroavante.
Mas, tenho observado a sua definição e, tenho notado que ele tem absoluta razão no que afirma, ou seja, não vejo nenhum gordinho triste.
É claro que não veremos nenhum gordinho triste, me dou conta...
Em primeiro lugar o gordinho feliz nunca está de dieta, então, não precisa se preocupar em comer pratos e pratos de alface, brócolis, agrião, uma rodela de tomate, um “arquinho” de cebola, cenoura ralada à vontade e, meia rodela de batata a vapor.
Carboidratos nem pensar, então, massa com aquele molho de carne vermelho, encorpado, fumegante e, uma dose generosa de queijo ralado por cima, ou, um pãozinho quentinho saído recém do forno da padaria, com uma manteiga feita em casa, uma fatia de presunto gordo e outra de queijo, ou, com maionese e catchup em exagero, bem, isso jamais.
Torta fria, sanduíche três andares, torrada com ovo, pizza de todos os tipos, calabresa, portuguesa, com camarão, strogonoff, presunto e queijo, quatro queijos, alho e óleo e muito halls ou plets de menta, entre inúmeras outras, sem citar as doces, nem pensar, por isso os gordinhos não são tristes, pois tudo aí de cima faz parte do seu repertório.
Não tem como ficar triste.
O café do gordinho é bem quente, fervendo, sabe por quê? Pois só assim ele come mais pão.
Aliás, vocês já viram magrinhos usarem adoçantes?
Quem usa é gordinho, pois disseram para ele que faz muito bem e, emagrece...
Outro amigo meu, também rechonchudinho, certa vez em uma rodada de café da tarde, com pão feito em casa, batido, sovado, cuca de açúcar, bolo de chocolate recheado de leite condensado, manteiga, presunto, queijo, omelete, mel, salame, nata, requeijão, chimia de goiaba e de abóbora, mamão, sucrilhos, iogurte de morango e ameixa, suco de laranja e de uva, e, uma xícara de café “balonè”, com leite, foi perguntado quantas gotas de adoçante ele usava:
Resposta – Põe três jatinhos!!!!
Os gordinhos são assim, são felizes, ao invés de usarem gotinhas, usam jatinhos, não é uma graça? Os gordinhos estão sempre de bem com a vida. Não querem e não fazem dieta. Sorriem o tempo todo, comem de tudo, sem preocupações, por isso, são felizes.
Doutra feita, mais outro amigo, preocupado com um problema de “boleto” devido a alguns quilinhos a mais, foi consultar.
Chegando ao consultório o médico de pronto já diagnosticou aonde residia o problema, e, além da prescrever um tratamento para o “boleto” afetado, entrou num papo sério e disse ao seu paciente que ele devia se ajudar e, para isso, para ficar bom e voltar a caminhar normal teria que emagrecer 14 quilos, o que recebeu de resposta: - Impossível!!!
Triglicerídeos, colesterol, dietas da água, da lua, do céu, da terra, de fulano, de beltrano, academia, esteira, caminhar, correr, até fazem parte do dicionário dos felizes gordinhos, mas não com tanta intensidade quanto pensam os tristes magrinhos, os quais, ao contrário, sonham com um bife bem acebolado, com um ovo frito com uma enorme gema por cima e um prato de batatinha frita, com arroz e um feijão mexido bem temperado, e, odeiam academias, esteiras, etc., etc., etc.
E aquela costela de ovelha bem gorda, de Encruzilhada do Sul, é claro, destilando no fogo a espera de uma farinha de mandioca e salada de maionese...
Ah, me lembrei, cuidado, cerveja aumenta e muito os triglicerídeos.
Realmente os gordinhos são mais felizes!
Leia não para contradizer nem para acreditar, mas para ponderar e considerar. Francis Bacon – filósofo inglês
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
NÃO SE CULPE
Krretta
hcarretta@yahoo.com.br
NÃO SE CULPE
“Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia” – William Shakespeare.
Pois li na revista Isto É, edição nr. 2136, de 20.10.2010, sensacional entrevista da atriz e comediante Márcia Cabrita, 47 anos, que dissertou sobre a sua doença, diagnóstico de tumor de ovário, agora em março/2010, que vai justamente ao encontro daquilo que penso sobre estas situações ditas complicadas e muito sensíveis.
Existem aí mitos que as pessoas impuseram aos que padecem de tais complicações que são verdadeiras torturas.
A atriz Márcia Cabrita dá uma verdadeira aula de autenticidade, de autoestima e, de total independência aos preceitos ditados, que são dignos de que se adote, pois as coisas não são como muitos pensam que são, basta absorver o que afirma o dramaturgo e poeta inglês W.Shakespeare citado acima.
Indagada se quando recebeu o diagnóstico manteve a calma, de pronto a atriz falou que não, e, disse que ninguém precisa manter a calma numa hora dessas, e, que amigos e familiares acabam cobrando muito: que você tenha pensamento positivo seja otimista e forte.
Mas ignoram que num momento destes a pessoa não consegue isso e, como é normal, diga-se de passagem, só tem pensamentos negativos, exatamente o inverso.
Em decorrência disso acaba achando que não poderá ficar boa porque não é capaz de ter pensamentos bons e, que só os otimistas é que vencem esta batalha, então, está fora desta possibilidade.
Em outro momento a comediante Márcia Cabrita afirma: “... uma crueldade também é a busca de todos por um culpado para o fato de o câncer ter aparecido”; o que no caso era ela.
Mais uma vez casamos nossos pensamentos, pois é muito desumano insinuar que a pessoa é que “faz” a doença maligna porque ela era triste, porque se divorciou, porque comeu agrotóxico, porque é magoada com esta ou aquela situação, guarda rancor...
