terça-feira, 21 de setembro de 2010

ATITUDE

Krretta
hcarretta@yahoo.com.br

Certa vez, em uma pequena cidade entrecortada por um caudaloso rio, aconteceu um fato marcante que nos leva a refletir sobre nossas atitudes, pois estamos acostumados, em muitas vezes a fazer de conta de que não a vemos, sermos estáticos em acontecimentos que exigem nossa participação, mas...
A sociedade por um todo caminha acompanhada pela inexistência de participação na vida comunitária, ao contrário de tempos mais remotos.
Estamos nos isolando e deixando o barco a mercê das ondas, onde muitas vezes os marinheiros estão precisando de ajuda.
São fatos verdadeiros e importantes, mas que se ficarmos longe é bem melhor, pois ficamos sem o ônus da participação e da responsabilidade.
Desta cidade da qual estamos falando, as fotos correram o mundo com a mensagem totalmente inversa ao que adotamos e, mostra as pessoas estáticas e a ação, a atitude, e, a participação de quem se propõe a ser protagonista da história.
Pois bem, um senhor de idade passeava com seu amigo de estimação, um cachorrinho poodle brincalhão e, estavam atravessando uma ponte sobre este rio caudaloso.
O cachorrinho, numa de suas travessuras correu por entre a guarda da ponte e, num passo em falso, caiu para dentro do rio.
Apavorado com a correnteza, o cãozinho nadava desesperadamente para não se afastar de seu dono, este senhor já de idade, pois sabia que a sua salvação estava ali naquela ponte e, se perdesse as forças e a correnteza o levasse rio abaixo, provávelmente não se salvaria.
Então, este senhor, dentro de sua capacidade de agir, lentamente devido a sua idade, começou a se despir para pular na água e, tentar salvar seu amiguinho.
As pessoas à volta tiravam fotografias do cão, noutro momento viravam suas câmeras para o velhinho que se despia, numa atitude de coragem e desprendimento, pois o que valia era a vida de seu cãozinho que já se entregava, extenuado pelo esforço de permanecer perto da ponte, foi quando um jovem, mais do que ligeiro tirou seus sapatos, sua jaqueta, blusão e camisa e, agarrando-se a guarda da ponte, atirou-se ao rio.
Não perguntou de quem era o cachorrinho, não parou para saber onde estava seu dono, não tirou fotos de seu celular para mostrar aos amigos depois, não gritou que ia salvar o cãozinho, não fez alarde e nem propaganda de sua atitude, simplesmente jogou-se ao rio.
O cãozinho percebendo intuitivamente a atitude do jovem rapaz, deixou-se arrastar pelas águas até bem perto dele, e, com a outra mão livre da guarda da ponte, este mesmo jovem agarrou-o firmemente, e, colocou-o novamente em cima da ponte.
O velho senhor correu ao sem encontro e, abraçou-se ao seu amiguinho, todo molhado e ferido no rosto, enrolando-o em seu casaco.
Logo em seguida, estendeu a mão ao jovem rapaz, auxiliando a subir de volta a ponte, enquanto uma pequena multidão se juntara para ver o salvamento e, num misto de alegria e emoção, ovacionaram o abraço entre o velho senhor e o jovem rapaz.
Moral da história: Atitude, só os verdadeiros heróis conseguem ter!”
Mas, ainda é possível extrair desta história que, se usarmos nosso tempo, dedicação para proclamar sorrisos, felicidades e amor, tudo fica melhor, tudo se transforma e assim cumprimos o que Deus nos confiou...
O jeito de como decidimos viver a vida é o que faz a diferença nos momento em que passamos por provações.
Temos a liberdade de escolha, enquanto respiramos!!!
Atitude é tudo.
Pensem nisso...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

É HIPNOS, E NÃO MORFEU

Krretta
hcarretta@yahoo.com.br


Vais cair nos braços de Morfeu?
Pois esta é uma expressão bastante popular, todavia, um tanto quanto “demodê”, mas muitos de vocês já ouviram, outros, nunca...
Meu grande amigo Batistella era um usuário contumaz desta expressão e o que ele mais gostava de dizer quando ia se retirar de um lugar já quase perto da meia-noite era: “Vou escutar o Antonio Augusto e cair nos braços de Morfeu!”.
Grande Batistella!
Pois esses dias, lembrei-me desta expressão, e, curioso, fui em busca de sua origem, e, qual minha surpresa, a expressão segundo alguns escribas está errada.
A mitologia grega ensina que Hipnos, filho de Erebo e da Noite, era o deus do sono e distribuía docemente sobre a terra e o mar um repouso benéfico e reparador.
Os estudiosos da mitologia acreditam que seu palácio ficava numa caverna perto da região onde habitava um povo descrito por Homero, em sua Ilíada, como vivendo numa escuridão perpétua, e considerado por Heródoto o “pai da história”, como os primeiros ocupantes da Rússia Meridional, de onde foram repelidos através do Cáucaso até a Ásia Menor.
Ainda segundo alguns estudiosos, “junto à entrada da caverna crescem abundantemente papoulas e outras plantas, de cujo suco a Noite extrai o sono, que espalha sobre a terra escurecida”.
Entre os filhos de Hipnos estava Morfeu, que tinha a faculdade de revestir de sonhos a imaginação dos homens adormecidos.
É preciso salientar que os povos primitivos e os da antiguidade viam não apenas o sono como uma atividade fisiológica, mas uma das manifestações do sobrenatural na vida cotidiana.
Entre a farta variedade de drogas que o homem vem se servindo, principalmente na medicina, há milhares de anos, o ópio é uma das mais antigas de que se tem notícia, pois no quarto milênio antes de Cristo, os sumérios já o conheciam, bem como os gregos, os egípcios e os árabes.
Extraído de diversas espécies de papoulas, a planta que existia na entrada da caverna de Hipnos, pai de Morfeu, o ópio contém vinte alcalóides diferentes, sendo a morfina um dos principais.
Isolada em 1805 ela recebeu inicialmente o nome de morphium em alusão a Morfeu, mas depois essa designação foi alterada para morfina, acompanhando a terminação comum a outros produtos tóxicos.
Por isso Hipnos era o deus do sono, e Morfeu o dos sonhos.
Em razão disso, quando a expressão popular “cair nos braços de Morfeu” pretende indicar que alguém vai dormir os sonos dos justos, comete um engano mitológico, porque a lenda explica que o responsável por este estado de repouso é o deus Hipnos, de cujo nome, inclusive, surgiu o prefixo hipno, com o significado de sono, como em hipnose e hipnótico.
Vejam só quanta informação em somente buscar o significado de uma expressão popular, que esteve muito em “voga”, mas que até hoje persiste no dicionário particular de muitas pessoas, e, que ainda a utilizam para enunciar um estado fisiológico e natural.
No entanto, daqui para frente sai Morfeu e assume Hipnos na expressão, ou seja: “Vais cair nos braços de Hipnos”? Que Morfeu esteja contigo!
Agenda também é cultura.
-:-
Fonte: Recanto das Letras - Fernando Kitzinger Dannemann – 18.12.2005

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

GENTILEZA GERA GENTILEZA

Krretta
hcarretta@yahoo.com.br


É bem provável que você já ouviu diversas vezes o que acima esta escrito, pois esta grande verdade foi dita por um homem que se chamava Jose Daltrino, empresário do ramo de caminhões, nascido na cidade de Cafelândia, São Paulo, em 11 de abril de 1917.
Ele se tornou o Profeta Gentileza, quando, após uma tragédia acontecida com o Gran Circus Americano, em Niterói-RJ, onde morreram inúmeras pessoas, a maioria crianças, ele ofereceu consolo e solidariedade aos parentes das vítimas e, plantou um jardim sobre as cinzas do circo.
A partir daí o Profeta Gentileza, alegando ter ouvido “vozes astrais”, que o mandavam abandonar o mundo material e, se dedicar somente ao seu lado espiritual, passou a cumprir sua jornada como personagem andarilho, sendo visto por ruas, praças, barcas da travessia Rio - Niterói, trens, ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza, a todos que cruzassem o seu caminho.
Aos que o chamavam de louco, ele respondia: -“ Sou maluco para te amar e louco para te salvar”.
Então, está aí, estamos vivendo uma grande carência de gentilezas.
Ser gentil.
Quantas pessoas conhecem esta palavra e, a usam pela excelência da educação, da delicadeza, do sentimento solidário e, pela excelência do amor desinteressado?
Você viu o seu vizinho hoje? Cumprimentou-o?
Seus colegas de trabalho ouviram o seu “bom dia”?
Pacientemente, você deu passagem a alguém mais apressado que você no trânsito?
Você esteve em paz com a vida e com o carro da frente que, mesmo com o sinal aberto não se movimentou, sem “tacar” a mão na buzina?
Já cedeu seu lugar no ônibus, numa sala de espera, num consultório a uma pessoa idosa, uma grávida ou alguém que necessitasse este recosto?
Assim, como estas, outras tantas atitudes poderiam fazer parte de nosso cotidiano, mas, infelizmente, esta qualidade muito pouco ou quase nada está presente em nossas atitudes e pensamentos.
Talvez estejamos vivendo uma aridez de sensibilidade e brandura...
Segundo o livro A Arte da Gentileza, de Piero Ferrari, pesquisas científicas confirmam que pessoas gentis são mais saudáveis e vivem mais, são mais amadas e produtivas, têm mais sucesso nos negócios e são mais felizes.
O “Gentileza” pregava em suas viagens educadoras que tudo passa pelo favor, pois o simples fato de pedir, ”por favor,” e agradecer com um “muito obrigado”, gera uma reação anímica, que mexe com a alma e o coração, na atitude educada e desprovida de qualquer sentimento de malquerença.
Presenciamos, e muito, a frieza e a rispidez em grande maioria da humanidade.
Estamos perdendo o sentimento de afetividade com nossos semelhantes.
Talvez, também por isso, a vida esteja mais estressada, com mais violência, com mais hostilidade, com mais raiva, e, nos levando, sem que percebamos, guardadas a proporções, de volta a sociedade de Neandertal.
Mas, beleza da vida, felizmente, não está muito longe de nosso alcance, para tanto, basta rever conceitos e aceitá-los como eles o são, valorizando bem mais a troca de sentimentos desinteressada, estes sentimentos de pureza refrescante que vivificam o princípio da existência, a condição primacial, a essência, o sentimento de generosidade da alma.
Gentileza gera gentileza!!!