Ninguém “faz um câncer”, ou opta por estar doente, entendam isso, portanto, como culpar uma pessoa?
Quem se compraz em fazer este mal, em atormentar ainda mais quem tem uma luta toda pela frente, não merece esta amizade, aliás, quem foi que afirmou ter veracidade tal crueldade?
Não se duvida das boas intenções, mas, a bem da verdade, ninguém sabe bem como lidar com estas situações, e, com certeza acabam magoando quem já está sofrendo tanto.
Do mesmo modo, e, agora aqui também é pungente, afirmar, como expressa a personagem em questão, de que a portadora da doença é estritamente responsável pela sua recuperação.
Se tiver cabeça boa, fica curada.
Se não, não.
Diz Márcia Cabrita que isto é colocar a responsabilidade da doença em quem está doente, o que discorda totalmente, se isentando de toda e qualquer responsabilidade pela cura.
O que aconteceu com ela pode acontecer com qualquer pessoa, seja ela triste, magoada, criança, velha, ator, otimista ou não.
Entre muitas outras coisas a atriz fala que se importou sim em perder os cabelos, pois isto leva a vaidade feminina ao fundo do poço e, não venham com outro tipo de consolo, que depois tudo vai voltar ao normal, o que vale é o momento presente, e, é por ele que se está passando, o futuro, ainda está por vir.
Entre outros conselhos, esta mulher tão genuína, leal aos seus conceitos e filosofias, deixa alguns alertas, também verdadeiros e muito humanos:
- não “consulte” a internet, pois não há nada pior para um leigo, informe-se sempre com seu médico;
- um dia de cada vez, faça o que precisa ser feito;
- dê a si espaço para desabafar o que está sentindo – chorar, chutar, quebrar e, ignore os olhares “pé na cova”.
Sensacional!!!!
hcarretta@yahoo.com.br
NÃO SE CULPE
“Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia” – William Shakespeare.
Pois li na revista Isto É, edição nr. 2136, de 20.10.2010, sensacional entrevista da atriz e comediante Márcia Cabrita, 47 anos, que dissertou sobre a sua doença, diagnóstico de tumor de ovário, agora em março/2010, que vai justamente ao encontro daquilo que penso sobre estas situações ditas complicadas e muito sensíveis.
Existem aí mitos que as pessoas impuseram aos que padecem de tais complicações que são verdadeiras torturas.
A atriz Márcia Cabrita dá uma verdadeira aula de autenticidade, de autoestima e, de total independência aos preceitos ditados, que são dignos de que se adote, pois as coisas não são como muitos pensam que são, basta absorver o que afirma o dramaturgo e poeta inglês W.Shakespeare citado acima.
Indagada se quando recebeu o diagnóstico manteve a calma, de pronto a atriz falou que não, e, disse que ninguém precisa manter a calma numa hora dessas, e, que amigos e familiares acabam cobrando muito: que você tenha pensamento positivo seja otimista e forte.
Mas ignoram que num momento destes a pessoa não consegue isso e, como é normal, diga-se de passagem, só tem pensamentos negativos, exatamente o inverso.
Em decorrência disso acaba achando que não poderá ficar boa porque não é capaz de ter pensamentos bons e, que só os otimistas é que vencem esta batalha, então, está fora desta possibilidade.
Em outro momento a comediante Márcia Cabrita afirma: “... uma crueldade também é a busca de todos por um culpado para o fato de o câncer ter aparecido”; o que no caso era ela.
Mais uma vez casamos nossos pensamentos, pois é muito desumano insinuar que a pessoa é que “faz” a doença maligna porque ela era triste, porque se divorciou, porque comeu agrotóxico, porque é magoada com esta ou aquela situação, guarda rancor...
Ninguém “faz um câncer”, ou opta por estar doente, entendam isso, portanto, como culpar uma pessoa?
Quem se compraz em fazer este mal, em atormentar ainda mais quem tem uma luta toda pela frente, não merece esta amizade, aliás, quem foi que afirmou ter veracidade tal crueldade?
Não se duvida das boas intenções, mas, a bem da verdade, ninguém sabe bem como lidar com estas situações, e, com certeza acabam magoando quem já está sofrendo tanto.
Do mesmo modo, e, agora aqui também é pungente, afirmar, como expressa a personagem em questão, de que a portadora da doença é estritamente responsável pela sua recuperação.
Se tiver cabeça boa, fica curada.
Se não, não.
Diz Márcia Cabrita que isto é colocar a responsabilidade da doença em quem está doente, o que discorda totalmente, se isentando de toda e qualquer responsabilidade pela cura.
O que aconteceu com ela pode acontecer com qualquer pessoa, seja ela triste, magoada, criança, velha, ator, otimista ou não.
Entre muitas outras coisas a atriz fala que se importou sim em perder os cabelos, pois isto leva a vaidade feminina ao fundo do poço e, não venham com outro tipo de consolo, que depois tudo vai voltar ao normal, o que vale é o momento presente, e, é por ele que se está passando, o futuro, ainda está por vir.
Entre outros conselhos, esta mulher tão genuína, leal aos seus conceitos e filosofias, deixa alguns alertas, também verdadeiros e muito humanos:
- não “consulte” a internet, pois não há nada pior para um leigo, informe-se sempre com seu médico;
- um dia de cada vez, faça o que precisa ser feito;
- dê a si espaço para desabafar o que está sentindo – chorar, chutar, quebrar e, ignore os olhares “pé na cova”.
Sensacional!!!!
Assinar:
Postagens (Atom)